A velha questão sobre qual é a melhor abordagem para praticar atividade física, concentrá-la nos fins de semana ou distribuí-la ao longo dos dias da semana, tem sido motivo de debate entre muitos.
No entanto, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, apontou que não há diferenças significativas em relação aos benefícios para a saúde cardiovascular.
Como o estudo foi realizado?
Os quase 90 mil participantes da pesquisa usaram um aparelho que media a quantidade de exercícios e o tempo gasto em diferentes intensidades ao longo do dia.
Observou-se que 42,2% praticavam pelo menos 150 minutos de atividades físicas por semana em um ou dois dias, de uma só vez, de maneira mais concentrada. Já 24% eram os chamados ativos-regulares, que praticavam exercícios físicos por pelo menos 150 minutos ao longo da semana, de modo mais estendido.
Enquanto isso, 33,7% eram pessoas inativas, ou seja, sedentárias, praticando menos de 150 minutos de atividades físicas moderadas a vigorosas por semana.
Resultados do estudo
Tanto os adeptos do exercício concentrado nos finais de semana quanto os praticantes regulares de modo estendido ao longo da semana foram associados a riscos cardiovasculares menores, em comparação com pessoas inativas.
O risco de ataque cardíaco, por exemplo, para os atletas de final de semana foi 27% menor. Já para os que se exercitavam ao longo da semana, esse risco foi 35% mais baixo.
Adicionalmente, os pesquisadores notaram que quanto à insuficiência cardíaca, o risco foi 38% menor para aqueles que se exercitavam apenas nos fins de semana e 36% mais baixo para os que mantinham uma prática mais regular de atividades físicas ao longo da semana.
Além disso, o risco de ritmo cardíaco anormal (fibrilação atrial) foi 22% e 19% menor, já o risco de acidente vascular cerebral (AVC) foi 21% e 17% mais baixo.
Agora, os cientistas pretendem investigar se essa abordagem de exercício concentrado pode trazer benefícios similares para outras doenças. As informações são do VivaBem UOL.