Confira se o peixe é remoso ou se não há com o que se preocupar em relação a inflamações e alergias ao consumir esta proteína na dieta.
Muita gente não deixa passar a oportunidade de saborear um bom prato com peixe. Pode ser assado, frito, grelhado ou em receitas de hambúrgueres, patês, tortas, caldos ou saladas, fato é que o alimento conquista o o paladar de muita gente.
Aproveite para conhecer algumas receitas de peixe assado no forno light e outras receitas de salada de peixe light para incrementar sua dieta e saborear essa deliciosa fonte de proteína.
Mas será que precisamos nos preocupar se o peixe pode fazer mal para a saúde de alguma forma? Você já ouviu falar que o peixe é remoso? Será que isso tem alguma base?
Índice deste artigo:
Mas antes, o que são alimentos remosos?
Quando queremos saber se o peixe é remoso, precisamos entender o que são alimentos remosos, não é mesmo?
Pois bem, a expressão remoso significa “capaz de prejudicar a saúde, que faz mal à saúde, especialmente ao sangue […]”. O termo ainda pode sofrer uma pequena variação e ser chamado de reimoso.
O termo remoso não se trata de uma classificação científica, mas é uma expressão antiga, associada à sabedoria popular, que também pode definir os alimentos que podem provocar inflamação na pele, em decorrência de uma reação alérgica.
Chama-se popularmente de reima algo que pode ser considerado um alergênico e que causa reações como coceira, diarreia e intoxicações mais sérias em algumas pessoas.
Os alimentos remosos ou reimosos também são conhecidos pela alcunha de “alimentos carregados” e explicou que essas comidas costumam apresentar quantidades elevadas de proteína e gordura animal. Os alimentos remosos ou reimosos também podem interferir no processo de cicatrização.
E então, será que o peixe é remoso?
Você sabia que é possível sofrer com uma alergia ao peixe? De acordo com o Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia (ACAAI, sigla em inglês), ao contrário de outras alergias que se manifestam em bebês e crianças pequenas, os adultos também devem ficar atentos aos sintomas de alergia alimentar ao peixe, que pode aparecer especificamente na idade adulta.
Segundo a organização, os sintomas da condição podem ser de nível leve a severo e incluem:
- Urticária – lesão na pele com manchas ou placas vermelhas que causa coceira;
- Erupção cutânea;
- Náusea;
- Cólicas estomacais;
- Indigestão;
- Vômito;
- Diarreia;
- Nariz entupido ou escorrendo;
- Espirros;
- Asma;
- Dores de cabeça;
- Anafilaxia – trata-se de uma emergência médica potencialmente fatal, que pode fazer com que o corpo entre o choque e envolver sintomas como perda de consciência, queda na pressão, dificuldade grave em respirar, erupção cutânea, vertigem, náusea, vômito e pulso rápido e fraco.
Se você experimentar qualquer um dos sintomas descritos acima ou ainda qualquer outro sinal de reação alérgica depois que comer algum tipo de peixe, procure imediatamente o auxílio médico, mesmo que o problema em questão não aparente se grave.
Isso é fundamental para confirmar se realmente sofre com a alergia ao peixe ou não, receber o tratamento adequado e saber como proceder para evitar ter uma nova reação do tipo.
A questão da contaminação por metais pesados
Ao analisar se peixe é remoso, não devemos deixar de alertar que os peixes e os frutos do mar podem ser contaminados com metais pesados como cobre, mercúrio, chumbo, arsênio e cádmio.
Segundo nutricionistas, a ingestão frequente de alimentos contaminados com essas substâncias pode sobrecarregar o trabalho do fígado e atrapalhar o funcionamento equilibrado do organismo.
O mercúrio é um dos integrantes do grupo que merece a nossa atenção, por ser o principal dos metais pesados presentes na água e o que possui maior grau de toxicidade.
Os níveis de mercúrio em cada peixe variam conforme o tipo, o tamanho, o habitat, a alimentação e a idade do animal.
Os peixes predatórios, que comem outros peixes e se encontram no topo da cadeia alimentar, têm tendência de conter mais mercúrio. Neste sentido, quanto maior e mais velho o peixe for, mais mercúrio é provável que ele tenha.
Os efeitos do acúmulo de mercúrio no organismo incluem alterações no sistema nervoso central como delírios, alucinações e pensamentos suicidas, baixa na imunidade e alterações renais.
Essa ingestão exagerada pode estar associada a algumas doenças degenerativas. A lista de peixes que devem ser evitados traz: cação, tucunaré, pescada branca, tainha, cavala, garoupa e arenque.
Por conta do risco de carregar mercúrio e outras toxinas, a Food and Drug Administration (Administração de Medicamentos e Alimentos – agência reguladora e fiscalizadora da área de saúde dos Estados Unidos, FDA, sigla em inglês) recomenda que crianças pequenas, mulheres em idade de engravidar e mulheres que amamentam evitem peixe-batata (tilefish/malacanthidae), espadarte (peixe-espada), tubarão e cavala-verdadeira (king mackerel).
Jennings também alertou que essas pessoas devem limitar a sua ingestão de peixe albacora (albacore) e atum albacora a uma porção semanal do tamanho de um palmo ou menos.
Embora outros peixes menores não deixem de conter mercúrio, eles apresentam a substância em menor quantidade, devendo ser consumidos de maneira equilibrada na dieta.
O mercúrio e a gravidez
As gestantes precisam tomar um cuidado especial para não acumularem mercúrio no corpo: especialistas alertam que a ingestão de muito mercúrio pode causar danos ao sistema nervoso do bebê que se encontra em desenvolvimento.
Portanto, se você está grávida, consulte o seu médico para saber quais peixes deve deixar de lado, quais pode consumir e qual a quantidade e frequência máxima na qual eles podem ser ingeridos.
Ao comprar um peixe ou comer o alimento em um restaurante, certifique-se de que se trata de um produto de boa procedência, que obedece às regras sanitárias e está livre de contaminações.
Referências Adicionais:
- https://www.webmd.com/food-recipes/features/is-still-safe-to-eat-seafood#1
- https://www.fda.gov/food/metals/mercury-levels-commercial-fish-and-shellfish-1990-2012
- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21292311
- https://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/mercury-and-health