O queijo é um daqueles alimentos versáteis que podem aparecer em diferentes receitas, tanto nas saudáveis quanto nas mais calóricas. No entanto, veja a seguir se o queijo é remoso, ou seja, se pode fazer mal para certas pessoas em determinadas ocasiões.
Aproveite para conhecer algumas receitas low carb com queijo para dar uma variada na sua dieta e confira qual é o melhor tipos de queijo para a dieta.
Será que o queijo é remoso?
De acordo com o dicionário, remoso significa “capaz de prejudicar a saúde, que faz mal à saúde, especialmente ao sangue […]”. O termo ainda pode sofrer uma pequena variação e ser chamado de reimoso.
O termo reimoso não se trata de uma classificação científica, mas é uma expressão antiga, associada à sabedoria popular, que também pode definir os alimentos que podem provocar inflamação na pele, em decorrência de uma reação alérgica.
Chama-se popularmente de reima algo que pode ser considerado um alergênico e que causa reações como coceira, diarreia e intoxicações mais sérias em algumas pessoas.
Os alimentos remosos ou reimosos também são conhecidos pela alcunha de “alimentos carregados” e essas comidas costumam apresentar quantidades elevadas de proteína e gordura animal.
Será que o queijo faz parte dessa categoria de alimentos? O queijo é remoso? Pois bem, já vimos que o termo reimoso ou remoso pode se referir aos alimentos de provocam inflamação na pele.
Por sua vez, os produtos lácteos, como o queijo, são reconhecidos como alimentos que possuem ação inflamatória.
A gordura saturada encontrada em alimentos de origem animal – grupo que inclui o queijo e outros itens como carnes gordurosas, leite, manteiga, bacon e etc – contribui com a inflamação no corpo, devido ao fato de conter uma substância chamada de ácido araquidônico. Entretanto, não encontramos observações se essa inflamação pode se dar na pele.
O que é o ácido araquidônico?
Para entendermos se o queijo é remoso ou não, precisamos saber melhor do que se trata o ácido araquidônico.
O especialista em biologia, Joseph Pritchard, que também tem um diploma médico, explicou que o ácido araquidônico é um ácido graxo poli-insaturado ômega-6, que é produzido no corpo a partir de ácidos graxos ômega-6 menores.
“Moléculas feitas do ácido araquidônico são especialmente importantes para o crescimento e a reparação do tecido muscular e têm efeitos nos vasos sanguíneos, no coração e no tecido nervoso. Entretanto, o ácido araquidônico e outros ácidos graxos poli-insaturados podem exercer um papel na resposta aos tecidos danificados e a inflamação”, completou Pritchard.
Segundo ele, as ciclo-oxigenases e outras enzimas transformam o ácido araquidônico em moléculas conhecidas pelo nome de eicosanoides, que produzem inflamação e fazem com que as plaquetas coagulem, mas também atuam no relaxamento do vaso sanguíneo e na parada da inflamação.
Pritchard disse ainda que os eicosanoides formados a partir do ácido araquidônico regulam as respostas inflamatórias e auxiliam o tecido a regenerar depois que a inflamação diminuiu.
“Estudos científicos sobre a mudança de componentes únicos de uma dieta são difíceis de fazer e geralmente não mostram resultados claros. Entretanto, onde pessoas mudaram a sua dieta – para uma dieta ocidental – que aumentou a proporção (da ingestão) de ômega-6 para ômega-3, isso coincidiu com aumentos em doenças crônicas inflamatórias como doença hepática gordurosa não alcoólica, doença cardiovascular, obesidade, doença intestinal inflamatória, artrite reumatoide e doença de Alzheimer”, ponderou Pritchard.
Alergia aos produtos laticínios
Nós também vimos que a expressão remoso ou reimoso pode estar associada a alergias. Pois bem, a chamada alergia aos produtos laticínios é considerada um tipo comum de alergia, especialmente para crianças e bebês.
A condição envolve o sistema imunológico e o organismo de pessoas que sofrem com o problema trata as proteínas encontradas no leite e outros produtos laticínios – como o queijo – como invasoras perigosas, liberando substâncias que provocam sintomas alérgicos.
Esses sintomas podem incluir: erupções cutâneas, diarreia, vômito, náusea, cólicas abdominais, inchaço, gases, urticária, inchaço (geralmente nos lábios e na face), sibilo (chiado no peito), aperto na garganta, dificuldade para engolir, sangue nas fezes dificuldade para respirar, perda de consciência e anafilaxia (reação alérgica grave e potencialmente fatal.
Ao experimentar qualquer um desses sintomas ou algum outro tipo de reação alérgica ao consumir o queijo ou outros produtos laticínios, procure imediatamente o auxílio médico para receber o diagnóstico e o tratamento necessários.
Pessoas que têm outras alergias, que sofrem com eczema, que têm pouca idade (crianças) ou cujo o pai e/ou a mãe tem uma alergia alimentar ou outro tipo de alergia como febre dos fenos, asma ou eczema apresentam mais propensão a desenvolver a alergia aos produtos laticínios.
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