Qual é a Melhor Batata para Diabéticos?

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Existem inúmeros mitos sobre o que as pessoas com diabetes devem ou não comer, e as batatas são um desses alimentos que por muitos não são vistos com bons olhos. Isso porque a batata é conhecida por ser “rica em amido”, que se transforma em açúcar. Sendo assim, muitas pessoas acreditam que esse alimento deve ser completamente evitado por pessoas com diabetes.

Se você é diabético, já deve ter ouvido muitas pessoas aconselhando a ficar longe das batatas, e embora elas também tenham suas razões, já que esse alimento possui um alto índice glicêmico, ou seja, é metabolizado rapidamente e aumenta os níveis de açúcar no sangue, isso não significa que precise eliminar todos os tubérculos da sua dieta.

A batata-doce, por exemplo, pode, na verdade, ajudar a regular seus níveis de açúcar no sangue. A American Diabetes Association chamou este tubérculo de superalimento e o considera a melhor batata para diabéticos, garantindo que ela oferece benefícios para a saúde.

Por isso, quando se trata de qual a melhor batata para diabéticos, ela é considerada a aposta ideal que você deve incluir em sua dieta.

Batata-doce

A batata-doce é um alimento rico em betacaroteno (uma forma de vitamina A), e o corpo converte o betacaroteno presente neste tubérculo em mais que o dobro da sua necessidade diária de vitamina A. O betacaroteno é um poderoso combatente do câncer que também reduz o colesterol no sangue.

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Nas plantas, ele serve para proteger as folhas e troncos dos estragos da luz solar e outras ameaças ambientais, e em humanos, esses mesmos compostos ajudam a bloquear a formação de câncer e também protegem contra artrite e outras doenças degenerativas.

Além disso, a batata-doce fornece quase que a mesma quantidade de vitamina E que as nozes e sementes gordurosas, uma boa dose de vitamina C e ferro. Uma média de 150 gramas deste alimento cozido com pele contém 135 calorias, sem gordura ou colesterol, 54 miligramas de sódio, 5 gramas de fibra e 3 gramas de proteína. Uma porção de meia xícara é considerada uma opção de carboidrato (15 gramas) para as pessoas com diabetes.

Como a batata-doce pode regular os níveis de açúcar no sangue?

A diabetes faz parte do grupo de doenças metabólicas que resultam em muito açúcar no sangue (glicose alta) e pode ser administrada em grande parte através de uma dieta adequada, atividade física e medicamentos orais. Frequentemente recomenda-se que as pessoas com essa doença comam alimentos ricos em fibras, e as batatas-doces são cheias de fibras.

De acordo com o livro “Healing Food” da editora DK Publishing, as batatas-doces são muito eficazes em garantir que os níveis de açúcar no sangue não flutuem. “As batatas-doces são um tratamento tradicional para a diabetes. Elas contêm carboidratos de níveis de liberação lenta e o hormônio adiponectina, uma combinação que ajuda a manter estáveis os níveis de açúcar no sangue”, observa o livro.

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A nutricionista Dra. Rupali Datta diz que é um mito que alimentos ricos em amido devem ser descartados completamente das dietas dos diabéticos. Se você mantiver o controle da porção, eles também poderão estar presentes em sua dieta. Ela revela que a batata-doce tem uma quantidade razoável de fibra e seus carboidratos ricos em amido propelem a liberação retardada de açúcar, configurando-a a melhor batata para diabéticos.

Uma vez que se trata de um alimento rico em nutrientes, ao consumi-lo, a pessoa não está recebendo apenas calorias vazias. A batata-doce possui um índice glicêmico de baixo a médio, dependendo do método de cozimento, de acordo com o Open Nutrition Journal, que publicou um estudo detalhado sobre o efeito de vários métodos de cozimento no índice glicêmico deste tubérculo.

Batata e diabetes

No geral, as batatas são potências de nutrientes. São carboidratos complexos que fornecem fontes de energia, e assim como qualquer outra pessoa, as com diabetes também precisam. No entanto, o que deve ser evitado no caso das pessoas com diabetes ou até mesmo por aquelas que querem evitar o excesso de peso, obesidade ou desenvolver diabetes, é o excesso de quantidades e ingredientes adicionados às batatas.

Elas só se tornam prejudiciais quando ingeridas em grandes quantidades, fritas ou banhadas em outros alimentos não saudáveis, como margarina, creme de leite, manteiga, queijo, etc.

As batatas podem ser facilmente adicionadas em um plano de refeição para diabetes, porém a quantidade irá depender da permissão individual de carboidratos. É muito importante que você consulte o seu médico e o seu nutricionista para determinar quais são os requisitos individuais de carboidratos em cada refeição e lanche. Geralmente, uma boa regra é não mais do que 15 a 30 gramas de carboidrato em um lanche, 30 a 40 gramas em uma refeição para mulher e 45 e 60 gramas em uma refeição para homens. Estas são apenas estimativas, suas necessidades irão variar.

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Como todos os alimentos consumidos por pessoas com diabetes, é importante ver como o seu corpo reage individualmente a diferentes alimentos e refeições. É desejável que teste a sua glicose no sangue várias vezes ao dia.

Duas horas após uma refeição, é desejável que a glicose no sangue seja inferior a 140 mg/dL. Se for maior do que isso, você deve entrar em contato com o seu médico ou nutricionista para saber como pode obter melhor controle da glicose através de um melhor planejamento de refeições, aumento de atividade física ou ajustes em seus medicamentos para diabetes.

Como você pode ver, consumida em doses ideais, todas as batatas podem fazer parte da dieta, mas a melhor batata para diabéticos é mesmo a batata-doce, devido a todos os seus valores nutricionais.

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Você já sabia que a batata-doce é a melhor batata para diabéticos? Possui essa condição e costuma consumir esse tipo de batata na dieta? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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