O uso de medicamentos diuréticos, como a espironolactona, é algo bastante comum, e sempre vem acompanhado de dúvidas, como: Será que ela emagrece ou engorda?
Seu uso se deve, principalmente, à ocorrência de doenças cardiovasculares, como a pressão arterial alta, e hormonais, como a síndrome dos ovários policísticos, embora ela possa ser usada em outros tipos de tratamento.
Então, a seguir vamos conhecer melhor a espironolactona, os seus efeitos positivos e negativos no corpo e entender como ela deve ser usada, além de descobrir se ela emagrece ou engorda.
O que é espironolactona?
A espironolactona é um medicamento com ação diurética, ou seja, atua no aumento da quantidade de líquido excretado pelo corpo.
Mas, diferente de outros tipos de diuréticos, a espironolactona elimina menos potássio através da urina, o que é benéfico para as pessoas que sofrem com baixas taxas do mineral no organismo. Por isso, ele é classificado como um diurético poupador de potássio.
Além disso, a substância tem uma ação antiandrógena que se liga ao receptor androgênico, impedindo a ação de hormônios masculinos.
Para que serve?

Devido à sua dupla ação, diurética e antiandrogênica, a espironolactona pode ser usada para tratar doenças cardiovasculares, renais e problemas hormonais, como:
- Síndrome Nefrótica: um distúrbio renal que causa excreção de grandes quantidades de proteínas pela urina, causando sintomas como urina com espuma ou inchaços nos tornozelos e pés.
- Insuficiência cardíaca congestiva: um problema que ocorre quando seu coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do organismo.
- Hipertensão arterial essencial: pressão arterial elevada sem causas identificadas ou explícitas.
- Retenção de líquidos, com ou sem causas conhecidas.
- Síndrome dos ovários policísticos.
- Hipertensão maligna: pressão arterial bastante alta que se não for tratada pode levar altas taxas de mortalidade.
- Hipopotassemia: diminuição dos níveis de potássio no sangue.
- Aldosteronismo primário: descontrole hormonal que aumenta a pressão arterial.
- Pré-operatório de hiperaldosteronismo primário
- Acne
- Hirsutismo: excesso de pelos no corpo.
Espironolactona emagrece?
Não, a espironolactona não emagrece, ao menos não diretamente. Entretanto, como ela possui um efeito diurético, pessoas que sofrem com edema e retenção de líquidos relatam a perda de peso, uma vez que o excesso de líquido do corpo é eliminado através da urina.
Mas esse emagrecimento não é o resultado da perda de peso, e por isso não podemos dizer que o medicamento emagrece.
Além disso, pessoas com síndrome dos ovários policísticos frequentemente têm problemas para emagrecer, então, após o controle hormonal e a melhora do quadro, há a chance de perda dos quilinhos extras.
Portanto, se você precisa emagrecer, não utilize o Espironolactona para esse fim. O jeito mais recomendado de perder peso ainda é manter uma alimentação saudável e equilibrada e praticar exercícios físicos com regularidade.
Espironolactona engorda?
O ganho de peso não é um dos efeitos colaterais da espironolactona. Entretanto, como o cansaço pode ser um dos efeitos causados pelo medicamento, e isso pode fazer com que o usuário se torne uma pessoa menos ativa, neste caso o ganho de quilos pode acontecer, mesmo que indiretamente.
Mas se trata de um efeito transitório, que tende a melhorar rapidamente. Então, o medicamento não costuma causar ganho de peso.
Outros efeitos colaterais
Confira na lista abaixo alguns dos efeitos colaterais mais comuns que podem surgir em decorrência do uso Espironolactona:
- Aumento os níveis de potássio no organismo
- Ginecomastia, ou o aumento das mamas nos homens
- Alterações menstruais
- Mal-estar
- Dor de cabeça
- Náusea
- Tontura
- Cãibra
- Dor de cabeça
- Dor nas mamas
- Diarreia
- Cólica
- Vômito
- Disfunção erétil
- Sangramento pós-menopausa
- Cansaço
- Problemas renais e hepáticos
- Erupção cutânea
- Alopecia, ou queda de cabelo
- Urticária
- Alterações na libido.
Além disso, apesar de ter sido observada a ocorrência de câncer de mama em pacientes que fizeram o uso de Espironolactona, não foi comprovada nenhuma associação entre a ingestão do medicamento e a doença.
Como usar?
O uso de espironolactona pode ser feito em doses fracionadas ou em dose única, de acordo com a recomendação médica.
Além disso, as doses mais usuais variam de 25 a 100 mg, a depender do problema a ser tratado, nunca ultrapassando 200 mg por dia.
Contraindicações e precauções
A espironolactona é um medicamento considerado bastante seguro, e não costuma ter efeitos colaterais perigosos quando utilizada de forma correta.
Mas, alguns grupos de pessoas não devem usar este medicamento, ou devem ter maior cautela quando for necessário o uso. São eles:
- Pessoas com alergia a algum dos componentes da formulação.
- Portadores de insuficiência renal aguda ou diminuição significativa da função renal.
- Aqueles diagnosticados com doença de Addison (incapacidade das glândulas adrenais de produzir as quantidades necessárias de seus hormônios.
- Pessoas com hiperpotassemia, ou seja, taxas altas de potássio no sangue.
O medicamento também não é recomendado para mulheres que estejam grávidas ou em processo de amamentação de seus bebês.
Dicas e cuidados

Não utilize medicamentos sem a indicação do médico, para evitar a ocorrência de efeitos indesejados e interações medicamentosas.
Além disso, para qualquer um dos casos em que a substância é indicada, é fundamental que um profissional de saúde especializado faça o acompanhamento, para determinar as doses que devem ser administradas e o tempo de tratamento.
Por fim, caso deseje perder peso ou tenha episódios recorrentes de retenção de líquidos, procure um profissional especializado para lidar com esses problemas, e evite automedicação.









