Descubra Quando Ter Pressão Baixa e Frequência Cardíaca Alta Pode Ser Perigoso

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A pressão arterial é a medida da força que o coração emprega para bombear sangue no corpo. Ela é determinada tanto pela quantidade de sangue que o coração bombeia quanto pela resistência ao fluxo sanguíneo nas artérias.

Quanto mais sangue o coração bombear e quanto mais estreitas forem as artérias, maior será o nível de pressão arterial – e é aí que temos a hipertensão.

Por sua vez, a frequência cardíaca corresponde à quantidade de batidas que o coração de uma pessoa dá por minuto. O índice normal de frequência cardíaca varia de indivíduo para indivíduo, entretanto, quando uma pessoa está sentada ou deitada, calma, relaxada e não se encontra doente, a frequência cardíaca costuma ficar em uma faixa entre 60 a 100 batidas por minuto.

Entretanto, uma frequência cardíaca menor que 60 pode ser observada em pessoas que toma, medicamentos betabloqueadores e em pessoas que praticam muitas atividades físicas ou são muito atléticas. Falando nisso, veja dicas de como escolher um medidor de frequência cardíaca.

O que pode significar ter pressão baixa e frequência cardíaca alta? E por que isso pode ser ruim?

Uma vez que esclarecemos o que é pressão arterial e o que é frequência cardíaca, vai ficar mais fácil compreender quais podem ser os resultados de apresentar uma pressão baixa e uma frequência cardíaca elevada.

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De acordo com o médico cardiologista e especialista em ritmo cardíaco Tyler Taigen, existem casos em que essa combinação é normal, mas também existem situações em que ela não é. Um dos casos em que a associação não é considerada um problema é quando ela ocorre momentaneamente, como quando uma pessoa fica em pé, por exemplo.

Taigen explicou como funciona esse fenômeno de curto prazo: ao ficar em pé, o sangue se junta nas veias das pernas e do intestino. Então, como uma menor quantidade de sangue viaja ao músculo cardíaco, não há muito sangue para o coração bombear.

Com isso, o sistema nervoso automaticamente aumenta a frequência cardíaca para fazer o sangue bombear, ao passo que a pressão arterial cai um pouco porque a força do sangue que se movimenta pelas veias é mais baixa.

O perigo mesmo reside quando a pressão baixa acompanhada da frequência cardíaca alta é observada de maneira consistente. Segundo alertou o cardiologista, o funcionamento inapropriado dos circuitos elétricos do coração pode ter como resultado justamente uma frequência cardíaca alta ao lado de uma pressão baixa.

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O especialista em ritmo cardíaco explicou que quando o coração está em um ritmo anormal e rápido, o que envolve qualquer coisa acima das 100 batidas por minuto, porém mais próximo das 160 batidas por minuto, ele não dá conta de encher adequadamente com sangue.

Então, a sinalização elétrica caótica faz com que os músculos do coração fiquem fora de sincronia entre as câmaras de cima e as câmaras de baixo, completou Taigen. O cardiologista apontou ainda que menos eficiência no coração é igual a menos sangue sendo bombeado pelo corpo, que é igual a pressão baixa.

Mas como saber se o meu ritmo cardíaco está rápido demais?

Pode ser bem difícil conseguir identificar por conta própria quando o ritmo cardíaco está acelerado demais, entretanto, como toda a rapidez nos batimentos do coração e toda a ineficiência no bombeamento do sangue pelo corpo pode privar os órgãos e os tecidos de oxigênio, é fundamental prestar atenção nos sinais que o organismo dá.

Recomenda-se marcar uma consulta médica quando perceber sintomas como: falta de ar, vertigem, coração acelerado, dor no peito, desmaio ou sentir-se mal de maneira geral.

Essa procura ao auxílio médico é especialmente importante para as pessoas que sofrem com problemas no coração ou apresentam fatores de risco para o desenvolvimento de problemas no coração. Isso sem contar que as alterações nos batimentos cardíacos também podem ser sintomas de alterações na glândula tireoide.

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É importante saber que os problemas associados ao ritmo cardíaco que afetam a câmara cardíaca superior, também conhecida pelo nome de átrio, podem aumentar o risco de desenvolvimento de acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca ou morte.

Isso porque um impulso ou disparo elétrico desorganizado na câmara de cima do coração faz com que ele estremeça. Então, o sangue se move de um lado para o outro no apêndice atrial esquerdo, que é uma bolsa ou saco localizada no átrio esquerdo.

As pessoas que já têm uma idade mais avançada, sofrem com doença cardíaca ou possuem diabetes podem ser propensas a desenvolver um coágulo sanguíneo no apêndice atrial esquerdo. Caso esse coágulo seja liberado, o coração poderá bombeá-lo ao cérebro e bloquear o fluxo sanguíneo ao tecido cerebral, que é justamente o que desencadeia o desenvolvimento de um AVC.

Como um problema no ritmo do coração é tratado?

Quem é diagnosticado com um ritmo cardíaco irregular pode receber a prescrição médica para tomar remédios anticoagulantes. Para diminuir o risco de ter um AVC, o paciente também pode precisar usar os remédios betabloqueadores (um dos medicamentos para o coração comumente usados) ou bloqueadores de canais de cálcio.

Segundo o médico cardiologista e especialista em ritmo cardíaco Tyler Taigen, os betabloqueadores ou bloqueadores de canais de cálcio podem diminuir a pressão arterial. Se a pressão do paciente for muito baixa para usar esses remédios, a recomendação médica para normalizar o ritmo cardíaco poderá ser a realização de um procedimento chamado cardioversão de corrente contínua.

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Taigen explicou como a intervenção funciona: o paciente é sedado e, uma vez que está adormecido, recebe um choque que interrompe o batimento cardíaco irregular, reiniciando o batimento normal do coração.

Depois que o ritmo cardíaco retorna à normalidade, o próximo passo para o médico é determinar se existe a necessidade de prosseguir com um tratamento mais permanente. Entre as possíveis opções de tratamento mais permanente indicadas pelo médico podem estar: a ablação, a colocação de um marca-passo ou de um cardioversor desfibrilador implantável (CDI) ou a realização de uma cirurgia.

As informações são da Cleveland Clinic, centro médico acadêmico americano, do Serviço Nacional de Saúde (NHS, sigla em inglês) do Reino Unido, da Mayo Clinic, organização da área de serviços médicos e pesquisas médico-hospitalares dos Estados Unidos, e da Associação Americana do Coração.

Referências adicionais:

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