Dieta Mediterrânea Altera Microbiota de Idosos, Melhorando a Função Cerebral e Aumentando a Longevidade

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Mais um ponto a favor da dieta mediterrânea, que já vem sendo considerada a mais saudável por muitos especialistas há algum tempo e inclusive foi a responsável por consagrar a Espanha como o país mais saudável do mundo, além de conquistar o primeiro lugar no ranking de “melhor dieta” do US News and World Report por três anos seguidos.

Um novo estudo, publicado na segunda-feira no periódico BMJ Gut, descobriu que a ingestão da dieta mediterrânea por apenas um ano alterava a microbiota de pessoas idosas de maneiras que melhorava a função cerebral e ajudava na longevidade.

O estudo descobriu que a dieta pode inibir a produção de produtos químicos inflamatórios que podem levar à perda da função cognitiva e impedir o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes, câncer e aterosclerose.

Entenda como funciona, confira o cardápio e mais dicas em um guia da dieta mediterrânea completo.

“Nossas descobertas apóiam a viabilidade de mudar a dieta habitual para modular a microbiota intestinal, que por sua vez tem o potencial de promover um envelhecimento mais saudável”, disseram os autores do estudo.

Entenda melhor o que é e o que ajuda a sua microbiota intestinal, que tem um papel importantíssimo para nossa saúde como um todo.

A ciência mostrou que, à medida que envelhecemos, os tipos e a quantidade de micróbios encontrados no intestino são reduzidos. Uma dieta pobre é a principal razão para isso, e especialmente comum entre os idosos que moram sozinhos ou que já possuem algum tipo de condição debilitante.

À medida que a diversidade de bactérias diminui por conta de uma dieta pobre, ocorre o “envelhecimento inflamatório”, contribuindo para processos inflamatórios relacionados à idade que podem levar ao câncer, distúrbios neurológicos e outras doenças.

Fazer mudanças na dieta desses idosos, transformando-a em uma dieta mediterrânea, parece combater isso. O estudo analisou a microbiota intestinal de 612 idosos da França, Itália, Holanda, Polônia e Reino Unido antes de colocar 323 deles em uma dieta especial por um ano.

Embora a dieta tenha sido projetada para idosos, ela se baseava nos princípios mediterrâneos de comer muitas frutas, vegetais, nozes, legumes, azeite e peixe e pouca carne vermelha, açúcar e gorduras saturadas.

Pediu-se ao restante das pessoas de 65 a 79 anos de idade que continuassem a comer como sempre faziam nos mesmos 12 meses.

Passado um ano, aqueles que seguiram a dieta mediterrânea viram mudanças benéficas na microbiota em seu sistema digestivo. A perda de diversidade bacteriana foi reduzida e marcadores inflamatórios potencialmente prejudiciais, como a proteína C-reativa e a interleucina-17, foram reduzidos.

Ao mesmo tempo, houve um crescimento de bactérias benéficas ligadas à melhora da memória e da função cerebral, segundo o estudo. A dieta também pareceu diminuir os sinais de fragilidade, melhorar a velocidade de caminhada e aumentar a força dos idosos.

O estudo faz parte de um estudo controlado maior de 1.200 pessoas, chamado Projeto Europeu de Nutrição em Pessoas Idosas ou NU-AGE, que começou em 2012.

Vídeo: Dieta mediterrânea

No vídeo a seguir, você encontra mais informações valiosas sobre a dieta mediterrânea!

Fontes e Referências Adicionais:

Você já experimentou fazer a dieta mediterrânea alguma vez? Surpreendeu-se com os benefícios que ela pode trazer até para pessoas já idosas? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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