A famosa “pressão alta” tem nome: Hipertensão Arterial Sistêmica. Trata-se de uma doença silenciosa que faz parte de um grupo específico chamado “Doenças Crônicas Não Transmissíveis”, classificado assim pelo Ministério da Saúde.
Índice deste artigo:
Quem tem pressão alta?
Quando o debate entra em hipertensão arterial, é um pouco difícil de dizer. A doença não tem predileção por gênero masculino ou feminino, etnia (branco, negro, pardo, etc.), peso (gordo ou magro) ou hereditariedade.
O que se sabe é que existem diversos meios de se desenvolver a hipertensão arterial. Frequentemente ela é associada a distúrbios metabólicos, alterações funcionais ou estruturais de órgãos ou, ainda, pela influência de certos fatores de risco como:
- Hereditariedade: que, embora não seja o real motivo tem sua parcela de predisposição.
- Obesidade: onde o acúmulo de gordura pode ser prejudicial e influenciar em alterações de pressão na circulação sanguínea, visando nutrir toda a massa corporal.
- Dislipidemia: onde o aumento de colesterol é capaz de favorecer ainda mais a instalação de doenças cardíacas e predispor o indivíduo com essa característica a infartos ou AVC’s.
- Intolerância à glicose ou diabetes: em ambos os casos há ausência do bom funcionamento do hormônio insulina, que predispõe o indivíduo ao aumento gradual de peso.
- Dieta: o consumo de muito sódio acaba sendo capaz de influenciar diretamente no aumento da pressão arterial e no descontrole de doenças cardiovasculares. A recomendação da Organização Mundial de Saúde é que ele seja menor do que 2g ao dia (ou menor do que 5 g de sal)
- Alcoolismo: a ingestão de álcool em abundância e de maneira crônica é fator predisponente para o aumento da pressão arterial.
- Sedentarismo: indivíduos pouco ativos (os considerados sedentários são aqueles que não praticam ao menos 150 minutos de atividades físicas semanais) possuem mais predisposição para o aumento de pressão arterial.
Geralmente, o quadro de hipertensão arterial é aparente quando, durante a aferição, temos um valor igual ou superior ao de 14×9 (ou 140×90 mmHg). Isso significa que ter a pressão 15×10 é perigoso, mas o diagnóstico preciso é realizado através de um controle no consultório e em casa (também durante o sono) para confirmação.
No entanto, quando os valores ultrapassam 14×9 (140x90mmHG) na primeira consulta, o Ministério da Saúde aconselha iniciar o tratamento medicamentoso e acompanhar sua redução levando em consideração a certificação dos seguintes parâmetros:
- Que antes da aferição o paciente não esteja com a bexiga cheia;
- Que não tenha praticado exercícios até 60 minutos antes;
- Que não tenha ingerido bebidas alcóolicas, café ou qualquer outro alimento nos últimos 60 minutos;
- Que não fumou há pelo menos 30 minutos;
Classificação e situações adversas
Como dito anteriormente, existem diversas causas para o aumento da pressão arterial, o que faz com que seus limites normais sejam um tanto quanto personalizados. No entanto, na maioria dos casos os profissionais da saúde seguem os seguintes parâmetros:
Veja abaixo a mesma informação da ilustração acima, em outro formato:
Classificação | Sistólica (mmHg) | Diastólica (mmHg) |
---|---|---|
Pressão arterial normal | Abaixo de 120 | Abaixo de 80 |
Pressão elevada | 120-129 | Abaixo de 80 |
Hipertensão estágio 1 | 130-139 | 80-89 |
Hipertensão estágio 2 | 140 ou acima | 90 ou acima |
Crise hipertensiva | Acima de 180 | Acima de 120 |
O que acontece quando se tem pressão alta?
No Brasil, aproximadamente 32,5% (36 milhões de pessoas adultas) dos habitantes do país são portadores de Hipertensão Arterial. Dessa porcentagem, mais de 60% são idosos e 50% desses indivíduos acabam contribuindo de forma direta ou indireta no aumento dos números de pessoas que morrem com doenças cardiovasculares todos os anos. Sendo assim, é claro que apresentar uma pressão 15×10 é perigoso.
Um dos principais problemas vinculados ao aumento da pressão arterial é a distensão de vasos sanguíneos. Esses vasos, geralmente recobertos por uma camada externa e outra interna de característica fina e delicada, acabam sendo lesionados durante a circulação mais vigorosa, e em alguns casos, acabam se rompendo.
Quando o rompimento desses vasos não acontece, uma outra situação é possivelmente esperada: seu endurecimento, estreitamento e consequente favorecimento ao acúmulo de gordura e trombose, ambos prejudiciais para a saúde.
Quando um vaso “entope” ou obstrui próximo ao coração, o indivíduo sofre com angina, o que antecede o infarto. Próximo ao cérebro, o vaso obstruído leva ao famoso “derrame”, também conhecido Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Já próximo aos rins, ele interrompe o bom funcionamento da filtração glomerular – que visa eliminar as toxinas do organismo através da urina – ou até mesmo interrompem seu funcionamento por completo, favorecendo ainda mais o surgimento de doenças potencialmente letais.
Uma pressão arterial má controlada pode lesionar os órgãos internos, levar à perda de visão e até mesmo a amputação de membros.
Por que pressão 15×10 é perigoso?
Dificilmente os sintomas estarão aparecendo durante o dia a dia para mostrar que a doença está instalada. As dores na nuca, a tontura e o mal-estar só aparecem quando a condição já está em uma fase bem avançada, o que dificulta o prognóstico e o sucesso do tratamento.
Afinal, a pressão arterial é consequência da “força” que o sangue faz contra as paredes dos vasos para conseguir circular pelo organismo inteiro. O coração bombeia de 5 a 6 litros de sangue por minuto que, por sua vez, se encarrega de nutrir os demais órgãos e auxiliá-los a desempenhar suas funções.
Em 90% a 95% dos casos, é muito difícil descobrir a causa exata da hipertensão. Mas uma coisa é certa: os maus-hábitos são precursores da doença. Para evitar o perigo, é preciso:
- Manter um nível de atividade física diária por pelo menos 30 minutos (150 minutos semanais, pela Organização Mundial de Saúde);
- Evitar a obesidade ou o ganho excessivo de peso;
- Evitar o consumo exagerado de bebidas alcóolicas ou fumo;
- Reduzir alimentos gordurosos (incluindo frituras e doces);
- Evitar o excesso de sal (não mais que 5 g ao dia, o correspondente a 2 g de sódio);
- Reduzir o estresse (um dos principais causadores do aumento da pressão arterial com potencial de desencadear mal-estar e anteceder infarto em situações agravantes);
- Solicitar acompanhamento contínuo.
Infelizmente, o aumento da pressão arterial é uma doença que não tem cura. É como um balanço natural do organismo que somos obrigados a manter e muitas vezes o negligenciamos.
É preciso lutar para o combatê-la com todas as forças, e caso necessário contar com a ajuda de medicamentos específicos. A adoção de bons hábitos diários é capaz de reduzir significativamente a pressão arterial e servir de prevenção a diversas outras doenças. Que tal mudar de vida hoje?
Vídeo: Causas da pressão alta
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