As sardas brancas são manchas brancas que podem aparecer em diferentes partes do corpo, incluindo a boca, a garganta, os braços e as pernas.
Na boca e na garganta, elas podem ser um sinal precoce de infecção de sarampo, sendo conhecidas como sardas ou manchas de koplik. Mais especificamente, as manchas de koplik são pequenos pontos vermelhos com o centro branco, similares aos grãos de areia.
Se você notar sardas brancas na garganta e na boca, saiba que é importante consultar o seu médico ou a sua médica imediatamente, para checar se elas não podem ser um sinal precoce de infecção por sarampo.
Essas manchas são causadas pelo acúmulo de células inflamatórias na boca e podem ajudar os médicos a diagnosticar o sarampo em seus estágios iniciais.
Vale ressaltar que o sarampo é uma doença evitável por meio da vacinação, por isso, se você ainda não recebeu a vacina contra o sarampo, é recomendado que procure um profissional da saúde para se informar sobre a vacinação e proteger-se contra essa doença potencialmente grave.
Já nas pernas e braços, as manchas brancas podem ser chamadas de leucodermia gutata. Se você notou manchas brancas de 2 a 6 mm na sua pele em áreas que são expostas ao sol, pode ser leucodermia gutata.
Embora não aumentem de tamanho, elas geralmente não desaparecem e podem ser provocadas pela exposição solar ao longo dos anos e envelhecimento da pele, sendo mais comum justamente em pessoas mais velhas.
Se você suspeita de leucodermia gutata, é recomendado que consulte um dermatologista para confirmar o diagnóstico.
Ainda que não seja necessário realizar um tratamento específico, é possível melhorar a aparência da pele com o uso de pomadas e protetor solar, conforme a orientação do dermatologista.
Além disso, é importante proteger a pele da exposição solar para prevenir não apenas a leucodermia gutata, mas também outras condições relacionadas à exposição excessiva do sol, como o câncer de pele.
Você já ouviu falar sobre sardas brancas? Sabia que elas podem ser um sintoma de sarampo ou de leucodermia gutata? Continue lendo para entender melhor sobre os sintomas, possíveis causas e tratamento dessas condições.
Principais sintomas que acompanham as sardas brancas
Leucodermia gutata
A leucodermia gutata é uma condição dermatológica caracterizada por manchas brancas na pele. Os principais sintomas dessa condição podem incluir:
- Manchas brancas arredondadas na pele que podem ter entre 2 a 6 mm
- Manchas que não aumentam de tamanho e geralmente não desaparecem
- Surgimento de novas manchinhas brancas com o tempo
- Crescimento de pelos normais sobre a área afetada
- Maior incidência em pessoas mais velhas
- Ausência de dor ou coceiras nas manchas
Sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa altamente contagiosa causada por um vírus que é membro do gênero Morbillivirus. Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:
- Manchas brancas na boca ou garganta, conhecidas como sardas brancas de koplik
- Febre alta
- Manchas vermelhas na pele, que geralmente começam no rosto e se espalham pelo corpo
- Tosse
- Coriza
- Irritação nos olhos (conjuntivite, veja aqui quanto tempo dura a conjuntivite viral, bacteriana e alérgica).
- Mal-estar intenso
- Dor de garganta
Os sintomas do sarampo geralmente aparecem de 10 a 14 dias após o contato com o vírus e podem durar cerca de duas semanas. Em casos mais graves, a doença pode levar a complicações, como pneumonia e encefalite.
Para quem apresentar sintomas de sarampo, é fundamental buscar ajuda médica imediatamente e evitar o contato próximo com outras pessoas para não transmitir a doença.
Possíveis causas
Leucodermia gutata
A causa exata da leucodermia gutata ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que a exposição solar ao longo dos anos e o envelhecimento possam contribuir com o seu desenvolvimento.
A exposição excessiva à luz ultravioleta pode afetar a produção de melanina, um pigmento que dá a cor à pele, resultando nas manchas brancas características dessa condição.
Outras possíveis causas são: alterações genéticas, ferimentos na pele e anticorpos anormais no sangue. No entanto, são necessários mais estudos para entender melhor os mecanismos e fatores de riscos da condição.
Sarampo
Como vimos, o sarampo é causado por um vírus, que é altamente contagioso e pode se espalhar facilmente pelo ar quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala perto de outras.
Qualquer pessoa que não tenha sido vacinada contra o sarampo e que entre em contato com o vírus pode contrair a doença.
O vírus pode sobreviver no ar e em superfícies por várias horas, aumentando o risco de transmissão.
As pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, como crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crônicas, têm maior risco de desenvolver complicações graves do sarampo.
Por isso, é fundamental que todos estejam devidamente vacinados contra o sarampo para prevenir a propagação da doença.
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra o sarampo, recomendada para todas as pessoas a partir dos 12 meses de idade.
Como confirmar o diagnóstico
Leucodermia gutata
Para detectar e diagnosticar a leucodermia gutata, é recomendado que você consulte um dermatologista.
