Um estudo liderado por um cientista da Universidade de Auburn, nos Estados Unidos, e recentemente publicado na revista científica Physiological Reviews, destaca a importância do desenvolvimento muscular e de evitar a perda de massa muscular.
Esses elementos são essenciais para promover a longevidade e reduzir o risco de doenças graves, como doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e enfermidades respiratórias crônicas, que fazem parte das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).
O estudo mostra que exercícios com pesos, usando aparelhos específicos ou até o peso do próprio corpo, iniciam vários processos no corpo que promovem o aumento dos músculos (hipertrofia) e evitam a redução da massa muscular.
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Esses incentivos levam a uma maior formação de proteínas, ajudando a melhorar a qualidade de vida e o bem-estar, além de aumentar a longevidade. Também oferecem proteção contra as doenças que mais afetam a população.
O estudo destaca a importância de entender os métodos que afetam o crescimento muscular devido ao treinamento com pesos. Esse conhecimento ajuda a guiar os tratamentos mais eficientes para manter ou aumentar a massa muscular e também oferece informações valiosas sobre as necessidades nutricionais associadas ao aumento dos músculos, ou seja, à hipertrofia.
Além disso, ressalta que os benefícios da hipertrofia muscular e da prevenção da perda de massa muscular vão além da estética, desempenhando um papel fundamental na promoção da longevidade e na prevenção das doenças que afetam nossa saúde.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) — que incluem doenças do coração, câncer, diabetes e problemas respiratórios de longo prazo — junto com acidentes e violência, são um grande desafio para a saúde pública.
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Em 2019, no Brasil, 54,7% das mortes foram causadas por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), e 11,5% por complicações graves. Surpreendentemente, mais de 730 mil mortes relacionadas a essas doenças ocorreram naquele ano, com 41,8% delas acontecendo prematuramente. Esses números destacam a necessidade urgente de medidas eficientes para prevenir e controlar essas doenças silenciosas que afetam a população brasileira.
Globalmente, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são as principais causas de mortalidade. O estudo indica a musculação como uma ferramenta importante no combate a essas enfermidades e na promoção da longevidade da população.
Além disso, destaca o potencial desse tipo de treinamento como parte das políticas públicas de prevenção das doenças que mais afetam as pessoas.
No cenário nacional, o Brasil está envolvido no “Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis (DANT) no Brasil, 2021-2030 (Plano de DANT)”, de acordo com informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Esse plano representa um guia para as medidas e políticas de saúde, demonstrando o compromisso do governo brasileiro em combater e prevenir as doenças graves que afetam a população. O plano inclui 226 ações estratégicas a serem implementadas pelo Ministério da Saúde, Estados, Distrito Federal e municípios, além de 23 metas e indicadores de resultados para acompanhar o efeito dessas ações.
A prevenção dos fatores de risco das DCNT e a promoção da saúde da população são diretrizes essenciais desse plano, com o objetivo de eliminar desigualdades em saúde.
O estudo destaca a relevância do treinamento com pesos (musculação) na promoção do desenvolvimento muscular e na prevenção da perda de massa muscular como fatores fundamentais para a longevidade e a redução do risco de doenças crônicas.
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Essas descobertas são particularmente significativas em um cenário em que as DCNT representam uma ameaça crescente à saúde pública. Portanto, investir em estratégias que promovam a saúde muscular pode ser uma abordagem eficaz para melhorar a qualidade de vida e bem-estar da população, contribuindo para um futuro mais saudável.