Frieira (pé de atleta): o que é, sintomas, como evitar e tratamentos

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A frieira, ou pé de atleta, é uma infecção nos pés causada por fungos, que se estabelecem na pele quando encontram condições favoráveis de temperatura e umidade.

Veja detalhes sobre a frieira, os sintomas, as causas, como evitar e quais são os tratamentos disponíveis. 

Frieira: o que é?

A frieira, ou pé-de-atleta, é um tipo de micose de pele muito comum, que é causada por fungos. Clinicamente, esta condição é chamada de Tinea pedis (do latim, tinha dos pés). 

Como o microrganismo causador da frieira é um fungo do gênero Tricophyton, o problema tende a ocorrer com maior frequência em épocas quentes e úmidas, que são condições que propiciam o crescimento dos fungos. 

Esse tipo de fungo pode se estabelecer e crescer em várias partes do corpo, como o couro cabeludo, a virilha e entre os dedos dos pés. 

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Quando a infecção fúngica ocorre nos pés, a condição é popularmente chamada de frieira ou pé de atleta. Os pés são um local propício para o crescimento dos fungos, pois geralmente ficam abafados, quentes e úmidos dentro dos calçados. 

Sintomas da frieira

Coceira nos pés
A coceira entre os dedos dos pés é o sintoma mais comum da frieira

A frieira normalmente ocorre entre os dedos dos pés, mas também pode afetar a sola e as laterais dos pés. 

Os principais sintomas de frieira nos pés são: 

  • Coceira e vermelhidão entre os dedos dos pés, além da sensação de que a região está com queimaduras.
  • Pele exageradamente ressecada, espessa e descamativa.
  • Ocorrência de fissuras ou rachaduras entre os dedos dos pés e no calcanhar. 
  • Pele esbranquiçada.
  • Formação de bolhas na pele.
  • Mau cheiro nos pés.

Frequentemente, a onicomicose, que é a micose de unha, ocorre juntamente com a frieira.

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Existem casos que são classificados como frieira de “dois pés e uma mão”, quando além dos pés, uma das mãos é afetada. 

A formação de bolhas na pele é uma apresentação menos comum da frieira, que inclui uma resposta inflamatória aguda, que pode ser acompanhada de infecções bacterianas, como a erisipela e a celulite infecciosa

Causas da frieira

Uma pessoa pode pegar frieira nos pés por meio do contato direto com a pele de uma pessoa infectada pelo fungo ou com superfícies contaminadas por esse microrganismo. 

Inclusive, o nome “pé de atleta” vem de uma das formas mais comuns de contágio, que é andar descalço em pisos de vestiários de clubes. Da mesma forma, é possível ser contaminado pelo fungo ao caminhar sem chinelos na beira de piscinas, saunas e tomar banho descalço em pisos de banheiros públicos. 

Algumas fontes relatam que o nome “pé de atleta” também pode ter se originado do fato de atletas serem vítimas comuns de frieira, pois praticam suas atividades com tênis fechado e, inevitavelmente, suam durante a prática. 

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Apesar de menos comum, a frieira também pode ser transmitida por meio do compartilhamento de toalhas, lençóis e roupas.  

É importante destacar que só o contato com o fungo não é suficiente para ele se estabelecer no seu pé e provocar frieira. É preciso que o fungo encontre as condições ideais para seu crescimento, que são o calor e a umidade, por isso ele é chamado de oportunista

Além disso, é preciso haver certa predisposição ou suscetibilidade ao desenvolvimento de micoses. Não é incomum, por exemplo, um casal dividir o banheiro e as roupas de cama e apenas um apresentar frieira no pé. 

Grupos de risco

Existem alguns grupos de pessoas que apresentam riscos maiores de desenvolver frieira, por apresentarem:

  • Hiperidrose: condição que causa suor excessivo
  • Soro positivo para HIV/AIDS, pois apresentam o sistema imunológico mais enfraquecido. 
  • Diabetes.
  • Psoríase.
  • Portadores de doenças de pele.

Como evitar a frieira

Pé de atleta
Existem alguns cuidados a tomar para evitar as frieiras

A frieira pode ser evitada com alguns cuidados simples, veja: 

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  • Enxugue bem os seus pés, inclusive entre os dedos, após o banho. Faça isso com uma toalha limpa e seca ou com um secador de cabelos.
  • Se você transpira muito pelo pé e precisa passar várias horas com sapatos fechados, coloque um pedaço de algodão entre os dedos e troque-os com frequência. Isso ajudará a manter seus pés secos. 
  • Deixe seus sapatos fechados expostos ao sol periodicamente, para secarem e evitar a proliferação de fungos.
  • Mantenha as unhas sempre curtas e limpas. 
  • Use meias de algodão e não de tecido sintético. O algodão absorve o suor, enquanto o tecido sintético deixa a pele úmida. 
  • Use talco antifúngico nos calçados, para manter os pés secos. 
  • Não use meias e sapatos de outras pessoas.
  • Em dias quentes e úmidos, troque as meias com frequência, deixando os pés livres e em contato com o ar durante alguns minutos, antes de cada troca. 
  • Se possível, use sapatos abertos, que aumentam a ventilação nos seus pés. 
  • Quando for usar o vestiário ou banheiro de clubes, calce chinelos. 

É importante saber que você pode pegar frieiras várias vezes na vida, ou seja, não se cria uma resistência imunológica contra ela. Por isso, a prevenção é sempre necessária.

Tratamentos da frieira

O tratamento da frieira é feito com antifúngicos de uso tópico, ou seja, de aplicação direta nos pés. Veja quais são os principais remédios para frieira nos pés.

Quando aplicados, o princípio ativo penetra na pele e combate os fungos que estão crescendo no local. Durante o tratamento, é importante ter o cuidado de manter os pés sempre secos. 

Normalmente, são usadas pomadas de terbinafina e naftifina no tratamento da frieira, pois são as que apresentam melhores resultados. As pomadas devem ser aplicadas de 1 a 2 vezes ao dia, durante 4 semanas. 

Casos de frieiras mais extensas ou que não melhoram com as pomadas precisam ser tratados com antifúngicos por via oral, durante 1 a 6 semanas, dependendo do medicamento, que pode ser a terbinafina, itraconazol ou o fluconazol

É fundamental seguir o tratamento até o fim, conforme orientado pelo médico ou médica dermatologista. Pode ser que os sintomas melhorem já nos primeiros dias de tratamento, mas é necessário seguir o tratamento à risca, para garantir a eliminação completa do fungo causador da frieira. 

Se houver um quadro de infecção bacteriana junto com a frieira, o tratamento incluirá o uso de antibióticos. 

Fontes e referências adicionais

Você já teve frieira nos pés? Sabe o que pode ter facilitado o desenvolvimento do fungo nos seus pés? Algum dos cuidados descritos aqui foi novidade para você? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Akemi Martins

Dra. Akemi Martins Higa é bióloga, formada pela Universidade Federal de São Carlos em 2011. Doutora na área de Medicina Tropical e Saúde Internacional, com ênfase em doenças neurodegenerativas, pela Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de nanotecnologia e imunologia aplicada ao diagnóstico de neuromielite óptica e esclerose múltipla. Para mais informações, entre em contato.

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