Consumo de alimentos muito processados quase dobrou em grupo de risco na pandemia

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Em tempos de pandemia do novo coronavírus, além de tomar todos os cuidados de prevenção contra a contaminação pelo vírus, devemos tomar conta da imunidade.

Afinal, sem a aprovação de um remédio ou vacina contra a COVID-19 ainda no Brasil, ela é a nossa grande defesa contra a doença por enquanto.

Mas algo muito importante para cuidar da imunidade é seguir uma dieta saudável, composta por muitos alimentos nutritivos. Pois é, mas não é exatamente isso que está ocorrendo durante a pandemia.

Isso foi concluído de acordo com uma pesquisa de junho de 2020 do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em parceria com o Datafolha.

A pesquisa mostrou que a ingestão de alimentos muito processados quase dobrou durante a pandemia entre habitantes com 45 a 55 anos de idade em todo o país. Justamente a faixa etária com maior índice de sobrepeso e obesidade.

De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 70% dos brasileiros entre 40 a 59 anos estão acima do peso saudável. Destes, 34,4% estão obesos.

A saber, o levantamento do Idec em parceria com o Datafolha entrevistou 1,214 mil pessoas com idade entre 18 a 55 anos de todas as classes econômicas e regiões do Brasil.

A relação entre a obesidade e o novo coronavírus

Sobrepeso

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), adultos obesos de qualquer idade têm um risco maior de sofrer com problemas graves se pegarem o novo coronavírus.

Além disso, adultos de qualquer idade com sobrepeso também podem ter consequências sérias se tiverem a COVID-19, apontou a instituição. Entenda melhor como estar acima do peso aumenta o risco de complicações pelo novo coronavírus.

Os números da pesquisa

Enquanto no ano passado o consumo dos alimentos muito processados correspondia a 9% da dieta das pessoas com 45 a 55 anos que responderam ao levantamento, em 2020 o índice pulou para 16%.

Na pesquisa do Idec e da Datafolha, os salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados foram os alimentos altamente processados favoritos. O índice de consumo destes itens subiu de 30% para 35% no período.

Logo depois, na segunda colocação ficou o grupo que engloba margarina, maionese, ketchup e outros molhos industrializados. A ingestão desses ingredientes cresceu de 50% para 54% de um ano para o outro.

Além disso, a pesquisa observou um aumento de 29,6% para 31,3% do consumo de alimentos muito processados dentro da dieta total de jovens com idade entre 18 a 24 anos. Já nas outras faixas etárias, as mudanças nesses índices não foram expressivas.

Os problemas com os alimentos muito processados

Junk food
Fast food são um exemplo de alimentos muito processados

Especialistas classificam essas comidas como uma das grandes responsáveis pelo aumento da obesidade.

Esses alimentos costumam conter muitas calorias, gorduras ruins e açúcares. Ao mesmo tempo, eles são pobres em nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo.

Por exemplo, alguns alimentos que fazem parte do grupo dos muito processados são:

  • Bebidas com muito açúcar (refrigerantes e sucos artificiais);
  • Fast food (hambúrguer e batata frita);
  • Chocolate, doces, bolos e sorvetes;
  • Pizza;
  • Comida congelada;
  • Salgadinhos;
  • Biscoitos;
  • Margarina;
  • Molhos industrializados;
  • Carnes processadas como frios, salsicha e linguiça.

Aproveite que está por aqui e conheça as comidas que, ao contrário dos itens da lista acima, são alimentos que fazem bem para a imunidade e são importantes para o momento.

Uma vez que a dieta saudável é apenas parte do grupo de medidas necessárias para ter um bom sistema imunológico, conheça outras maneiras de como melhorar a imunidade.

Fontes e Referências Adicionais

Você tem comido muitos alimentos altamente processados durante a pandemia? Tem dificuldade em parar? Então, conte para nós nos comentários!

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1 comentário em “Consumo de alimentos muito processados quase dobrou em grupo de risco na pandemia”

  1. Para muitos, é difícil ser saudável porque a tentação para “não ser” são muitas, além do que, a reclusão das pessoas em casa, as situou mais perto da geladeira. Obesidade é doença e como tal deve ser tratada ainda que gordinhos se amem como são.

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