Sempre chega um momento em que muitos de nós olhamos para o próprio corpo e não nos sentimos nada satisfeitos com o que vemos. Então é hora de entrar na disciplina e seguir uma dieta para perder os quilinhos extras que foram ganhos.
Mas antes de sair fazendo o que vier à mente, seguir a dica da vizinha para emagrecer ou aderir à última dieta da moeda, que tal dar uma olhada em fatores que, de acordo com a ciência, ajudam ou atrapalham a perda de peso? É isso o que você confere a seguir na lista com as 14 coisas que a ciência afirma que influenciam o nosso peso e você provavelmente não imaginava:
1. Fazer as refeições junto com a família
Mesmo que você esteja meio cansado da convivência familiar, saiba que tomar café, almoçar e jantar com a família pode proteger contra o sobrepeso e a obesidade. Tudo por conta das conexões emocionais que são estabelecidas durante as refeições entre os familiares e pelo fato de que os alimentos consumidos nessas ocasiões tendem a ser mais saudáveis, como afirma um estudo feito pelas universidades de Minnesota e Columbia, nos Estados Unidos, e publicado no Journal of Pediatrics (Jornal de Pediatria, tradução livre).
A recomendação é especialmente importante para as crianças e adolescentes evitarem problemas com o excesso de peso quando chegarem a idade adulta. Já para os mais velhos, vale registrar que uma ou duas refeições semanais ao lado da família estão de bom tamanho para diminuir o risco de obesidade.
2. O peso dos irmãos e amigos
Ter um irmão obeso faz com que uma pessoa seja duas vezes mais propensa a desenvolver o mesmo problema. O risco é agravado caso o pai também seja obeso ou se esse irmão for mais velho e do mesmo sexo, de acordo com o pesquisador Markos Pachucki, da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, em artigo publicado na American Journal of Preventine Medicine (Jornal Americano de Medicina Preventiva, tradução livre).
E não para por aí. O médico David Shoham, da Universidade Loyola, em Chicago, nos Estados Unidos, identificou, em um estudo feito com 1.800 adolescentes, que o excesso de peso é contagioso. Fato que já havia sido verificado em outra pesquisa, publicada em 2007 no The New England Journal of Medicine (Jornal de Medicina da Nova Inglaterra, tradução livre).
Mas antes que você se desespere, calma que tem boa notícia: a magreza também pode ser “transmitida”. Caso você tenha amigos em boa forma, com o Índice de Massa Corporal (IMC) por volta de 20, as suas chances de emagrecer aumentam em 40%.
3. O ano em que você nasceu
Quem nasceu depois de 1942 deve prestar atenção: há uma relação entre uma variante do gene FTO – o chamado “gene gorducho” – e o ano de nascimento de uma pessoa que podem aumentar o risco de desenvolver obesidade. Essa relação é duas vezes mais forte para aqueles que nascerem após o ano de 1942.
O fato foi identificado pela equipe do pesquisador James Rosenquist, do Departamento de Psiquiatria do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos. Entretanto, não foi apresentada uma explicação clara para isso, apesar da suspeita estar ligada ao desenvolvimento tecnológico pós Segunda Guerra Mundial.
4. As bactérias presentes no seu intestino
Se entre os bichinhos que habitam o seu intestino estiverem presentes as bactérias da família Christensenellaceae, considere-se uma pessoa de sorte! Elas ajudam a proteger contra o aumento de peso. Transmitidos hereditariamente, esses micro-organismos também podem contribuir com os tratamentos para combater a obesidade.
5. A música que embala o seu jantar no restaurante
Você gosta de jantar em restaurantes que tocam música clássica? Pois saiba que apesar de propiciar um clima mais romântico, esse tipo de música também estimula as pessoas a comerem mais. Uma pesquisa feita pelas universidades britânicas Leicester e Surrey Roehampton descobriu que o consumo de alimentos e café é maior nos estabelecimentos com música clássica ao fundo, do que naqueles em que as refeições são embaladas por outro estilo musical.
6. Trabalhar à noite
De acordo com um estudo feito por pesquisadores do Instituto Médico Howard Hughes, no estado do Texas, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica PNAS, trabalhar no período noturno engorda. E não é porque faz com que as pessoas comam mais, mas sim por modificar o ritmo das atividades do ciclo biológico de uma pessoa.
Isso quer dizer que como o ser humano está programado para dormir durante a noite e comer de dia, quando ele fica acordado no período noturno o seu ciclo fisiológico é quebrado, o que faz com que o gasto enérgico diário total seja reduzido.
7. Não dormir bem
Dormir pouco engorda por conta de uma importante função no metabolismo energético desempenhada pelo sono. Quando a pessoa não dorme bem, o organismo precisa ser mais alimentado, como maneira de se adaptar ao período de vigília. A má qualidade do sono ainda deixa o apetite desregulado, já que quando isso acontece a grelina – o hormônio da fome – é estimulada, e a leptina – o hormônio que dá sensação de saciedade – é suprimida.
