Sinusite ou Enxaqueca – Qual a Diferença? Sintomas, Prevenção e Tratamento

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A sinusite ou enxaqueca são problemas que acometem as pessoas causando sintomas quase idênticos. A seguir, você aprenderá como diferenciá-las, como preveni-las e quais os tratamentos recomendados para cada uma. Tire suas dúvidas abaixo e conheça a diferença e as especificidades dessas enfermidades.

Dor de cabeça é um problema que atinge a grande maioria das pessoas, algumas com maior frequência, outras com menos incidência. O fato é que a dor desagradável compromete o bem-estar e o cotidiano das pessoas, afetando até mesmo a capacidade de tomar decisões, de concentração, além de outras funções cognitivas.

A sinusite e a enxaqueca são doenças na maioria das vezes, crônicas e que, portanto, não têm cura, mas têm tratamento. O principal sintoma, nos dois casos, é a dor de cabeça e o tratamento adequado deve ser indicado por um neurologista ou otorrinolaringologista após o diagnóstico e possíveis exames que devem ser feitos para identificar a causa do problema.

Em ambos os casos, também é importante que você esteja atento(a) a sua alimentação. Para isso, vale a pena conhecer os alimentos que combatem a enxaqueca e os alimentos que combatem a sinusite.

Conheça abaixo as principais características de cada patologia e saiba identificar se você tem sinusite ou enxaqueca.

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Como Identificar Enxaqueca

Muitas pessoas sofrem por anos a fio com dores de cabeça antes de procurarem o tratamento adequado. O primeiro passo para obter um resultado efetivo no tratamento é saber identificar a matriz do problema.

Sinusite e enxaqueca são doenças que podem manifestar seus sintomas regularmente até o fim da vida. Veja em detalhes os principais sintomas da sinusite.

Enquanto algumas pessoas sofrem com os sintomas frequentemente, outras têm um maior intervalo de tempo.

A enxaqueca, no entanto, não é a mesma coisa que dor de cabeça tensional. Esta, por sua vez, é o motivo de 90% das dores de cabeça provocadas nas pessoas. Os números alarmantes indicam, ainda, que cerca de 78% dos norte-americanos sofrerão com essa condição, em algum momento de suas vidas.

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Já a enxaqueca é menos frequente e atinge cerca de 14% da população, mas os sintomas se apresentam de forma mais intensa. No entanto, a frequência, a intensidade e o foco podem variar de pessoa para pessoa.

A principal característica da enxaqueca é a presença de uma dor pulsátil em um dos lados da cabeça e, às vezes, até mesmo nos dois lados.

Há, ainda, outros sintomas específicos que podem indicar a manifestação de enxaquecas. Conheça-os.

Sintomas

A dor cefálica de enxaqueca que se apresenta unilateralmente ou nos dois lados podem vir acompanhadas de sintomas como dores nas têmporas, pescoço, região dos olhos e mandíbula.

Outros sintomas comuns que podem se manifestar durante as crises de enxaqueca são:

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  • Fotossensibilidade;
  • Enjoos;
  • Vômitos;
  • Sensibilidade a cheiros e sons;
  • Fadiga;
  • Falta de apetite;
  • Formigamento de braços e/ou rosto;
  • Distorção visual, linhas onduladas ou pontilhadas podem emergir à visão;
  • Pode durar, normalmente, de 4 a 72 horas de manifestação de dor cefálica.

Os sintomas da enxaqueca são ainda mais agravados quando uma pessoa é fisicamente ativa. Nesses casos, exercitar-se em períodos de crise não é a melhor opção, mas deitar-se pode ajudar a amenizar ou estabilizar a manifestação dos sintomas.

De acordo com o Ministério da Saúde, na idade infantil este fenômeno atinge 3 a 10% da população independentemente do sexo.

No entanto, após este período, o quadro se apresenta mais predominantemente no sexo feminino.

Cerca de 5 a 25% das mulheres em idade adulta sofrem com este quadro, enquanto o mesmo cenário atinge 2 a 10% dos homens, conforme os dados.

Os sintomas tendem a diminuir e a se manifestarem com menor frequência quando as pessoas atingem os 50 anos de idade, sobretudo as mulheres.

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Tipos de Enxaqueca

As enxaquecas se dividem em dois tipos: com aura e sem aura. Essa última, se subdivide em crônica ou em episódio.

