Fake News: 13 Mentiras Sobre o Novo Coronavírus Nas Quais Você Não Deve Acreditar

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Ouvir que uma doença que foi recentemente classificada como uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) atingiu a marca de 360 casos no Brasil, segundo dados desta quarta-feira (18), certamente deixa muita gente de cabelo em pé. Sim, estamos falando do novo coronavírus, também chamado de COVID-19.

Enquanto alguns são solidários com a situação e só compartilham notícias de fontes confiáveis e de autoridades de saúde a respeito da doença nas redes sociais, outros acreditam em teorias da conspiração e fake news e repassam notícias sem fundamento ou embasamento.

Embora essa segunda atitude possa vir da intenção sincera de alertar os outros sobre como se manter saudável e imune durante o coronavírus, compartilhar informações falsas coloca a saúde de muita gente em sérios riscos.

É por isso que vale muito a pena conhecer essas mentiras a respeito do novo coronavírus. Assim, você não corre o risco de acreditar ou repassar uma informação inverídica e pode esclarecer quando alguém compartilhar uma fake news. São justamente elas que você confere a seguir:

1. Secadores de mãos matam o novo coronavírus

Obviamente não: a OMS advertiu que os secadores de mão não conseguem matar o novo coronavírus.

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Por isso, o melhor mesma na luta contra o COVID-19 é a prevenção. Segundo informe da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), as medidas preventivas mais eficazes são: higienização frequente das mãos com água e sabão durante 20 segundos, uso de álcool gel, isolamento respiratórios dos pacientes diagnosticados com a doença e uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) por parte dos profissionais de saúde. Evitar aglomerações e não sair de casa sem necessidade também são atitudes importantíssimas na luta contra o novo coronavírus.

2. Uma lâmpada de desinfecção ultravioleta pode matar o novo coronavírus

Trata-se de outra mentira. Apesar de ser verdade que alguns hospitais usam a luz ultravioleta para matar micróbios em superfícies como saladas de operação e laboratóris, as lâmpadas ultravioleta jamais devem ser usadas para esterilizar as mãos ou a pele, até porque podem provocar irritação.

3. Scanners térmicos são efetivos para detectar pessoas infectadas pelo novo coronavírus

Os scanners térmicos até podem detectar a febre – que é um dos sintomas do COVID-19 -, entretanto, eles não são capazes de identificar a presença da infecção nas pessoas que estão contaminadas pelo novo coronavírus, mas que ainda não manifestaram sintomas.

De acordo com a OMS, demora entre 2 a 10 dias para que uma pessoa infectada pelo novo coronavírus fique doente e tenha febre. Conforme uma reportagem de janeiro de 2020 do Estadão, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considera que os scanners térmicos são pouco eficazes para identificar os casos suspeitos.

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Isso sem contar que o fato de uma pessoa ter febre não significa necessariamente que ela tenha sido contaminada pelo novo coronavírus, uma vez que a gripe também pode trazer esse sintoma.

4. Passar álcool e cloro em todo o corpo pode matar o novo coronavírus

Apesar de que usar álcool e cloro seja um ótimo método para desinfetar superfícies e o uso de álcool em gel nas mãos seja recomendado para ajudar a mantê-las limpas como uma forma de prevenção contra o COVID-19, passar essas substâncias no corpo não vai matar o vírus em uma pessoa já infectada por ele.

Além disso, a OMS alertou que passar muitas substâncias pode ser prejudicial tanto para as roupas quanto para as membranas mucosas.

5. Não é seguro receber encomendas ou cartas da China

De acordo com a OMS, receber encomendas ou cartas da China não traz o risco de contrair o novo coronavírus porque a partir de análises anteriores eles já sabem que os coronavírus não sobrevivem por muito tempo em objetos, como cartas ou pacotes.

Esse tipo de pensamento é equivocado porque promove o preconceito e a estigmatização de certas populações associadas ao coronavírus. O preconceito e o estigma podem fazer com que essas pessoas fiquem com vergonha, escondam as suas doenças, não procurem o auxílio médico imediatamente e fiquem desmotivadas a ter hábitos saudáveis, em virtude do medo do que os outros vão pensar – tudo isso pode gerar mais problemas de saúde e dificultar ainda mais o controle da transmissão do novo coronavírus.

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6. Os animais de estimação podem transmitir o novo coronavírus

Enquanto os bichinhos de estimação podem transmitir alguns tipos de coronavírus, a OMS avisou que no momento não existem evidências de que os animais domésticos podem ser infectados ou até mesmo transmitir o novo coronavírus, que recebeu o nome de SARS-CoV-2, e a doença provocada por ele, que é chamada de COVID-19.

É importante citar que o novo coronavírus é uma nova estirpe de uma grande família de vírus causadores de doenças respiratórias, que vão do resfriado comum até a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV, sigla em inglês) e a síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV, sigla em inglês).

De qualquer forma, é essencial ouvir a recomendação da OMS para lavar as mãos com sabonete e água depois que tiver contato com os bichinhos de estimação, para proteger-se contra diversas bactérias como Escherichia coli (E.coli) e Salmonella, que podem ser transmitidas entre os animais e os seres humanos.

