Dieta para Hipertenso – Como Funciona, Alimentos e Dicas

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Como deve ser uma dieta para hipertenso? Quais alimentos têm o poder de melhor a condição e quais são os vilões? Vamos agora entender as recomendações para dietas para hipertensos.

A hipertensão é uma doença que atinge um em cada quatro brasileiros, identificou uma pesquisa do ano de 2015 do Ministério da Saúde do Brasil. As informações são da Agência Brasil da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Já de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), uma pesquisa realizada em conjunto pela Escola de Economia de Londres, o Instituto Karolinska da Suécia e a Universidade do Estado de Nova York indicou que até 2025, o número de hipertensos em países em desenvolvimento como o Brasil deverá registrar um crescimento de até 80%.

Existem dois tipos de hipertensão: a hipertensão primária e a hipertensão secundária. A primeira se desenvolve ao longo do tempo e os pesquisadores ainda não sabem com clareza quais mecanismos fazem com que a pressão aumente lentamente.

No entanto, acredita-se que a combinação de alguns fatores possa contribuir para o desenvolvimento da condição, como A predisposição genética para a hipertensão, algum tipo de mau funcionamento no corpo e um estilo de vida não saudável com uma dieta de baixa qualidade e a falta de atividade física (estar com sobrepeso ou obeso aumenta os riscos de ter a doença).

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Por sua vez, a hipertensão secundária pode ser causada por uma série de condições de saúde e fatores como: doenças renais, apneia obstrutiva do sono, problemas na tireoide, cardiopatias congênitas, efeitos colaterais de medicamentos, uso de drogas ilegais, abuso ou uso crônico de álcool, problemas na glândula adrenal e tumores endócrinos.

Como funciona uma dieta para hipertenso? 

Além do uso de medicamentos e do tratamento da causa que originou a pressão alta (no caso da hipertensão secundária), outra estratégia que costuma ser indicada aos pacientes diagnosticados com a doença são as mudanças no estilo de vida.

E isso inclui alterações na alimentação de modo que ela se torne apropriada e favorável ao tratamento da condição.

Seguir uma dieta para hipertensão serve não somente para tratar o problema, como também para prevenir futuras complicações.

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1. Diminuir do consumo de sódio

Uma das principais características das dietas para hipertensos é a redução da ingestão de sódio. Assim como aqueles que têm um risco maior de desenvolver problemas cardíacos, os pacientes diagnosticados com hipertensão devem manter o seu consumo diário do mineral em 1,5 mil mg.

Segundo informações da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, um dos problemas que podem ser provocados pelo excesso de sódio na alimentação é justamente a pressão arterial alta.

Para reduzir o teor de sódio da dieta, é indicado aumentar o consumo de vegetais frescos como frutas, legumes, verduras, folhas verdes e grãos e diminuir a ingestão de carne, além de substituir a carne vermelha por alternativas mais magras como os peixes e as aves.

Falando nos peixes, o ômega 3, que pode ser encontrado neles, também pode ajudar a reduzir a pressão arterial.

Outra dica para consumir menos sódio na alimentação é cozinhar a própria comida (maneirando no sal, obviamente) mais regularmente, tendo em vista que os pratos de restaurantes, assim como as refeições pré-embaladas (ou industrializadas), costumam carregar quantidades muito elevadas de sódio.

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2. Reduzir o consumo de doces

Uma dieta para hipertenso deve cortar a ingestão de bebidas e comidas cheias de açúcar, que são carregadas de muitas calorias, ao mesmo tempo em que não possuem valor nutricional algum.

O consumo excessivo de açúcar está ligado ao aumento de peso e à obesidade, e especialmente as bebidas ricas em açúcar, contribuem com a obesidade em pessoas de todas as idades.

E como já vimos por aqui, a hipertensão é mais comum em indivíduos que se encontram acima do peso ou que já são obesos.

Para quando a vontade de comer doce bater, as pessoas diagnosticadas com a doença podem comer uma fruta fresca ou até pequenas porções de chocolate amargo sem açúcar adicionado.