Enxaqueca com aura

A principal característica dos quadros de enxaqueca com aura é a precedência de sintomas neurológicos antes da cefaleia. Cerca de 20 a 30% da população que sofre com a doença se enquadra nessa categoria.

Nesses casos, ocorre primariamente a fase premonitória – pródromos, em seguida a aura, a dor de cabeça e o pósdromo. No entanto, pode ocorrer de nem todas as pessoas manifestarem ou se darem conta dos quatro estágios.

– Pródromos

Os pródromos se caracterizam sintomas como fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade e desejo por doces, podendo ocorrer até 3 dias antes da cefaleia se instaurar.

– Aura

A aura representa sintomas neurológicos pontuais que aparecem gradualmente e pode preceder ou se manifestar concomitantemente à cefaleia em pelo menos um dos lados do corpo.

Cada aura pode durar de 5 a 60 minutos e os sintomas visuais são os mais comuns.

– Cefaleia

A cefaleia é a dor de cabeça efetivamente. É neste momento que a dor ocorre mais intensamente, de maneira latejante e unilateral. O tempo de manifestação pode oscilar de 4 a 72 horas ininterruptas ou com intervalos variáveis.

– Pósdromo

Nesta etapa, os sintomas são semelhantes aos da primeira etapa e indicam que a cefaleia já passou.

Sensação de fadiga, sono e, às vezes, dores de cabeça residuais podem compor o quadro resolutivo que pode perdurar por até 48 horas.

É de extrema importância ressaltar que pessoas que fumam e/ou que utilizam pílulas anticoncepcionais e que sofrem com enxaquecas com aura são mais suscetíveis a sofrerem acidentes vasculares cerebrais.

Enxaqueca sem aura

De acordo com a Associação Brasileira de Cefaleia, a enxaqueca sem aura, também conhecida como migrânea sem aura, manifesta-se com dores latejantes iniciadas em um lado da cabeça, podendo alternar. Neste quadro a dor aumenta gradativamente e atinge o ápice de dor cerca de 2 horas após seu início.

Alguns fatores que desencadeiam a enxaqueca migrânea sem aura são:

  • Alteração/redução significativo no tempo de sono noturno;
  • Mudança no fuso-horário, normalmente ocasionado por viagens longas;
  • Atividade física extenuante;
  • Submissão a ambientes com fumaça, cheiros fortes como tintas de parede, certos alimentos, altitude;
  • Fatores hormonais como gestação, menstruação, menopausa ou puberdade;
  • Alimentos como queijos, chocolates, embutidos, cafeína, adoçantes e bebidas alcoólicas – sobretudo vinho tinto.

As crises de enxaqueca sem aura integram a segunda maior causa de dor de cabeça nos indivíduos e isso pode ter um impacto em muitos aspectos, inclusive socioeconômico e cognitivo, uma vez que crianças que sofrem com essa condição tendem a diminuir o rendimento escolar.

A fim de diagnosticar quadros de enxaqueca migrânea sem aura, aplica-se os critérios da Sociedade Internacional de Cefaleia, que incluem a presença de pelo menos 5 crises com duração de 4 a 72 horas com característica pulsátil, unilateral, intensidade moderada ou forte, conjugada a, ao menos, um dos fatores: fotossensibilidade, fonossensibilidade, enjoo e/ou vômito.

Como Identificar Sinusite

Saber diferenciar sinusite de enxaqueca pode ser difícil, uma vez que em ambos os casos o principal sintoma é a cefaleia. As causas, no entanto, são diferentes e afetam partes distintas.

O motivo que leva ao surgimento das dores de cabeça quando a sinusite se manifesta está relacionado à inflamação das mucosas faciais presentes nas cavidades ósseas ao redor do nariz. Essas cavidades são conhecidas como seios da face e são responsáveis por ressoarem a voz, aquecer o ar inspirado e diminuir a peso cranial.

Essas cavidades possuem secreções frequentes de maneira imperceptível. No entanto, quando ocorre a inflamação dessas mucosas, a drenagem da secreção é bloqueada, constituindo um ambiente propício à instauração de germes e micro-organismos que pioram o quadro clínico inflamatório.

Sintomas

As dores de cabeça ocasionadas por sinusite são identificadas por se manifestarem na região em torno dos olhos e darem a sensação de pressão na cabeça do indivíduo.

Normalmente a inflamação faz com que o seio da face fique mais duro, sendo identificado ao palpá-lo.