Além disso, segundo pesquisa publicada no American Journal of Clinical Nutrition (Jornal Americano de Nutrição Clínica, tradução livre) o fato de dormir mais está relacionado a um IMC menor e a uma melhor alimentação.
8. Morar na Irlanda ou na Bélgica
Se um dia você pensar em morar na Europa e entre as suas opções de países estiverem a Irlanda e a Bélgica, vale a pena conhecer as estimativas apontadas pelo Fórum de Saúde do Reino Unido em parceria com o Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa a respeito da obesidade nesses países.
De acordo com esses dados, a Irlanda será o país com os maiores índices de obesidade e sobrepeso na população masculina – serão 90% em 2030. Já na Bélgica, essa taxa estará somente nos 44%. A explicação dada pela médica Laura Webber – coautora do relatório que apresenta essas estimativas – é que na Irlanda, as empresas multinacionais da área de alimentação estimulam o consumo exagerado.
9. Ingestão de poluentes
Certos poluentes como resíduos de pesticidas usados para combater piolhos e sarna favorecem o surgimento da obesidade e aumento do colesterol no sangue quando acumulados no tecido adiposo, conforme conclusão de pesquisa de cientistas da Universidade de Granada, na Espanha.
Essas substâncias são ingeridas pelas pessoas por meio de alimentos com alto teor de gordura, como carnes e peixes grandes e gordurosos.
10. Assistir muito à televisão
O alerta vem da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Emendar um telejornal, um capítulo de novela e um filme e ficar mais de duas horas na frente da televisão aumenta as chances de desenvolver obesidade em 23% e de contrair diabetes em 14%.
11. Deixar alguma luz artificial ligada na hora de dormir
Se você é daqueles que gosta de dormir com a televisão ligada, o abajur aceso ou próximo à tela do computador enquanto ele continua ligado, saiba que você está se colocando em risco de ter excesso de peso. É que segundo o pesquisador da Universidade de Granada, na Espanha, Ahmad Agil, expor-se a algum tipo de luz artificial reduz os níveis da melatonina, um hormônio noturno que regula o ritmo das atividades biológicas e tem efeito antioxidante e anti-inflamatório.
Com menores taxas desse hormônio, a pessoa fica menos protegida contra alterações no metabolismo que causam obesidade e diabetes.
12. Sofrer de estresse pós-traumático
Segundo uma pesquisa feita pelas universidades americanas de Harvard e Columbia, publicado no Archives of General Psychiatry (Arquivos de Psiquiatria Geral, tradução livre), as mulheres que sofrem de estresse pós-traumático, devido a uma violência urbana ou abuso sexual, por exemplo, ganham peso de maneira mais rápida e tendem mais a desenvolver obesidade do que aquelas que não passam por esse tipo de problema.
Entretanto, ainda há uma boa notícia: quando os sintomas do problema são diminuídos, o risco da obesidade surgir também é reduzido.
13. Ter depressão e ansiedade
Se por um lado um terço das pessoas que se sentem estressadas perde o apetite e emagrece, por outro, metade desses indivíduos respondem ao problema comendo guloseimas apetitosas, ricas em gordura e açúcar.
Isso acontece porque ao ingerir esse alimento, o centro de recompensa do cérebro de uma pessoa é ativado. Aliado a isso está o fato que o hormônio que causa o estresse – o cortisol – deixa esse mecanismo de recompensa mais sensível, estimulando assim o consumo compulsivo de alimentos calóricos.
O diretor do Departamento de Nutrição do Instituto Médico Europeu da Obesidade (IMEO), Rubén Bravo explica que os problemas financeiros e do trabalho fazem com que as pessoas procurem a felicidade na comida, principalmente nos doces, que aliviam a agitação.
14. Consumir produtos laticínios
O consumo de laticínios ricos em gordura está relacionado a menores chances de desenvolver obesidade central, de acordo com um estudo publicado no Scandinavian Journal of Primary Health Care (Jornal Escandinavo de Cuidados Essenciais com a Saúde, tradução livre).
Para o nutricionista da Escola de Saúde Pública de Harvard, Walter Willet, a justificativa para esse fato é que esses produtos que contêm gordura integral fornecem maior saciedade ao organismo e os ácidos graxos presentes na composição desse tipo de alimento trabalham na regulação do peso.
A nutricionista espanhola Natalia Galán completa explicando que o fato de um produto ser anunciado como light não garante que ele ajudará a emagrecer, já que muitos se classificam dessa maneira, mas possuem maior número de calorias do que aqueles que não são.
Adoro receber as dicas , estou me yornando uma pessoa mais saudavel através do conhecimento que vocês teêm me proporcionado.