O pêssego pode promover inúmeros benefícios para a saúde e serve como fonte de fibras, cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio, vitamina A, vitamina C, vitamina E e vitamina K. Aprenda como plantar pêssego em casa para aproveitar ao máximo esses benefícios e nutrientes com um passo a passo de dicas e cuidados para a hora do plantio e do cultivo.
Esta fruta pode muito bem fazer parte de uma alimentação saudável, vide os incríveis benefícios do pêssego para a saúde. Entretanto, quando falamos de uma dieta saudável, para muitos não basta simplesmente incluir frutas como ele nas refeições. Além disso, é necessário certificar-se de que essas frutas sejam o mais naturais e orgânicas possíveis, livres dos mal falados agrotóxicos.
Aproveite para conferir quais são os alimentos com mais agrotóxicos no Brasil, veja também como tirar os agrotóxicos desses alimentos e quais são as doenças causadas pela presença de agrotóxico nos alimentos.
Uma saída para quem procura evitar o consumo desses agrotóxicos é plantar seus próprios alimentos em casa. Por isso, aprenda agora como plantar pêssego em casa.
Qual é o problema de fato com os agrotóxicos?
Antes de chegarmos ao passo a passo de como plantar pêssego em casa, vamos conhecer melhor o que são os agrotóxicos e por quais razões os alimentos com agrotóxicos possuem uma fama ruim.
De acordo com o portal do Ministério da Saúde, os agrotóxicos são definidos no Brasil por Lei como “produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos; substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento”.
O portal do Ministério da Saúde também informa que o uso contínuo, indiscriminado e inadequado dessas substâncias é considerado um relevante problema ambiental e de saúde pública.
Segundo o portal, “os efeitos à saúde humana, decorrentes da exposição direta ou indireta aos agrotóxicos podem variar de acordo (com) a toxicidade, tipo de princípio ativo, dose, tempo de exposição e via de exposição”.
Estudos realizados pelo aluno de doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz), Cleber Cremonese, indicaram que parte dos agrotóxicos pode desregular o sistema endócrino, alterando os níveis de hormônios sexuais e provocando efeitos prejudiciais, especialmente para o sistema reprodutor.
Essas reações podem incluir riscos de câncer de mama, câncer de ovário, câncer de testículo, câncer de próstata, desregulação do ciclo menstrual, infertilidade, baixa na qualidade do sêmen e malformação de órgãos reprodutivos.
Em suas pesquisas, Cremonese avaliou moradores de Farroupilha (RS) – em um primeiro estudo, ele trabalhou com homens e mulheres adultos, trabalhadores rurais e seus familiares, que tinham entre 18 a 69 anos; no segundo, ele analisou jovens das zonas rurais e urbanas com idade entre 18 a 23 anos.
Para chegar aos resultados apontados, o doutorando coletou amostras de sangue e sêmen e aplicou questionários.
Cremonese concluiu que seus estudos sugerem que as exposições crônicas aos agrotóxicos interferem na regulação dos hormônios sexuais nos adultos e na qualidade do sêmen dos jovens nas regiões onde o estudo foi conduzido.
Cleber afirmou ainda que o uso dos agrotóxicos já foi associado a outros problemas de saúde como doenças neurodegenerativas como Parkinson, distúrbios cognitivos, transtornos psiquiátricos, alterações respiratórias e imunilógicas, problemas no fígado e nos rins e complicações na gestação como aborto, malformações congênitas e baixo peso ao nascer.
O doutorando defende intervenções de curto, médio e longo prazo para diminuir ou minimizar os problemas causados pelos agrotóxicos à saúde dos grupos de risco em relação aos efeitos dessas substâncias. As informações são do site do Governo do Brasil e da Fundação Oswaldo Cruz.
Como plantar pêssego em casa
Agora sim, finalmente vamos conferir um passo a passo de como plantar pêssego em vaso. Dê uma conferida:
- Separar os materiais necessários: um vaso de terracota de 80 cm de largura por 85 cm de profundidade (mas atente que o tamanho deve ser proporcional ao tamanho da muda), uma muda de pessegueiro, argila expandida, terra vegetal (não pode ser dura ou estar empedrada), cascalho pequeno, manta drenante e pá. É importante registrar que a quantidade de terra vegetal, argila expandida e cascalho pequeno vão depender do tamanho da muda e do vaso.
- Colocar a manta drenante no fundo do vaso de terracota para impedir que a terra escape pelo dreno e para permitir a respiração da planta.
- Então, cobrir a manta drenante com a argila expandida, com uma camada de aproximadamente 5 cm. Adicionar mais um pedaço de manta drenante em cima da argila expandida.
- Acrescentar uma camada de terra para que a raiz da muda fique na altura ideal – o topo da muda, que é onde o caule inicia, precisa ficar a aproximadamente 3 cm da borda do vaso.
- Com bastante cuidado, retirar o plástico que envolve o torrão. Isso porque ele precisa permanecer íntegro para não prejudicar a raiz, algo que pode interferir negativamente no desenvolvimento da árvore de pêssego. Depois disso, centralizar a planta no vaso.
- Completar os espaços que estiverem ali com mais terra, porém, sem ultrapassar o colo do torrão, que é definido como a região de transição entre o tronco e a raiz da planta.
- Arrumar a terra com as mãos até obter uma superfície uniforme. Espalhar o cascalho como forma de acabamento.
- Fazer a primeira rega, que deve ser abundante para eliminar as bolhas de ar e assentar o torrão. As próximas regas deverão ser realizadas três vezes por semana em quantidade razoável. Entretanto, a terra não pode ficar encharcada.
Outros cuidados e alertas:
- É indispensável impermeabilizar o vaso para evitar o prejuízo à plantação;
- Adubos com liberação lenta e ricos em fósforo são considerados os ideais para as árvores frutíferas como o pessegueiro;
- As mudas de árvores frutíferas necessitam de iluminação solar – a recomendação é de no mínimo quatro horas diárias.
Recomendações gerais sobre o plantio do pêssego
Recomenda-se que o plantio da fruta seja realizado no inverno durante os meses de junho e julho e no verão entre os meses de dezembro a janeiro. O solo adequado deve ser profundo, bem drenado e fértil.
Por sua vez, o clima deve ser ameno, com mais horas de frio abaixo de 13º C durante o período do inverno.
Vídeo:
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Fontes e Referências Adicionais:
- http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2014/11/estudo-mostra-que-agrotoxicos-podem-causar-disturbios-reprodutivos
- https://www.researchgate.net/publication/323258290_A_Review_on_Peach_Prunus_persica_An_Asset_of_Medicinal_Phytochemicals
- https://extension.psu.edu/peach-production
- https://www.sciencedaily.com/terms/peach.htm