Remédio Contrave para emagrecer - Como funciona, efeitos colaterais e contraindicações

Conforme os casos de obesidade aumentam em todo o mundo, tornando-se um problema de saúde pública, os cientistas trabalham para desenvolver novos medicamentos, como o Contrave, para lidar com a questão.

Mas, de forma semelhante à que ocorre com outros tratamentos, pode ser difícil encontrar informações confiáveis voltadas para o público leigo, ou seja, para pessoas sem conhecimento prévio na área de saúde.

Assim, neste artigo tentaremos suprir essa demanda, e trazer informações sobre o funcionamento, as indicações e os possíveis efeitos colaterais do Contrave, bem como a forma correta de usar esse medicamento.

Veja também: Sobrepeso e obesidade: Qual a diferença?

O Contrave emagrece mesmo?

Sim, o Contrave é um medicamento que ajuda na perda de peso. Mas para isso, é importante que seu uso esteja associado a algumas mudanças de estilo de vida, como:

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Prática regular de exercícios físicos
Redução do consumo de calorias
Inclusão de alimentos saudáveis na dieta, para atender suas necessidades nutricionais

Assim, para conseguir um emagrecimento saudável, o ideal é realizar o acompanhamento com diferentes profissionais, incluindo médicos, nutricionistas e profissionais de educação física.

Como funciona o remédio Contrave?

O Contrave contribui para o emagrecimento a partir da ação de duas substâncias:

Naltrexona 8 mg, um medicamento usado principalmente para o tratamento de alguns casos de dependência química, mas que possui um efeito na redução do apetite
Bupropiona 90 mg, um antidepressivo que também é utilizado para tratar casos de compulsão, seja por alimentos ou por substâncias psicoativas

Dessa forma, o Contrave ajuda na perda de peso por dois mecanismos diferentes: diminui a compulsão alimentar e o apetite, levando a redução da quantidade de calorias ingeridas durante o dia.

Principais efeitos colaterais

O Contrave pode causar alguns efeitos colaterais, que podem ter intensidades diferentes, a depender da pessoa. Além disso, a maioria deles tendem a desaparecer nas primeiras semanas de tratamento.

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Os mais comuns são:

Agitação
Ansiedade
Rebaixamento do humor e piora de sintomas depressivos
Dor de cabeça
Dores musculares
Dores nas articulações
Insônia
Irritabilidade
Náuseas e vômitos
Mudanças no funcionamento do intestino, que podem incluir constipação intestinal e diarreia
Secura na boca
Tontura

Outro ponto importante a se destacar é que algumas pessoas podem apresentar pensamentos suicidas durante o uso de bupropiona, e devem relatar isso ao médico imediatamente, caso ocorra.

Contraindicações do Contrave

A principal contraindicação do Contrave é a alergia à naltrexona, à bupropiona ou a qualquer outro componente da formulação.

Além disso, o medicamento também pode trazer riscos para alguns grupos de pessoas, e por isso, o seu uso também pode ser contraindicado. São eles:

Casos de insuficiência renal e hepática graves
Hipertensão descontrolada ou sem tratamento
Pessoas com problemas neurológicos que causem convulsões, como epilepsia
Pessoas com diagnóstico de transtorno bipolar
Casos de anorexia e bulimia. Assim, se a pessoa tem um histórico passado desses problemas, o uso deve ser feito com extremo cuidado
Pessoas que realizam uso exagerado de álcool e medicamentos opioides
Pessoas em tratamento com outros medicamentos que contenham naltrexona e bupropiona
Mulheres grávidas ou que estejam amamentando seus bebês

Assim, é essencial conversar com seu médico sobre problemas de saúde atuais e pregressos, e o uso de remédios, sejam eles naturais ou de farmácia.

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Desta forma, é possível diminuir os riscos de efeitos adversos do Contrave, bem como interações medicamentosas.

Como usar o Contrave?

Remédio para perda de peso — O uso do Contrave geralmente segue uma progressão de dose a cada semana

O uso do Contrave deve sempre ser orientado por um médico, após a avaliação do quadro clínico, do histórico de saúde e de outras características individuais da pessoa.

No entanto, o uso normalmente segue uma progressão de dose, que é modificada a cada semana, da seguinte maneira:

Semana 1: um comprimido pela manhã
Semana 2: um comprimido pela manhã e um à noite
Semana 3: dois comprimidos de manhã e um à noite
Semana 4 em diante: dois comprimidos de manhã e dois à noite

Porém, seu médico pode alterar a dose do medicamento, caso seja necessário, desde que não ultrapasse a dose máxima de 4 comprimidos ao dia, divididos em duas doses.

Por fim, não modifique a forma de uso por conta própria, nem pare de tomar o medicamento abruptamente, já que essas modificações podem trazer graves reações adversas.

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