7. As vacinas da pneumonia podem proteger contra o novo coronavírus

Ainda não existe uma vacina contra o novo coronavírus, e isso inclui as vacinas contra a pneumonia. A OMS esclareceu que o vírus causador do COVID-19 é tão novo que precisa da sua própria vacina.

Pesquisadores têm tentado desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus o mais rápido possível, entretanto, infelizmente ela pode não ficar pronta em tempo para auxiliar na luta contra a epidemia em curso do COVID-19.

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8. Lavar o nariz regularmente com soro fisiológico ou solução salina pode ajudar a prevenir a infecção pelo novo coronavírus

Lavar o nariz regularmente com o soro fisiológico ou solução salina até ajuda a se recuperar mais rapidamente do resfriado comum, entretanto, a prática demonstrou não ser capaz de prevenir infecções respiratórias de maneira geral, o que inclui o coronavírus.

Além disso, ao lavar o nariz com o soro fisiológico ou solução salina é fundamental certificar-se de que o produto utilizado para aplicar a mistura esteja muito bem esterilizado, especialmente se ele for compartilhado com outras pessoas.

9. Comer alho pode prevenir contra a infecção pelo novo coronavírus

Ainda que o alho tenha algumas propriedades antimicrobianas, a OMS alertou que não existem evidências de que ele protege contra o novo coronavírus. Você pode continuar a usar o alho em suas preparações culinárias, porém, sem esperar que ele ofereça proteção contra o COVID-19.

10. Besuntar-se em óleo de gergelim impede o novo coronavírus de entrar no corpo

Como seria bom se isso fosse verdade, não é mesmo? Mas fato é que se besuntar em óleo de gergelim não vai impedir a infecção pelo novo coronavírus.

Segundo a OMS, existem algumas substâncias químicas que podem matar o novo coronavírus em superfícies – como alvejante e desinfetantes à base de cloro, solventes de éter, 75% etanol, ácido peracético e clorofórmio. Entretanto, mesmo esses têm pouco ou nenhum impacto em relação ao vírus quando são colocados na pele ou abaixo do nariz. Isso sem contar que passar esses produtos químicos na pele pode ser muito perigoso.

11. O novo coronavírus só afeta pessoas mais velhas

Embora os idosos e as pessoas com doenças crônicas preexistentes, como asma, pressão alta, doença pulmonar, doença no coração, câncer ou diabetes, desenvolvam problemas sérios em decorrência do COVID-19 com mais frequência que outras pessoas, os indivíduos de todas as idades podem ser afetados pelo novo coronavírus.

Ou seja, a prevenção não é uma responsabilidade somente dos idosos ou daqueles que possuem doenças crônicas – é um dever de todas as pessoas, até para proteger os mais vulneráveis de serem contaminados. Além disso, vale ressaltar que a própria OMS admitiu que ainda estamos aprendendo como esse novo coronavírus afeta os seres humanos. Portanto, todo cuidado é realmente muito necessário.

Vale entender por que pessoas com pressão alta e diabetes têm maior risco de contrair o novo coronavírus.

12. Antibióticos são eficientes para prevenir e tratar o novo coronavírus

Isso está muito errado porque os antibióticos não funcionam contra qualquer tipo de vírus, seja o novo coronavírus ou não. Eles só tratam problemas causados por bactérias.

Ainda não há um medicamento antiviral específico para prevenir ou tratar a doença provocada pelo novo coronavírus, embora uma empresa americana esteja testando um medicamento contra o COVID-19, entre outras pesquisas em andamento no mundo. Mas, logicamente, esse ou qualquer outro remédio contra o novo coronavírus só poderá ser usado depois de aprovado e regulado pelos órgãos e autoridades de saúde.

Os pacientes afetados pelo novo coronavírus recebem tratamentos para aliviar os sintomas, enquanto aqueles que desenvolvem problemas graves em decorrência do vírus são hospitalizados.

13. O coronavírus é uma invenção da mídia e outras teorias da conspiração

O novo coronavírus é muito real e está por aí causando estragos. Trata-se de uma pandemia, uma doença que se alastrou por todo o mundo, que é séria e que ainda não é totalmente conhecida pelos especialistas em saúde. Segundo dados da OMS da tarde de quarta-feira, 18 de março, já são mais de 200 mil casos confirmados e mais de 8 mil mortes em decorrências da doença.

Portanto, o COVID-19 precisa ser tratado com muita seriedade e é dever de todo cidadão pensar não apenas na própria saúde, como também na saúde do próximo e seguir todas as recomendações das autoridades de saúde para se prevenir contra o contágio e ajudar na luta contra o novo coronavírus. Deixar de fazer isso neste momento é uma grande irresponsabilidade. As informações são do Ministério da Saúde e da OMS.

Fontes e referências adicionais

Você chegou a cair em alguma dessas chamadas fake news acerca do novo coronavírus? Conhece alguma pessoa que já tenha sido infectada por ele? Comente abaixo!

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