Criada nos anos 2000 pela nutricionista norte-americana Bárbara Rolls, a dieta volumétrica está voltando com tudo e promete fazer você perder peso comendo mais. Será que ela realmente funciona?
A dieta é baseada no consumo de alimentos saudáveis e com poucas calorias, mas em grandes quantidades. Em paralelo a isso, deve ocorrer uma diminuição de pratos calóricos e pouco saudáveis.
Portanto, a dieta volumétrica se baseia em sentir-se saciado com menos calorias, preenchendo a maior parte do prato com alimentos ricos em nutrientes, fibras e água, com baixo teor calórico total, como frutas, legumes, salada e sopas.
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Um exemplo: cinco xícaras de pipoca é equivalente a 15 unidades de batata frita, cerca de 160 calorias, ou seja, você pode comer grandes quantidades de pipoca, por ter uma densidade energética mais baixa.
Existem quatro categorias de alimentos com base na densidade energética:
- Alimentos com densidade energética muito baixa (menos de 0,6 calorias por grama): Sopa de frango com macarrão, sopa de lentilha, grande parte das frutas, iogurte desnatado, folhosos e vegetais sem amido, como tomate, pimentão, cogumelos, brócolis e aspargos são alguns dos exemplos.
- Alimentos de baixa densidade energética (0,6 a 1,5 calorias por grama): Estão nessa categoria alimentos como grãos, ensopado de mariscos, sopa de ervilha, tofu, batata, uva, banana, iogurte desnatado, farelo de cereal, macarrão de trigo integral, atum light, peito de peru e molho de tomate.
- Alimentos de média densidade energética (1,6 a 3,9 calorias por grama): Homus, abacate, queijos, mussarela parcialmente desnatada, tortilha, pães, peito de frango, ovos, salmão, carnes magras (coxão duro e mole, filé mignon, lagarto, maminha, músculo e patinho), sorvete, pretzels e maionese light.
- Alimentos de alta densidade energética (4 a 9 calorias por grama): Alimentos mais calóricos, como manteiga, biscoitos de trigo, bacon, sobremesas, batata frita, chocolate, manteiga de amendoim, nozes, geleia, salgadinhos e molhos integrais (como maionese e azeite) compõem a última categoria.
Com relação às quantidades diárias, é necessária a avaliação com um nutricionista para a programação de uma dieta equilibrada de acordo com as necessidades de cada um. À rádio Itatiaia, o médico gastroenterologista e especialista em emagrecimento Bruno Sander apontou os riscos de seguir uma dieta sem orientação profissional.
“Dieta completamente vaga, (…) não possui quantidades ajustadas de acordo com o indivíduo, podendo ter mais fome ou até mesmo ingerir uma quantidade inferior do que precisa, consumo alto ou baixo de micronutrientes e macronutrientes, gerando um comportamento alimentar restritivo e poderá acarretar uma má adesão à dieta e, consequentemente, gerar compulsão alimentar, falta de nutrientes, mau humor, cansaço e podendo também prejudicar o sono”, listou.