Rinofima: o que é, causas, sintomas e tratamentos

O rinofima, também conhecido como elefantíase nasal ou acne hiperplásica, é uma inflamação crônica dos tecidos do nariz, que o deixam maior, com formato irregular e com pequenos vasos sanguíneos dilatados na pele.

Seu crescimento é lento mas, quando ficam grandes, podem causar um desconforto estético e prejudicar a respiração e o sono, devido à obstrução das vias respiratórias.

Veja, com detalhes, o que é rinofima, as causas associadas, os principais sintomas e as formas de tratamento disponíveis.

Rinofima: o que é?

Rinofima é uma inflamação crônica no nariz, caracterizada pelo crescimento e multiplicação das células que o constituem. Os tecidos mais afetados do nariz são as glândulas sebáceas, produtoras de sebo, e o tecido conjuntivo, que dá sustentação ao nariz.

Os vasos sanguíneos presentes na derme do nariz ficam obstruídos, conferindo um aspecto de elefantíase nasal. O termo “elefantíase” faz referência ao edema (inchaço) que se estabelece no nariz, decorrente da formação de massas ou caroços que vão crescendo lentamente.

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Apesar da definição de rinofima ser parecida com a de um quadro neoplásico (de câncer), não se trata disto, o problema está mais intimamente associado à evolução de uma acne rosácea não tratada. Veja quais são os sintomas que podem indicar um câncer.

Com o crescimento contínuo e progressivo dessa massa, pode ocorrer a obstrução das vias respiratórias e prejudicar até mesmo o sono, causando apneia do sono.

Causas do rinofima

Alguns pesquisadores e médicos da área consideram o rinofima como sendo um estágio avançado da acne rosácea, uma condição que deixa o rosto bem avermelhado, com caroços pequenos, vermelhos e com pus em seu interior.

A rosácea é uma doença que afeta, com mais frequência, pessoas de pele branca, sensível e de origem nórdica, sendo rara em negros. Os estágios iniciais da rosácea são mais comuns em mulheres do que em homens, numa proporção de 3:1, mas os quadros avançados, como é o caso do rinofima, tendem a ser mais frequentes entre os homens.

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A ocorrência de rinofima está associada ao uso abusivo de álcool, atingindo mais os homens após os 40 anos de idade.

Mas, outros fatores além do alcoolismo, podem estar associados à multiplicação exagerada das células constituintes das glândulas sebáceas, como:

Exposição prolongada ao sol
Histórico familiar de rinofima
Estresse exagerado. Veja como o estresse pode prejudicar a sua saúde.
Alterações hormonais
Consumo exagerado de cafeína ou de alimentos picantes

Sabe-se que esses fatores estão associados com processos inflamatórios no organismo, logo também podem promover a inflamação crônica dos tecidos do nariz, marcada pela proliferação das células das glândulas sebáceas.

Acne rosácea — O rinofima pode ser considerado um estágio avançado da acne rosácea

Sintomas do rinofima

O principal sintoma do rinofima já está expresso em seu nome, de origem grega: rhiz (nariz) e phyma (crescimento), ou seja, há um crescimento notável do nariz, que dispensa exames laboratoriais para se perceber.

Os sintomas mais detalhados são:

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Formação de uma massa rosada e lobulada (encaroçada) sobre o nariz, alterando a sua textura, tamanho e formato.
Dilatação de veias superficiais no nariz.
Dilatação dos poros do nariz. Confira algumas dicas para fechar os poros dilatados.
Liberação de sebo, quando os caroços são comprimidos.
Aparecimento de tecido fibroso (duro).

Diagnóstico do rinofima

O diagnóstico do rinofima é realizado por meio de um exame físico, em que o médico ou médica dermatologista avalia a pele do nariz, observando as características de textura, vascularização (presença de vasinhos), tamanho e coloração.

Neste exame, também é avaliado se o rinofima da pessoa pode obstruir suas vias respiratórias.

Apesar do rinofima, em si, não ser considerado um câncer, ele pode ter um tipo de câncer de pele associado, o carcinoma basocelular. Por isso, se houver manchas no rinofima, que é uma característica do carcinoma basocelular, se faz uma biópsia, para analisar se há presença de células malignas no nariz.

Tratamentos para rinofima

Laser de CO2 — Dermoabrasão e laser de CO2 são dois tipos de tratamento que podem ser usados

O tratamento mais indicado para os casos mais simples de rinofima é a abrasão da lesão, um procedimento não invasivo, ou seja, não cirúrgico, que retira a camada mais superficial da pele. Esse tratamento pode ser conduzido com diversas técnicas:

Dermoabrasão: utiliza uma lixa rotativa.
Laser de CO2: tratamento estético muito utilizado para o rejuvenescimento da pele, por meio da remoção de rugas, manchas e cicatrizes.
Eletrocoagulação: destruição do tecido, por meio de uma corrente elétrica de alta frequência.
Peelings profundos: técnica de microdermoabrasão, que promove a descamação da pele.

Em todos os casos, a pele fica sensível após o procedimento e, por isso, deve ser bem cuidada e protegida com o uso de filtro solar, para evitar manchas. Veja como tratar manchas na pele.

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Para os casos mais graves, o tratamento é cirúrgico (decorticação cirúrgica) e consiste na remoção de partes do tecido do nariz. Após a remoção do tecido, o nariz passa por um procedimento de dermoabrasão e, depois, implante para remodelação.

O tecido removido é submetido à biópsia, para análise das células constituintes, com o objetivo de verificar a presença ou não de carcinoma basocelular.

Os procedimentos disponíveis para o tratamento do rinofima são simples, eficientes e seguros. Normalmente, a evolução funcional e estética após os procedimentos é bastante satisfatória.