5 Benefícios do Baru – Para Que Serve e Propriedades

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Conhecido ainda pelos nomes de barujó, cumaru, cumbaru, castanha-de-ferro, coco-feijão, cumarurana, cumbary, emburena-brava, feijão-coco, pau-cumaru e meriparajé, o baru é uma fruta originária da caatinga e do cerrado, que já foi incluída no grupo das espécies raras ou ameaçadas de extinção do Distrito Federal.

De coloração marrom, os frutos do baru costumam ser coletados no chão ou enquanto ainda encontram-se semi-maduros na árvore, entre os meses de julho e setembro.

A polpa do baru pode ser consumida in natura e na forma de geleia ou licor, além de poder servir como alimento para animais. Do baru, também é possível obter amêndoas e um óleo.

Para adquirir as amêndoas, retira-se a polpa do baru e quebra-se o seu caroço, que é bastante duro. Essas amêndoas podem ser utilizadas para enriquecer pães e em receitas de bolos, sorvetes, doces, paçoquinhas, rapadurinhas, cajuzinhos e bombons.

Por sua vez, o óleo é extraído através das amêndoas de baru, por meio de um processo que envolve torrar, triturar e levar ao fogo.

Aproveite para conhecer também algumas frutas exóticas brasileiras e seus benefícios. Vamos conferir agora alguns benefícios da fruta baru, do seu óleo e amêndoas, de acordo com as suas propriedades:

Para que serve – 5 benefícios do baru

1. Os nutrientes do baru

De acordo com informações da publicação “Alimentos Regionais Brasileiros” (2015, 2ª Edição) do Ministério da Saúde, 100 g da polpa in natura de baru fornecem nutrientes como carboidratos, proteínas e fibras ao nosso organismo.

Ainda segundo a publicação, as amêndoas do baru são ricas em cálcio, fósforo e manganês, além de possuírem um teor de proteínas parecido com o do amendoim.

As amêndoas de baru também são compostas por nutrientes com propriedades antioxidantes como a vitamina E e o zinco.

No entanto, o ideal é consumir o baru torrado porque desta maneira é possível inativar fatores antinutricionais que podem interferir na absorção de minerais como o cálcio e o zinco.

2. Fonte de energia

A polpa da fruta baru pode servir como uma fonte de energia para quem tem uma vida bastante ativa, que gasta muita energia, porque além de conter 300 calorias em uma porção de 100 g, ela também apresenta 58,4 g de carboidratos nessas mesmas 100 g.

Por outro lado, quem não gasta tanta energia precisa tomar cuidado com o alimento para não consumi-lo de maneira excessiva e acabar favorecendo um aumento de peso.

3. Auxílio à diminuição do colesterol

Um estudo realizado por nutricionistas da Universidade Federal de Goiás (UFG) juntou 20 pessoas que apresentavam níveis moderados de colesterol e administrou uma porção de 20 g ou 14 unidades a uma parte delas, enquanto o restante do grupo não consumiu o alimento.

Resultado: ao término do experimento, os participantes que comeram as amêndoas de baru registraram uma diminuição de 8% nas taxas de colesterol total e de 9% nos níveis do LDL, que também é chamado de colesterol ruim.

Acredita-se que os ácidos graxos insaturados, conhecidos como gorduras boas, estejam envolvidos no processo que resulta no efeito obtido.

Entretanto, tenha o cuidado de observar que a pesquisa foi conduzida em pessoas com colesterol moderado – não em indivíduos com o colesterol elevado.

Portanto, para quem sofre com o descontrole do colesterol, vale a pena conversar com o médico a respeito do uso da amêndoa de baru na dieta para auxiliar a normalização dos níveis de colesterol e continuar a seguir corretamente o tratamento que foi recomendado pelo profissional.

4. Fonte de vitamina E

Como já vimos acima, um dos nutrientes encontrados na amêndoa de baru é a vitamina E. Pois bem, essa vitamina auxilia o fortalecimento do sistema imunológico, é usada na interação entre as células, exerce um papel em processos metabólicos no organismo e é importante para a formação de glóbulos vermelhos (hemácias).

5. Pele

O óleo de baru contribui com a revitalização e a hidratação da pele porque estimula a renovação celular e contém a vitamina E na sua composição.

Segundo o que esclareceu o Instituto Linus Pauling, da Universidade do Estado do Oregon nos Estados Unidos, a vitamina E é um antioxidante essencial para a manutenção de uma pele saudável.

Acredita-se que o óleo de baru promove uma renovação celular, justamente revitalizando e hidratando a pele. O produto é ideal para massagens e banhos de óleos.

Cuidados com o óleo de baru

Não existem pesquisas suficientes a respeito do uso do óleo de baru, portanto, ele não deve ser utilizado por mulheres que estejam grávidas ou encontrem-se em período de amamentação de seus bebês.

O baru jamais deve ser consumido cru e é contraindicado para as gestantes por tratar-se de uma semente com alto teor de toxicidade. O óleo de baru não deve ser utilizado como cosmético por quem sofre com o excesso de oleosidade.

O produto ainda deve ser evitado por pessoas que têm o couro cabeludo oleoso, por quem possui uma pele sensível com manchas ou feridas e por indivíduos que sofrem com a psoríase.

O uso do óleo em sua forma líquida, adicionado na comida, pode provocar mal-estar abdominal e enjoos em pessoas mais sensíveis.

Os produtos cosméticos com óleo de baru não devem ser utilizados de maneira exagerada porque podem favorecer o aparecimento de feridas na pele e no couro cabeludo.

Para garantir a segurança da sua saúde, consulte o médico antes de começar a utilizar o produto para saber se ele é indicado e seguro para o seu caso e siga as orientações que forem passadas pelo profissional a respeito de como você deve fazer uso do óleo de baru.

Fontes e Referências Adicionais:

O que você achou dos benefícios do baru que separamos acima? Pretende incluir na sua dieta ou aplicar o óleo, por exemplo? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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