O que é o exame de albumina e para que serve

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Ter níveis adequados de albumina no organismo é importante para a saúde. Veja então o que é o exame de albumina e para que serve esta proteína.

A albumina é uma das proteínas produzidas pelo fígado. De fato, ela é tão importante que é a proteína mais abundante no nosso sangue.

Algumas de suas principais funções são:

  • Transporte de hormônios e nutrientes;
  • Regulação do pH do corpo;
  • Manutenção do equilíbrio osmótico do organismo;
  • Reparo de tecidos musculares;
  • Aumento de massa magra.

Por isso, checar seus níveis de albumina pode ser importante para detectar deficiências nutricionais ou problemas no fígado.

Aliás, se você tem ou suspeita de problemas hepáticos, confira quais exames de fígado fazer.

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Então, entenda melhor o que é exame de albumina e a quais alterações você deve ficar atento.

Vídeo relacionado:

Não deixe de conferir também o vídeo da nossa nutricionista explicando o que é a albumina e como usar certo de acordo com o seu objetivo. Aproveite também para se inscrever no nosso canal com o botão abaixo:

Para que serve o exame de albumina

sangue para exame de albumina

O exame de albumina consiste em um teste de sangue para medir a albumina sérica, ou seja, o nível de albumina no sangue.

Geralmente, o médico solicita um exame de albumina em casos de suspeita de problemas no fígado.

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De fato, o fígado processa as proteínas dos alimentos e as transforma em albumina – que nada mais é do que um conjunto de aminoácidos que suprem as necessidades de vários tecidos e órgãos. 

Assim, se a albumina está muito baixa, pode ser um sinal de que o fígado não está trabalhando bem.

Além disso, o teste de albumina também serve para identificar problemas nos rins e no pâncreas, como a doença renal e a pancreatite crônica, por exemplo.

Na maioria das vezes, os sintomas que levam o médico a pedir um exame de albumina são:

  • Perda de peso inexplicável;
  • Fadiga;
  • Icterícia;
  • Inchaço ao redor dos olhos, estômago e pernas.

Em alguns casos, um exame de albumina também pode ser pedido antes de uma cirurgia.

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Há também exames complementares como o exame de urina que serve para checar a quantidade de albumina na urina. Chamado também de albuminúria, este exame ajuda a identificar problemas renais.

Preparo para o exame de albumina

A albumina sérica é medida por meio de uma amostra de sangue. O exame não requer nenhum tipo de preparo. Basta ir até o laboratório e coletar o sangue, sem precisar de jejum.

No entanto, é importante avisar o médico sobre o uso de medicamentos que podem prejudicar os resultados do teste. São eles:

  • Insulina;
  • Hormônios de crescimento;
  • Esteróides anabolizantes. 

Em alguns casos, pode ser necessário reduzir a dose ou interromper o uso por um certo período antes do exame.

Certas condições no momento ou dias antes da coleta do sangue como diarreia, ferida aberta, gravidez, cirurgia recente e queimaduras também podem afetar os resultados e devem ser levadas em consideração na análise do exame de albumina.

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Beber muita água imediatamente antes do exame e seguir uma dieta pobre em proteínas também pode prejudicar os resultados.

Valores de referência

A depender do laboratório em que o exame é feito, a unidade e os valores de referência podem ser diferentes. Mas em geral, o resultado é expresso em gramas por litro (g / L) ou gramas por decilitro (g / dL).

Veja na tabela os valores normais de albumina no sangue.

Faixa etáriaNível de albumina
0 a 4 meses20 a 45 g / L ou 2,0 a 4,5 g / dL
4 meses a 16 anos32 a 52 g / L ou 3,2 a 5,2 g / dL
Acima de 16 anos34 a 54 g / L ou 3,4 a 5,4 g / dL

O que significam os resultados

médico fechando diagnóstico

Níveis baixos de albumina podem indicar algumas condições de saúde, como por exemplo:

  • Desnutrição;
  • Inflamação como a colite ulcerativa;
  • Doença hepática;
  • Doença celíaca;
  • Problemas na tireoide;
  • Alteração intestinal;
  • Choque;
  • Problema nos rins;
  • Síndrome nefrótica;
  • Doença de Crohn.

Por outro lado, níveis altos de albumina no sangue (hiperalbuminemia) geralmente indicam problemas menos graves e mais fáceis de lidar, como por exemplo:

  • Desidratação;
  • Dieta rica em proteínas.

Além disso, outros exames que testam a função hepática podem ser usados para complementar os resultados e ajudar no diagnóstico.

Por exemplo, se o seu médico suspeitar que você tem um problema no fígado devido aos baixos níveis de albumina, ele pode pedir exames mais específicos que auxiliam no diagnóstico de doenças como a hepatite, a cirrose e a necrose hepatocelular.

Por fim, caso o médico suspeite de um problema no rim, talvez seja necessário fazer um exame de urina para observar se há ou não albumina na sua urina.

Se houver, isso significa que seus rins não estão funcionando bem, já que os rins não deixam a albumina do sangue passar para a urina.

Sendo assim, o exame para detectar a albumina na urina serve para diagnosticar a doença renal e monitorar o progresso dela.

Vale ressaltar que o exame de albumina não é um teste de rotina. Aliás, ele só é feito quando há suspeita de mau funcionamento do fígado ou dos rins.

Caso você tenha um diagnóstico de problema no fígado, o médico vai te indicar o tratamento mais adequado e pedir novos exames de albumina para monitorar o órgão.

Assim que os níveis de albumina forem normalizados, a frequência do exame pode ser diminuída ou até mesmo eliminada.

Além disso, é sempre bom conversar com um médico se houver histórico de problemas renais ou hepáticos na sua família.

Fontes e Referências Adicionais

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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