O que é ser falsa magra – Dicas e cuidados

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Nem sempre a magreza é sinônimo de boa saúde. Entenda o que é ser falsa magra e saiba por que é importante identificar e evitar essa situação.

A obesidade e o excesso de peso trazem vários problemas para a saúde, mas ser magra não significa estar livre deles.

Doenças como colesterol alto e diabetes, por exemplo, podem afetar pessoas de diversos biotipos – inclusive os magros.

Fatores muito além do padrão de beleza e do IMC (índice de massa corporal) devem ser considerados na hora de uma avaliação do seu estado de saúde. 

Se você é magro, mas cultiva hábitos diários como a inatividade física e a ingestão de alimentos gordurosos e é submetido a muito estresse, pode ser que você não seja tão saudável quanto pensa. Veja como saber se você é uma pessoa falsa magra.

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Mas, como tudo na vida tem solução, é possível deixar de ser falsa magra adotando mudanças relativamente simples. Confira o exemplo de um falso magro que mudou seu treino e dieta para ter uma vida mais saudável e um corpo ainda mais bonito.

O que é ser falsa magra?

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Ser uma falsa magra significa ter um corpo esbelto, mas ainda assim apresentar problemas de saúde comumente observados em obesos. Geralmente a falsa magra tem altos níveis de gordura no organismo apesar da aparência magra. 

Metabolicamente obeso é outro nome que se dá ao indivíduo que é magro, mas que tem o metabolismo de uma pessoa acima do peso.

Há estudos conduzidos por pesquisadores da University of Michigan (Universidade de Michigan nos Estados Unidos) que comprovam que até um quarto das pessoas com um peso considerado saudável são falsos magros.

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De acordo com os cientistas, essas pessoas aparentam estar saudáveis, mas na verdade têm alto percentual de gordura corporal e altos níveis de inflamação.

Pessoas que se encaixam nesse grupo têm um risco alto de desenvolver diabetes e problemas cardiovasculares, por exemplo, mesmo sendo magras. Aliás, algumas delas já sofrem de condições como diabetes, colesterol alto e pressão alta.

Também é provável que uma pessoa falsa magra sofra de deficiências nutricionais de vitaminas importantes para a saúde, o que causa uma sensação de fadiga constante e baixa concentração.

A forma mais eficaz de descobrir se você é uma falsa magra é realizando exames de rotina para avaliar como estão os seus níveis de colesterol e glicemia.

Mas há alguns outros fatores além dos exames laboratoriais que indicam que você pode estar magra por fora e “obesa” por dentro. São eles:

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1. Notar gordura localizada na barriga

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Apresentar altos níveis da chamada gordura visceral é um fator de risco para doenças cardíacas. De fato, ser magro e ter um alto nível de gordura acumulada na região abdominal pode indicar um risco maior de morte precoce em relação aos obesos.

2. Ser incapaz de levantar pesos

A dificuldade de levantar pesos ou de realizar algumas flexões pode indicar que você tem pouca massa muscular magra, o que também é um fator de risco para o acúmulo de gordura no organismo. 

Ficar tonto depois de praticar exercícios físicos leves também é um sinal de que algo está errado. O sedentarismo é uma das principais causas de problemas de saúde associados ao excesso de gordura e a má função do sistema cardiorrespiratório.

Aliás, ser sedentário com peso normal é tão ruim para o coração quanto ser obeso.

Praticar exercícios aeróbicos como caminhadas e anaeróbicos como a musculação é essencial para preservar a saúde de órgãos vitais como o coração e os pulmões e para ajudar na construção de músculos, que a médio e longo prazo serão capazes de acelerar o metabolismo e promover a queima de gordura. 

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3. Ter histórico familiar de certos problemas de saúde

A influência genética não é o único fator determinante para a sua saúde, mas também precisa ser levada em conta.

Ter familiares próximos como pais ou irmãos diagnosticados com diabetes, hipertensão, colesterol alto ou doenças cardíacas eleva o seu risco de desenvolver essas mesmas doenças.

4. Não ter uma alimentação saudável

Uma das principais características dos falsos magros é que eles tendem a ter dificuldade para ganhar peso e facilidade em perder peso por causa do biotipo.

Isso é um perigo pois dá a falsa sensação de saúde e faz com que essas pessoas se alimentem mal por não engordarem facilmente.

E é justamente a substituição de alimentos nutritivos como frutas, vegetais, grãos e leguminosas por alimentos gordurosos ou açucarados aumenta muito o risco de doenças.

5. Estar dentro da população de risco 

Alguns grupos de pessoas podem ter um risco maior de acumular gordura ao redor de órgãos internos vitais como o coração, por exemplo. É o caso de pessoas de ascendência sul-asiática e os idosos.

Se você faz parte de algum desses grupos, é ainda mais importante ter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas.

6. Sentir dificuldade constante de se concentrar e ficar muito cansada

Fadiga, pouca energia, dificuldade de foco e concentração, lapsos de memória: todos enfrentamos alguns desses problemas ao longo da vida.

É provável que isso aconteça por causa de uma noite ruim de sono ou de uma situação de estresse, por exemplo. Mas se isso se tornar algo recorrente na sua rotina, é momento de ligar o sinal de alerta.

Dicas e cuidados

A mensagem que queremos passar é que ser falsa magra pode ser tão ruim para a saúde como ser obeso. Não acredite quando dizem que ser obeso é melhor do que ser falso magro. Aliás, a chamada “obesidade saudável” é um mito já desvendado pela medicina.

É preciso encontrar um equilíbrio para ter uma boa saúde e levar em conta não só o peso. Também é importante considerar fatores como, por exemplo, a influência do ambiente, os alimentos que ingerimos e nossos hábitos diários.

O IMC não diz tudo sobre a saúde de uma pessoa. Por isso, uma falsa magra é identificada por meio de um exame de bioimpedância ou por exames de rotina.

Apesar de estar tudo bem com a aparência, é importante focar na saúde. Lembre-se de que ser uma falsa magra aumenta o risco de doenças cardiovasculares, acúmulo de gordura no fígado, diabetes e colesterol alto.

Algumas dicas que vão melhorar a sua saúde e aumentar a sua longevidade são:

Melhorar sua alimentação  

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Procure consumir mais alimentos in natura ricos em fibras e proteínas e deixar de lado a “junk food”.

Os vegetais como as frutas e os legumes são perfeitos para isso. Reduzir o consumo de açúcares, gorduras e alimentos processados também é importante.

Construir massa magra

Faça exercícios aeróbicos regularmente, mas não se esqueça dos exercícios de musculação. Eles são essenciais para a construção muscular e contribuem para a queima de gordura em excesso.

Dormir bem e reduzir o estresse

Além da alimentação equilibrada e da atividade física regular, ter noites de sono revigorantes é importante para ter energia no dia seguinte. De fato, altos níveis de estresse podem colaborar para aumentar o estoque de gordura no corpo.

Por isso, aprender técnicas de gerenciamento de estresse como a meditação ou a respiração diafragmática pode ajudar a melhorar a sua saúde. 

Mesmo que pareçam coisas simples, elas têm um grande impacto na sua qualidade de vida – especialmente se você fizer delas um hábito para deixar de ser uma falsa magra.

Vídeo: Tem barriga grande, mas não é gordo (a)?

Se a sua barriga é grande, mas você não está acima do peso, o vídeo a seguir é para você!

Fontes e referências adicionais

E agora, você já sabe dizer a diferença entre uma pessoa magra de verdade e uma falsa magra? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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