Um estudo realizado por um pesquisador dos Estados Unidos, ao lado de mais três colegas, associou o consumo do chocolate amargo à diminuição da pressão arterial.

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3. O potássio

Por outro lado, vale a pena investir em alimentos que sejam fonte de potássio – como as verduras e a banana, por exemplo – graças ao fato de que o nutriente auxilia os rins a se livrarem de uma quantidade maior de sódio por meio da urina, o que ajuda a diminuir a pressão arterial.

É preferível inserir alimentos ricos em potássio na dieta para hipertenso do que fazer uso de suplementos do mineral.

4. Os alimentos a serem evitados pelos hipertensos

A lista a seguir apresenta alguns dos alimentos que devem ser evitados por quem sofre com a pressão arterial alta:

  • Salsichas, linguiças e salames;
  • Pizzas congeladas;
  • Sucos artificiais;
  • Sopas enlatadas;
  • Vegetais enlatados (eles contêm a adição de sódio);
  • Produtos do tomate enlatados e engarrafados;
  • Picles;
  • Comidas embaladas (industrializadas);
  • Frango com pele;
  • Carne vermelha;
  • Produtos laticínios ricos em gorduras;
  • Manteiga;
  • Comidas com gorduras saturadas;
  • Comidas com gorduras trans;
  • Muita bebida alcoólica – mais de três doses de uma vez só.

5. Os alimentos que devem aparecer nas dietas para hipertensos 

Agora, vamos conferir uma lista com alguns dos alimentos que devem marcar presença nas refeições das pessoas que sofrem com a pressão arterial alta:

  • Rúcula;
  • Alface romana;
  • Couve;
  • Nabiças;
  • Espinafre;
  • Acelga;
  • Mirtilos, morangos e framboesas (por serem fontes de flavonoides – estudos já apontaram que esses compostos podem prevenir a hipertensão e auxiliar a diminuir a pressão);
  • Beterraba – são ricas em óxido nítrico, uma substância conhecida por diminuir a pressão arterial;
  • Suco de beterraba – pesquisadores identificaram que os nitratos da bebida diminuíram a pressão arterial dos participantes dos seus estudos em um período de 24 horas;
  • Leite desnatado e iogurte com baixo teor de gorduras e de açúcar;
  • Aveia;
  • Banana;
  • Peixes com ômega 3 como o salmão;
  • Sementes sem sal adicionado;
  • Alhos e ervas (no lugar do sal para temperar os alimentos);
  • Chocolate amargo;
  • Pistache – uma pesquisa apontou que uma dieta que contava com uma porção diária do alimento auxiliou a diminuir a pressão arterial;
  • Azeite de oliva – possui polifenóis, compostos conhecidos por combater a inflamação e que podem ajudar a reduzir a pressão arterial;
  • Romã – um estudo indicou que o consumo de um copo do suco da fruta por dia durante quatro semanas ajudou a diminuir a pressão em curto prazo.

Considerações importantes 

O que repassamos aqui serve somente como informação, porém, não deve pautar a dieta para hipertenso, nem muito menos o seu tratamento. Somente o médico pode definir como esses aspectos devem funcionar e quais alimentos devem estar presentes ou ausentes da dieta do seu paciente hipertenso.

Quem foi diagnosticado com a doença, deve seguir todas as orientações trazidas pelo médico em relação ao tratamento e contar com o acompanhamento do profissional durante todo esse tratamento.

É importante lembrar que, por mais que as informações gerais sejam úteis, cada quadro é um quadro e exige cuidados personalizados para cada paciente e a orientação de um profissional especializado, que é o médico.

Vídeo: 10 piores alimentos para pressão alta

Não deixe de conferir os vídeos a seguir: eles também trazem informações valiosas sobre a pressão alta!

Vídeo: 6 sintomas da pressão alta

Fontes e Referências Adicionais:

Você já segue uma dieta para hipertenso designada pelo seu médico? Que alimentos precisa incluir ou excluir da sua alimentação diária? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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