Esse especialista considerará as características das manchas brancas na pele, a sua idade, a quantidade de exposição solar que você teve, os cuidados que você tem com a sua pele e o seu histórico de saúde.
Para examinar as lesões com mais detalhes, o médico pode utilizar a dermatoscopia, um exame onde a pele é observada com o auxílio de um aparelho chamado dermatoscópio.
Em alguns casos, pode ser necessária a realização de uma biópsia para confirmar o diagnóstico.
É importante lembrar que, se você notar manchas brancas na sua pele, é essencial consultar um dermatologista o quanto antes.
Outras condições dermatológicas, como vitiligo e micose, podem ter sintomas semelhantes à leucodermia gutata, por isso é fundamental obter um diagnóstico preciso.
O diagnóstico precoce pode ajudar no tratamento e prevenção de possíveis complicações, além de garantir uma melhor qualidade de vida para você. Portanto, ao notar alguma mancha branca na sua pele, não deixe de procurar um dermatologista para avaliação.
Sarampo
Se você suspeitar que está com sarampo, procure um médico o mais rápido possível. O diagnóstico é geralmente feito pelo médico com base nos sintomas que você apresenta e no seu histórico de vacinação.
Durante a consulta médica, o profissional pode realizar um exame físico para verificar a presença de manchas vermelhas na pele, um dos principais sintomas do sarampo.
O médico também pode fazer perguntas sobre outros sintomas, como febre, tosse, coriza e irritação nos olhos.
Em alguns casos, pode ser necessário realizar exames de sangue para confirmar o diagnóstico do sarampo. Esses exames podem detectar a presença do vírus do sarampo ou de anticorpos contra o vírus no seu sangue.
Semelhança entre as duas condições
A leucodermia gutata e o sarampo são condições distintas com causas diferentes, não havendo uma ligação clínica direta entre elas.
No entanto, a erupção cutânea do sarampo pode se assemelhar às manchas da leucodermia gutata, o que pode levar à confusão diagnóstica em alguns casos.
Embora as manchas da leucodermia gutata possam parecer semelhantes às manchas que aparecem na fase inicial do sarampo, as outras características da doença são bastante diferentes.
Por isso, é fundamental realizar o diagnóstico correto e o tratamento adequado de ambas as condições para evitar complicações e garantir a recuperação do paciente.
Como é realizado o tratamento
Leucodermia gutata
Embora a leucodermia gutata não seja uma condição de pele que cause sintomas, algumas pessoas podem se sentir incomodadas com as manchas brancas na pele e desejam um tratamento para melhorar a aparência.
Se você é uma dessas pessoas, é possível recorrer a tratamentos tópicos, como pomadas e cremes, que ajudam a uniformizar a cor da pele.
Outra opção é a crioterapia, em que o dermatologista utiliza nitrogênio líquido para congelar as células afetadas e promover a regeneração da pele.
Mas lembre-se, é fundamental que você procure um dermatologista antes de iniciar qualquer tratamento.
Além do tratamento, é importante manter uma rotina de cuidados com a pele e evitar a exposição solar excessiva, utilizando sempre protetor solar. Veja aqui qual é o melhor protetor solar e como usar.
É recomendado que você faça acompanhamento com um dermatologista para monitorar a evolução da leucodermia gutata e detectar possíveis complicações.
Lembre-se que um acompanhamento médico regular é essencial para garantir a saúde e bem-estar da sua pele.
Sarampo
Para tratar o sarampo, o foco é aliviar os sintomas enquanto o sistema imunológico combate o vírus.
Em alguns casos, medicamentos antivirais podem ser prescritos, mas na maioria das vezes, o tratamento envolve repouso, hidratação e o uso de medicamentos específicos para aliviar os sintomas, como febre, tosse e coriza.
Se o paciente apresentar complicações, como pneumonia ou encefalite, a hospitalização pode ser necessária.
No entanto, a prevenção é sempre a melhor opção. A vacinação é altamente recomendada para prevenir o sarampo, e é importante verificar se você está em dia com as doses recomendadas.
Em caso de dúvidas, procure um profissional de saúde. Afinal, a prevenção é fundamental para manter a sua saúde e bem-estar.
Fontes e referências adicionais
- Microinfusão de medicamentos na pele (MMP®): uma visão geral, revisão de indicações e perfil de segurança, Surgical & Cosmetic Dermatology, 2020; 12(4): 316 – 319.
- Diagnóstico clínico, laboratorial e profilático do sarampo no Brasil, Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, 2019; 55(4): 390 – 401.
- A evolução do sarampo no Brasil e a situação atual, Informe Epidemiológico do SUS, 1997; 6(1): 07 – 19.
Fontes e referências adicionais
- Microinfusão de medicamentos na pele (MMP®): uma visão geral, revisão de indicações e perfil de segurança, Surgical & Cosmetic Dermatology, 2020; 12(4): 316 – 319.
- Diagnóstico clínico, laboratorial e profilático do sarampo no Brasil, Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, 2019; 55(4): 390 – 401.
- A evolução do sarampo no Brasil e a situação atual, Informe Epidemiológico do SUS, 1997; 6(1): 07 – 19.