Um dos principais nomes do fisiculturismo mundial na categoria Classic Physique, Ramon Dino, 29 anos, surpreendeu ao apresentar uma excelente genética.
O acreano já exibia o corpo definido já na adolescência e mesmo sendo o mais novo de três irmãos, era constantemente confundido como o mais velho, devido ao tamanho e biotipo corporal.
Ramon começou a treinar aos 14 anos e passou a mirar o fisiculturismo quando tinha 18. Aos 21, em 2016, aprimorou ainda mais seu condicionamento, quando começou a competir no circuito amador. Com a calistenia, começou a ganhar massa muscular, aumentando a definição e hipertrofia.
Entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017, ele registrou o ganho de 13 kg de massa. Dino ganhou notoriedade entre os bodybuilders em 2020, ao participar da Mansão Maromba, casa para criadores de conteúdo em São Paulo, a convite de Tiago Toguro, também famoso influenciador do ramo.
A evolução continuou em sua estreia como profissional no Europa Pro 2021. No mesmo ano, logo após conquistar o Top-5 no Olympia, o acreano venceu seu primeiro torneio profissional, o MuscleContest Brazil.
Em 2022, ele foi convidado para participar como guest poser do Arnold Classic South America, em São Paulo. Ainda em 2022 e 2023, ficou no Top-2 do Olympia, atrás somente do canadense Chris Bumstead, o “CBum”. Também em 2023, o conhecido como “Dinossauro Acreano” saiu campeão do Arnold Classic Ohio e em 2024, ficou como vice.
Derrota no Arnold Ohio 2024
Tyler Manion, vice-presidente da NPC e da IFBB, as duas maiores federações de fisiculturismo, analisou a derrota de Ramon Dino para Wesley Vissers. Das cinco poses, o brasileiro venceu em apenas uma.
“Wesley arrebentou, tudo estava em perfeita sintonia, toda linha estava profunda. No bíceps frontal duplo, ele ocupou mais espaço do que o Ramon. Seus braços estavam melhores, seu peito estava cheio, no quadril estava do mesmo tamanho do Ramon. No geral, ele estava melhor que o Ramon nesta pose”, iniciou o profissional, em vídeo postado nas redes sociais.
“Ramon, para mim, pareceu menor e também não teve clara separação nos quadris, ele não levantou seus braços do jeito que precisava, ele parou em uma posição pequena, muito para baixo. Um a zero para Wesley. Próxima pose: peitoral lateral. Wesley mostrou grande melhora na parte lateral da perna. Sua coxa estava balanceada com seu quadril. Peito e ombro estavam gigantes. Comparado com Ramon, ele estava mais equilibrado e maior ombro a ombro, 2 x 0 para Vissers”, julga o vice-presidente.
Mesmo após a derrota no Arnold, Ramon está focado em vencer o Olympia 2024.
“Quando eu voltar para o Brasil, a gente já vai iniciar o trampo para o Olympia, para já chegar sinistro. São 32 semanas para trabalhar todos os pontos fracos que precisam ser melhorados. Pode ter certeza que eu vou aderir a algumas coisas novas, a treinos desnecessários também. O pessoal fala muito que eu treino fofo. Não, eu treino no meu limite. Mas eu vou começar a passar um pouco desse limite, para ver o que isso pode trazer de bom”, prometeu, em participação recente no podcast apresentado por Eduardo Corrêa e Fabricio Pacholok.