Alguns outros sintomas podem se manifestar quando as crises de sinusite ocorrem, tais como:

  • Dor de ouvido;
  • Dor de garganta;
  • Tosse;
  • Secreção nasal;
  • Dor no maxilar;
  • Dor na região facial;
  • Fadiga;
  • Náuseas;
  • Febre.

Há dois tipos de sinusite, a crônica e a aguda e a principal diferença é a intensidade e a presença de tosses.

Sinusite Aguda

Quando a sinusite aguda apresenta seus sintomas, o indivíduo é acometido com dores de cabeça na região do seio facial – principalmente no seio frontal, maxilar, esfenoidal e etmoidal.

As dores podem se manifestar com variações de intensidade, pulsátil e transmitindo a sensação de pressão cefálica.

Quando um quadro de sinusite é identificado, na maioria das vezes acompanha a obstrução nasal, dificultando a respiração e fazendo com que o nariz expila secreções amareladas, esverdeadas e às vezes até mesmo com sangue.

Tosse, febre, dores faciais, coriza e dores musculares são sintomas comuns quando as crises de sinusite aguda se manifestam.

Sinusite Crônica

Os sintomas manifestados nos casos de sinusite crônica são semelhantes aos da variedade aguda. No entanto, neste caso há a incidência de tosses com maior frequência.

Ela se manifesta principalmente à noite ou quando o indivíduo se deita, uma vez que a secreção escorre irritando as vias aéreas e fazendo com que acessos de tosse se iniciem.

As crises de tosse podem ocorrer com maior frequência pela manhã, quando a pessoa se levanta, fazendo com que a dor diminua de intensidade ou até mesmo desapareça durante o dia, podendo voltar no período noturno.

Como Prevenir

A melhor prevenção à enxaqueca é identificar quais são os principais gatilhos que desencadeiam a dor. Observe quais alimentos, bebidas ou hábitos tendem a resultar em cefaleia: vinhos tintos, excesso ou restrição de cafeína, estresse, ansiedade, poucas horas de sono, prática de exercícios pesados, andar sob o sol ainda forte, exposição a odores fortes como perfumes, dentre outros fatores.

Embora nem sempre seja assim, é comum que a cefaleia relativa à enxaqueca tenha certo padrão em relação à matriz do problema.

Já nos casos de sinusite, para evitar a inflamação dos seios da face recomenda-se manter os hábitos de higiene e as mãos sempre bem lavadas para evitar que a gripe se instaure e a inflamação ocorra. Vacinas contra a gripe devem ser administradas anualmente para evitar que o vírus se prolifere.

Manter uma dieta rica em alimentos antioxidantes e com vitaminas C ajudam a melhorar o sistema imunológico e garantir que a gripe e, consequentemente, a sinusite não se manifestem nos indivíduos. Evitar ambientes alérgicos com presença de poeira e fumaça e se manter hidratado são formas de prevenir a manifestação da sinusite.

Tratamentos Possíveis

Quando se trata de casos de cefaleia, há mais de 100 tipos e somente um neurologista é capa de indicar, com precisão, a fonte desta condição.

No entanto, há certos sintomas que aparecem com frequência e que permitem identificar traços relacionados aos quadros de enxaqueca ou de sinusite.

Os tratamentos nos casos de enxaqueca podem variar, o neurologista deve avaliar cada caso especificamente e muitas vezes antidepressivos e anticonvulsionantes podem integrar os medicamentos de tratamento.

Já nos casos de sinusite o médico especializado é o otorrinolaringologista, que irá analisar o paciente e, algumas vezes, solicitar exames para detectar o nível da inflamação. Normalmente os tratamentos nos casos de sinusite envolvem anti-inflamatórios, antibióticos e antitérmicos, quando a há a presença de febre no paciente.

Tão logo os sintomas de sinusite começam a se manifestar, é imprescindível que o indivíduo tome água frequentemente. Somente estando hidratado a secreção é mais facilmente drenada. Recomenda-se a ingestão de 2 a 3 litros de água ao dia. A administração de 2 a 3 gotas de solução narina nas urinas também auxilia na drenagem, assim como inalações e vapor de água quente.

No entanto, somente sob orientação médica e exames específicos o tratamento e a administração de remédios podem ser mais assertivos e efetivos. Informações como regularidade, intensidade, focos de dor e outros sintomas devem ser informados ao médico.

Fontes e Referências Adicionais:

Você já teve sinusite ou enxaqueca alguma vez em sua vida? O que fez para amenizar o incômodo? Comente abaixo!

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Sobre Felipe Santos e Dra. Patrícia Leite

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