8 dicas para diminuir a vontade de comer doces

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Não é exatamente uma novidade que consumir muitos doces não faz muito bem para a saúde. Tudo por conta do açúcar que se adiciona na preparação desses quitutes.

Um dos problemas mais conhecidos é que o excesso de açúcar tem uma relação direta com o aumento de peso. Comer muitos doces cheios de açúcar também já demonstrou ser um dos hábitos do dia a dia que podem envelhecer.

Mas esses não são os únicos problemas. Os efeitos da ingestão de açúcar adicionado também incluem o aumento da pressão arterial, a elevação da inflamação crônica, a diabetes e a doença hepática gordurosa.

O pior é que esses fatores estão ligados aos riscos de doença no coração, ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).

A questão é que mesmo estando cientes dos problemas para a forma física e para a saúde que comer muitos doces pode trazer, algumas pessoas têm dificuldade de resistir ao desejo por eles.

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A boa notícia é que existem estratégias que ajudam a controlar a vontade de comer doces, como as dicas que vamos conhecer no artigo de hoje.

Mas antes, entenda o mecanismo por trás do desejo pelos doces

O mecanismo por trás da vontade incontrolável ou compulsão por doces é um pouco diferente do mecanismo associado ao desejos pelas comidas salgadas.

O desejo pelos doces está muito mais associado a uma busca por recompensa e por uma sensação de prazer e bem estar do que à fome propriamente dita.

8 dicas para controlar a vontade de comer doces

Confira então algumas dicas para controlar essa vontade e vencer essa batalha.

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1. Beber água sempre que o desejo por um doce bater

A dica de tomar um copo de água sempre que der aquela vontade de atacar um docinho pode funcionar porque normalmente as pessoas mais desidratadas têm um desejo maior de consumir guloseimas ou algo diferente para comer.

Além disso, a ingestão de água pode ajudar a aumentar o sinal de saciedade que chega até o cérebro. Não é incomum confundir a fome (que muitos tentam matar comendo doce) com a sede, uma vez que os dois sinais ficam próximos um do outro no cérebro.

Ou seja, uma pessoa pode recorrer aos doces para matar a fome que achava ter quando na verdade estava com sede e precisava tomar água.

Já ao tomar água antes de sair correndo atrás de um doce, ela dará a chance do corpo entender que na verdade sentia sede e de saciar-se com o líquido.

2. Comer um pedaço de fruta

Melancia

A fruta é um alimento reconhecidamente saudável e, ao mesmo tempo, é docinha. Portanto, ela pode ajudar a amenizar o desejo por doces sem prejudicar a saúde.

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Embora as frutas contenham o seu açúcar natural, esse açúcar é diferente do açúcar de mesa que se usa nas sobremesas. Ou do açúcar que se adiciona às guloseimas e docinhos industrializados.

Isso sem contar que as frutas são alimentos nutritivos, que trazem elementos importantes para a saúde do organismo como vitaminas, minerais e fibras.

Inclusive, a presença das fibras faz com que a liberação do açúcar das frutas se dê de maneira mais lenta, o que evita os indesejáveis e prejudiciais picos de açúcar (glicose) no sangue. Saiba mais sobre açúcar das frutas e sobre como o açúcar das frutas é diferente do açúcar dos doces.

Em suma, é muito mais saudável matar o desejo por doces ao consumir um pedaço de fruta do que comer uma guloseima ou sobremesa como um sorvete, pudim ou bala, por exemplo.

Uma boa opção de substituição para matar essa vontade pelos doces é assar no forno ou no micro-ondas um pedaço de banana ou maçã com canela.

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Fruta sim, suco não!

Mas atenção. É a fruta na sua versão natural que se recomenda, não o suco natural da fruta. Pois na forma de suco, o açúcar da fruta pode ficar muito concentrado. Mesmo que não se adicione açúcar de mesa na preparação.

Quando se prepara um suco de fruta na centrífuga ou liquidificador com uma porção bastante grande da fruta e posteriormente coa-se, o resultado é uma bebida com uma grande quantidade de carboidratos de alto índice glicêmico e bem pouca fibra.

Isso gera o chamado pico de insulina, que está associado ao armazenamento de gorduras.

3. Não usar adoçantes artificiais

Consumir muito açúcar faz mal. Então uma opção para tapear a vontade por doces é encher os alimentos e bebidas que se consome ao longo do dia de adoçante artificial sem calorias, certo?

Errado: ao fazer isso, o tiro sai pela culatra porque esses adoçantes estimulam mais ainda no cérebro a vontade de consumir alguma coisa doce.

Por outro lado, um truque efetivo é procurar diminuir o uso desses adoçantes, usando-os apenas esporadicamente quando for realmente necessário. Além disso, treinar o paladar para se satisfazer com os docinhos naturais como as frutas.

4. Consumir mais proteínas ao longo do dia

As pessoas costumam ingerir mais proteínas no almoço e no jantar por meio de alimentos como frango, peixe, carne bovina, lentilha, feijão ou grão-de-bico, por exemplo.

Por outro lado, geralmente consome-se mais carboidratos nas refeições menores como o café da manhã e os lanchinhos feitos ao longo do dia. No entanto, mesmo nessas refeições pequenas dá para acrescentar fontes saudáveis de proteínas como ovo, iogurte ou leite.

