Franciely Freduzeski, 45 anos, passou por diversas mudanças após receber o diagnóstico de uma doença sem cura: a fibromialgia. As fortes dores que sente fizeram com que a atriz se afastasse da carreira – mas isso está com os dias contados.
Em entrevista ao site gshow, a artista diz que recebeu diagnósticos errados por muito tempo. “Minha vida foi parando devido às dores, tinham dias que não conseguia andar. Estava cansada de gastar dinheiro e de todos falarem que ‘era coisa da minha cabeça'”, lamenta.
“O Dr. Bruno Rebouças me deu o diagnóstico da fibromialgia e falou: ‘Não tem cura, mas você pode ter uma vida de qualidade’. Com o tratamento e muita resiliência, fui encarando a doença. Não fui tendo mais medo dela”, declara a atriz.
Franciely também foi aprendendo a conviver com as consequências da doença. “Tive que aprender os gatilhos que causavam a dor: onde deitar, como, até o jeito de amarrar o biquíni tive que mudar”, conta.
A artista também lidou com problemas psicológicos devido ao problema. “O processo da fibromialgia me deixou com a autoestima muito baixa. Depois que passei a entendê-la, lembrando sempre que ia ficar cada vez melhor, fiquei”, explica
Freduzeski já participou de novelas como “O Clone”, “América”, “Malhação” e “Orgulho e Paixão”, todas da TV Globo. Ela também chegou a estudar cinema em Los Angeles, nos Estados Unidos, mas devido às dores, precisou se afastar e focar em sua melhora.
Atualmente, Franciely quer voltar a se dedicar à profissão. “A fibromialgia me atrapalhou em tudo. Meus relacionamentos, no trabalho, na sociedade, na família. Penso em voltar a atuar, sim, principalmente no teatro. Cinema sempre foi minha paixão. Mas não tenho nenhum projeto, no momento, porque precisei me dedicar a mim mesma. Me sentir segura novamente para qualquer coisa”, explica.
A novela “América” está sendo reexibida na emissora de TV a cabo Viva e Franciely está acompanhando os capítulos. “Deu muita saudade de tudo. Do elenco, do cotidiano e do meu corpo saudável”, admite.
Hábitos saudáveis
Para conviver bem com a fibromialgia, Franciely segue uma rotina saudável. “Faço pilates e musculação só com fisioterapeutas especializados em dor. Preciso ter a consciência que não posso fazer exercícios de qualquer jeito. Minha alimentação é saudável, respeito meu gatilho, que é principalmente ficar muito tempo deitada. Ficar muito tempo sentada ou deitada, ou em pé também é ruim. Ter meus travesseiros corretos”, lista.
Ela também recebe cuidados de vários especialistas para ter mais qualidade de vida. “Sou cuidada por psiquiatra, psicólogo, neurologista e fisioterapeutas. Faço exercícios físicos todos os dias. Não posso fazer acupuntura, massagem que fique me apertando. Como tenho muita dor na mandíbula, até fisioterapeuta bucal tenho. Não posso ficar na noitada, excesso de barulho e luz. Quando começa a doer alguma coisa, já tomo algum relaxante muscular para não virar uma crise”, continua.
A saúde mental também pode gerar gatilhos para crises de dor, então, Freduzeski também está sempre tentando manter o psicológico saudável. “Preciso do contato com a natureza, manejo do estresse, tirar da minha vida tudo o que é negativo, coisas que não me fazem bem. Fortalecer o lado espiritual até para não me aborrecer com o preconceito que existe em relação à fibromialgia”, lamenta.
“Tive que aprender a filtrar comentários. Trabalhei muito meu autoconhecimento, fortalecimento das minhas qualidades para poder enfrentar a doença”, conclui.