Arovit: para que serve, como usar e efeitos colaterais

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O Arovit é um suplemento vitamínico, cuja substância ativa é a vitamina A ou retinol. Ele é indicado para pessoas que estão com deficiência desta vitamina no organismo. 

A vitamina A é fundamental para a nossa visão, especialmente para nossa capacidade de enxergar em ambientes pouco iluminados, além de contribuir para a manutenção da transparência e lubrificação da córnea, a camada que reveste nossos olhos. 

O sistema imunológico também conta com a vitamina A, para manter as mucosas que revestem os órgãos do sistema respiratório e gastrointestinal saudáveis, aspecto importante para o desempenho de suas funções como barreiras contra microrganismos patogênicos, causadores de doenças. 

A vitamina A também é importante para o crescimento e desenvolvimento de novos tecidos, processos que ocorrem durante a gestação. Por isso, mulheres grávidas e que estão amamentando precisam ter níveis adequados de vitamina A, para que possam suprir as necessidades do feto e do bebê recém-nascido em desenvolvimento. O ideal é que, neste caso, os níveis adequados sejam alcançados por meio da alimentação.

O Arovit é um suplemento que pode ser encontrado em farmácias, na forma de drágeas de 50.000 UI, que correspondem a cerca de 17 mg de acetato de retinol.

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Também pode ser encontrado na forma de gotas, em frascos com 20 mL, e na forma de solução injetável, em ampolas de 1 mL. Na forma farmacêutica de gotas, cada 1 mL (30 gotas) contém 150.000 UI, correspondente a 82 mg de palmitato de retinol. Cada ampola de solução injetável contém aproximadamente 300.000 UI, equivalente a 165 mg de palmitato de retinol. 

Veja para que serve o Arovit, como o suplemento funciona, como usá-lo e quais são os seus possíveis efeitos colaterais. 

Para que serve o Arovit

Vitamina A
O Arovit é indicado para pessoas com deficiência de vitamina A

O Arovit é prescrito para casos de hipovitaminose A, isto é, deficiência de vitamina A. Se a hipovitaminose A não for tratada, ela pode acarretar em xeroftalmia, que pode evoluir para um quadro de cegueira irreversível.

A xeroftalmia, ou ceratoconjuntivite seca, é mais conhecida como “olho seco” e se caracteriza pelo mau funcionamento das glândulas lacrimais, responsáveis pela produção de lágrimas. 

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A córnea, a camada transparente que fica na frente da pupila e da íris (parte colorida dos olhos), sofre mais com os efeitos desse mau funcionamento das glândulas, ficando mais suscetível a inflamações e lesões que podem comprometer a visão. Com o passar do tempo, as úlceras (lesões) na córnea podem cicatrizar formando pequenas manchas brancas no olho, as manchas de Bitot, levando à uma cegueira irreversível.

Em longo prazo, além dos olhos secos e irritados, a xeroftalmia pode acarretar em dificuldade para enxergar em ambientes escuros, a chamada cegueira noturna. Isso porque a vitamina A participa como constituinte da púrpura retiniana, ou rodopsina, o pigmento presente nas células que captam a luz na retina, fundamentais para a nossa sensibilidade à luz e à capacidade de enxergar em ambiente com pouca iluminação. 

Em crianças, a falta de vitamina A pode se manifestar com o retardo no crescimento. A taxa de mortalidade supera os 50% em crianças com deficiência grave de vitamina A, sendo um problema de saúde pública em vários países em desenvolvimento, inclusive o Brasil. Esse problema afeta especialmente crianças em idade pré-escolar, que não têm acesso a uma alimentação rica em proteínas e vitaminas.

O Arovit também serve para tratar distúrbios de queratinização da pele e das mucosas dos tratos urinário, gastrointestinal e respiratório, pois a vitamina A é necessária para o desenvolvimento normal e funcionamento correto da ectoderme, composta pelas células que compõem a pele e seus anexos (unhas, pelos, glândulas), o sistema nervoso e as que revestem as cavidades do corpo, boca, nariz, pulmões, estômago, intestino, bexiga, dentre outras. Confira quais são os benefícios da vitamina A para a pele e, também, para os cabelos.   

A queratinização consiste, basicamente, no ressecamento, descamação e espessamento desses tecidos, prejudicando suas funções como barreiras úmidas, que protegem os tecidos desses órgãos contra invasores (vírus, bactérias, fungos e toxinas). 

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Como o Arovit funciona

Quando o Arovit é ingerido (administração oral) ou injetado dentro de um músculo, em torno de 50 a 70% da vitamina A consegue ser absorvida pela corrente sanguínea, ficando disponível para atingir seu local de ação. 

A concentração máxima no sangue é alcançada em torno de 5 a 10 horas da administração da vitamina A. 

Na administração oral, os níveis de vitamina A retornam progressivamente ao seu valor inicial após 10 horas da ingestão. Já na forma injetável, os níveis de vitamina A só retornam aos valores iniciais após cerca de 150 horas, pois formam um pequeno depósito no organismo.  