Acredita-se que incluir mais proteínas nas refeições de todo o dia também pode ajudar a controlar o desejo pelos doces, uma vez que o nutriente dá saciedade ao organismo. Com o estômago cheio, a propensão de sair atrás de algum tipo de comida é mais baixa.

5. Dormir bem

Dormir

Ter um sono adequado, que se traduz em dormir uma quantidade suficiente de horas por noite e ter um sono de boa qualidade, faz com que se tenha menores chances de ter episódios qualquer tipo de compulsão. Inclusive a compulsão por doces.

A recomendação é procurar ter pelo menos sete horas de um sono de boa qualidade por noite. Sabe-se que quem dorme menos ou não dorme bem fica com um metabolismo mais lento e acorda com mais cansaço.

Além disso, a pessoa tem mais vontade de consumir junk food e besteirinhas nada nutritivas e cheias de calorias, açúcares, gorduras ruins e/ou sódio.

Uma das teorias é que as pessoas que dormem pouco têm uma tendência de fazer mais lanchinhos e comer mais de maneira geral. A falta de sono também pode afetar os sistemas de recompensa do cérebro.

Ou seja, uma boa noite de sono é crucial para controlar o desejo por doces e consumir menos açúcar.

Tem dificuldades para ter um sono de qualidade que dure uma quantidade suficiente de horas? Então conheça essas dicas valiosas para dormir bem. Se nenhuma dessas ou outras estratégias para dormir bem funcionar, procure a ajuda médica.

6. Não passar fome

Algumas pessoas são oito ou oitenta. Após passar um período comendo bem mal e abusando dos doces, guloseimas, sobremesas e outros tipos de junk food, sentem-se culpadas e resolvem e resolvem adotar uma dieta super restritiva com baixas calorias.

O problema é que ao fazer isso, o organismo entra em um estado de privação, em que o cérebro fica bastante confuso. Como ele quer suprir a necessidade de calorias do corpo, envia sinais de fome.

Então, a pessoa fica com muita fome, uma hora ou outra não aguenta tamanha privação e tem grandes de chances de pular completamente fora da dieta restritiva.

Ou seja, muito melhor do que aderir a uma dieta cheia de restrições é adotar uma reeducação alimentar. Composta por comidas naturais e nutritivas, livre de alimentos industrializados e formada por refeições completas, saudáveis e controladas, com um teor suficiente de calorias.

Essas refeições devem ser feitas em intervalos regulares, de modo que o corpo não fique longos períodos sem se alimentar.

Uma dica que pode ajudar a não cair na tentação de recorrer aos doces quando a fome gritar entrar uma refeição e outra é montar lanchinhos saudáveis em um momento de folga e deixar dentro da mochila ou gaveta de trabalho para comer quando der fome.

7. Reduzir o estresse

A tarefa de diminuir o estresse não é fácil. Mas é importantíssima para a saúde em muitos aspectos, inclusive para controlar o desejo por doces e, consequentemente, diminuir a ingestão de açúcar.

Isso porque já sabe-se que as pessoas mais estressadas possuem maior tendência a ter compulsão, o que pode incluir a compulsão por doces.

Quem nunca recorreu – ou conhece alguém que recorreu – a uma guloseima ou sobremesa como recompensa para se sentir bem e aliviar as emoções depois de um momento estressante?

Por isso, é muito importante encontrar maneiras saudáveis de controlar o estresse e relaxar. Por exemplo, tirar 15 minutos do dia para fazer uma meditação pode ajudar a dar uma amenizada no estresse.

Não conhece nenhuma técnica de meditação? Pare e sente em um local calmo, confortável, silencioso e isolado. Então, preste atenção no ar que entra e no ar que sai durante a respiração durante 15 minutos. Esta é uma maneira de meditar.

Tomar um banho morno ou quente também pode ajudar a relaxar. Assim como ouvir uma música agradável que te acalme e lembre de momentos felizes pode auxiliar a aliviar o estresse. Conheça outras estratégias que podem ajudar a controlar o estresse e ansiedade.

8. Conversar com pessoas que querem o seu bem

Quando estiver em um momento difícil ou durante uma crise, que gerou ansiedade, nervosismo ou estresse, não saia correndo atrás de um doce lotado de açúcar para se sentir melhor.

No lugar disso, ligue ou mande mensagem para um amigo ou familiar com quem pode conversar a respeito do ocorrido.

Mas é importante que se trate de uma pessoa que você sabe que quer o seu bem para lidar racionalmente com o problema em questão.

Em muitos casos, desabafar e ouvir palavras de conforto já auxilia a segurar as emoções negativas mesmo que não dê para resolver o problema naquele momento. Assim, diminuindo o impulso de buscar pelos doces para descontar as emoções.

Vídeo: Como controlar a vontade de comer doces

Aproveite os vídeos das nossas nutricionistas, que também trazem dicas de como controlar os doces e o açúcar!

Vídeo: Dicas para diminuir o açúcar

Fontes e Referências Adicionais

Você tem dificuldades para controlar o desejo por doces? Vai seguir uma das nossas dicas? Qual? Conte nos comentários!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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