Após passar horas pesquisando e estudando a respeito de determinado assunto para um projeto profissional, um trabalho da faculdade ou um artigo que precisa ser escrito, chega um momento em que parece que as ideias não surgem mais.
Até que depois de muita insistência sem resultados, a escolha inevitável é dar uma pausa para relaxar e fazer uma caminhada, tomar um banho ou descansar, por exemplo. É bem nesse momento que uma inspiração brilhante surge e aparece a ideia perfeita que faltava. Já aconteceu isso com você?
Saiba que você não está sozinho nessa! Por exemplo, conta-se que o matemático grego Arquimedes estava na banheira quando encontrou a solução que tanto precisava: ao observar que o nível da água subia quando entrava no banho, ele concluiu que o volume de um objeto pode ser determinado ao medir a quantidade de água que ele desloca.
Então, ele teria gritado “Eureca!”, pulado para fora da banheira e saído correndo pelado pelas ruas de Siracusa.
Da mesma forma, Dmitri Mendeleev teve a ideia da tabela periódica quando dormia e Albert Einstein estava em um bonde em Berna, na Suíça, em 1905, quando olhou para a famosa torre do relógio, que o levaria a formular mais tarde a Teoria da Relatividade.
Por que isso acontece?
Por que as ideias que faltavam podem surgir em um momento em que o foco não está no trabalho ou estudo?
Bem, teorias da psicologia ensinam que a mente precisa de períodos de relaxamento para que a criatividade flua. Mas, atenção: não é apenas caminhar, tomar banho, dormir ou fazer qualquer outra coisa para relaxar que resulta no surgimento de uma ideia brilhante.
Outro elemento bastante importante faz parte do processo: trabalho duro e muito raciocínio dedicado a um tema.
Embora não exista uma fórmula conhecida para produzir esses insights, uma tese é que eles são frutos de uma combinação entre trabalho duro e relaxamento profundo.
Se não é possível planejar exatamente quando as ideias brilhantes vão surgir, vale a pena sempre anotá-las logo que elas aparecerem, para não correr o risco de esquecer a ideia incrível mais tarde.
Inconsciente e consciente
O fundador da psicologia analítica, Carl Gustav Jung, explicava essas epifanias, como períodos de comunicação entre o inconsciente e o consciente, de “saber impensando”.
Nessa visão, as epifanias seriam momentos raros em que o inconsciente irrompe no consciente.
As melhores formas de relaxar
No entanto, não é todo tipo de relaxamento que pode estimular a produção de ideias. Um estudo de 2022 apontou que as melhores são as atividades simples, que mantêm uma pessoa ocupada sem ser chatas, como caminhar, tomar banho e tricotar.
Já assistir a um filme chato ou ficar rolando a tela do celular nas redes sociais são exemplos que não funcionam.
Especialistas acreditam que tarefas com movimentos repetitivos ajudam a mente a divagar e a criar livres conexões entre ideias. As informações são do DW Brasil.