O Arovit pode interagir com o etretinato (Tigason®), um medicamento usado para tratar psoríase grave, por isso, não devem ser usados juntos, devido ao risco de desenvolvimento de hipervitaminose A, o oposto da hipovitaminose A, ou seja, excesso da vitamina no organismo.  

Como usar o Arovit

arovit

Para tratar os sintomas de carência nutricional de vitamina A, são indicadas de 30.000 a 50.000 UI por dia, que são equivalentes a 6 a 10 gotas ou 1 drágea de 50.000 UI. Para crianças de até 1 ano de idade, a dose diária indicada fica entre 5 a 10.000 UI (1 a 2 gotas de Arovit) e, para crianças maiores de 8 anos, a dose ideal pode estar entre 50.000 a 100.000 UI por dia (10 a 20 gotas).  

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No caso da cegueira noturna, o tratamento é feito com uma dose de 200.000 UI (4 drágeas ou 40 gotas) no primeiro e no segundo dia, sendo repetida após 4 semanas. O mesmo protocolo é válido para crianças acima de 1 ano de idade. Para bebês com menos de 12 meses, o tratamento é feito com 100.000 UI de Arovit (20 gotas) no primeiro e segundo dia, repetindo-se após 4 semanas.

Para o tratamento de distúrbios que alteram as mucosas, geralmente são usadas doses diárias de 100.000 a 200.000 UI, equivalentes a 20 a 40 gotas, ou 2 a 4 drágeas.  

Casos de distúrbios graves de absorção intestinal ou de alimentação parenteral exclusiva, por cateter venoso (na veia), são utilizadas 1 a 2 ampolas por semana, administradas por via intramuscular. 

A administração de Arovit não deve ultrapassar a dose diária máxima de 300.000 UI e, em situações de tratamento prolongado, deve-se atentar ao possível aparecimento de sintomas de hipervitaminose A. 

Para evitar esse problema, recomenda-se que se a administração diária for superior a 200.000 UI, ela seja usada por 6 semanas, seguida de uma pausa de 2 semanas ou redução da dose para 50.000 a 100.000 UI por dia.

As gotas podem ser diluídas em um pouco de água ou suco e devem ser ingeridas durante ou após as refeições, assim como deve ser a ingestão das drágeas. 

Este medicamento só deve ser consumido com prescrição e orientação médica, sendo fundamental que você siga corretamente os horários, as doses e a duração do tratamento indicados pelo seu médico ou médica. 

Não é recomendado parar o tratamento sem o conhecimento e liberação do profissional que te acompanha, além de não ser indicado que o suplemento seja doado ou recomendado a outra pessoa, sem que ela tenha passado por uma consulta médica.

Possíveis efeitos colaterais do Arovit

Normalmente, o Arovit é bem tolerado, mas, em alguns casos, podem ocorrer sintomas de hipervitaminose A (excesso de vitamina A):

  • Dor de cabeça
  • Dor de estômago
  • Dor nos ossos e articulações
  • Cansaço
  • Vertigem
  • Falta de apetite
  • Vômito
  • Diarreia
  • Coceira na pele
  • Queda de cabelos
  • Sangramento nasal
  • Dificuldade para respirar
  • Alterações do sono
  • Alterações da visão 

Caso sinta qualquer um desses efeitos adversos, comunique imediatamente o médico(a) que te acompanha, pois provavelmente será necessário suspender a suplementação.

Geralmente, os efeitos adversos se resolvem rapidamente após a interrupção da suplementação com Arovit. 

Contraindicações do Arovit

O Arovit é contraindicado para pessoas que têm hipervitaminose A (excesso dessa vitamina), que têm alergia à vitamina A ou a qualquer outro componente da fórmula e para mulheres que estejam grávidas ou têm a possibilidade de engravidar durante o tratamento. 

A vitamina A pode ser tóxica para a mãe e para o feto, se a sua ingestão ultrapassar a dose diária de 10.000 UI ou 25.000 UI por semana. Sendo assim, a administração dessa vitamina na gravidez deve ser feita exclusivamente com orientação médica.

Durante o tratamento, a mulher deve usar métodos contraceptivos sem interrupção e mantê-los por até 1 mês após o término do tratamento com o Arovit. 

Pessoas com diabetes devem saber que as drágeas contêm açúcar, cerca de 773 mg de glicídios, contabilizando 3 calorias. 

Fontes e referências adicionais

Você já recebeu uma prescrição de Arovit? Para tratar qual condição? Já teve sintomas visuais, como olho seco ou dificuldade para enxergar em ambientes escuros? Comente abaixo!

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Sobre Dr. Alexandre Seraphim

Dr. Alexandre Seraphim é Nutrologista - CRM 52.978779. Formou-se médico pela Universidade do Grande Rio e é pós-graduado em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia. Possui diversos cursos na área de emagrecimento, hipertrofia e medicina ortomolecular que o qualificam ainda mais como um grande especialista da área. Para mais informações, entre em contato com ele em sua conta oficial no Instagram (@dr.alexandre.seraphim).

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