O estômago alto é algo que te incomoda? De vez em quando, é normal nos olharmos no espelho e notarmos algumas coisas na nossa aparência que não nos agradam muito. Por exemplo, manchas de acne no rosto, inchaço nas pernas ou um indesejável estômago alto.
Hoje, vamos falar mais a respeito desse último e aprender o que podemos fazer para reduzi-lo.
Para começar, precisamos saber que o estômago alto é diferente de uma barriga grande ou com inchaço. Geralmente, o chamado estômago alto gera uma barriga mais saliente na parte de cima do abdômen e pode ser uma queixa até mesmo das pessoas magras.
Além disso, o estômago alto tem muita relação com o consumo de uma quantidade grande de comida em um curto espaço de tempo. Assim, a parte superior do estômago ganha mais volume porque o órgão está cheio demais.
Em muitos casos, o estômago alto afeta pessoas que comem quantias muito altas de alimentos mais gordurosos e mais pesados, que demoram mais para sair do órgão.
Adicionalmente, o problema atinge quem ingere bastante líquido durante as refeições, já que o líquido ajuda a encher muito o estômago.
Tudo isso porque o estômago é uma espécie de saco muscular, que tem a função de dar início ao processo digestivo. Entretanto, ele tem uma capacidade limitada. Assim, ao encher o estômago além de sua capacidade, o órgão estufa e projeta-se para a frente.
Outras possíveis causas
Por outro lado, também há os casos de pessoas que desenvolvem o estômago alto devido à má digestão e ao acúmulo de gases.
Problemas gastrointestinais como gastrite, infecções intestinais, úlceras, verminose ou síndrome do intestino irritável podem favorecer o aparecimento do estômago alto, uma vez que a inflamação do estômago e do intestino leva à má digestão e ao excesso de gases, propiciando o inchaço abdominal.
Além disso, algumas mulheres que tiveram bebê podem ter o estômago alto devido à diástase, uma separação dos músculos da parede abdominal, que resulta em uma projeção para a frente nesta área do corpo.
No entanto, não são só as mamães que podem sofrer com a diástase. Um ganho de peso muito grande também pode gerar a condição.
É possível tratar a diástase por meio de uma cirurgia ou através de sessões de exercícios com acompanhamento de um fisioterapeuta e/ou profissional de educação física, para tonificar a região e tentar juntar novamente os músculos que se separaram.
Então, o que fazer?
Para os casos de estômago alto sem relação com a diástase, é possível tentar algumas estratégias associadas à alimentação para amenizar o problema.
1. Colocar as leguminosas de molho
Os alimentos que fermentam mais no corpo podem causar mais gases e deixar o estômago mais volumoso. As leguminosas fazem parte deste grupo e, por isso, é preciso tomar cuidado com elas.
Por exemplo, são integrantes do grupo das leguminosas a soja, o feijão, a ervilha, o grão-de-bico e a lentilha. Todos esses alimentos têm um tipo de carboidrato que pode favorecer a formação de gases. Mas, como as leguminosas são muito saudáveis, você não deve tirá-las da dieta.
A solução recomendada para evitar os gases ao comê-las é deixar as leguminosas de molho por no mínimo 30 minutos antes de usar. Cozinhar as leguminosas com uma folha de louro ou um pedaço de gengibre também pode ajudar.
2. Não beber água durante as refeições
A orientação aqui é hidratar-se em vários momentos ao longo de todo o dia, para não precisar tomar água ou apenas ingerir bem pouco líquido enquanto faz as refeições.
Durante uma refeição, o estômago já recebe uma série de alimentos. Assim, ao juntar muito líquido com todo o volume de comida que o estômago já recebeu, o órgão ficará muito cheio e mais saliente.
3. Fazer mais refeições menores ao longo do dia
Para quem tende a sofrer com o estômago alto, outra dica que pode ajudar é procurar fazer um número maior de refeições distribuídas ao longo do dia e, com porções menores de alimento em cada uma delas. Afinal, como vimos, comer muito de uma vez estimula o estômago alto.
Portanto, neste caso, o ideal é consumir pequenos volumes de alimento várias vezes ao dia. Por exemplo: tomar um café da manhã pequeno e um tempo depois fazer um lanche da manhã pequeno.
Então, seguir esse mesmo padrão nas outras refeições do dia, para não dilatar tanto o estômago com grandes refeições.
4. Moderar bem a ingestão de álcool
A bebida alcoólica piora a permeabilidade intestinal e estimula o crescimento de bactérias ruins no intestino. Isso pode provocar uma produção maior de gases, que como também vimos, tem relação com o estômago alto.
5. Aumentar o consumo de probióticos
Por outro lado, consumir mais probióticos pode ajudar nesse aspecto que citamos no tópico acima.
Os probióticos são bactérias do bem que podem melhorar a permeabilidade intestinal e a digestão correta dos alimentos. A saber, um bom exemplo de alimento probiótico é o kefir. Conheça outros alimentos probióticos para a sua dieta.
6. Tomar chás digestivos
Consumir um chá digestivo para tentar acalmar e/ou melhorar a digestão e diminuir a fermentação também pode ajudar. O chá de gengibre é um bom exemplo de chá digestivo, assim como o chá de erva-cidreira e o chá de boldo.
Conheça os melhores chás para ajudar na digestão:
7. Consultar o médico
Se nada disso funcionar ou se você nunca teve estômago alto e perceber que o problema surgiu repentinamente, é muito importante que você consulte o médico.
O acompanhamento profissional é essencial para verificar se a causa do problema não é alguma condição de saúde que exige um tratamento mais profundo e específico.
Vídeo: Tem barriga grande mas não é gordo(a)? Saiba o motivo e o que fazer.
No vídeo a seguir, a nossa nutricionista também traz esclarecimentos sobre alguns motivos que fazem a barriga parecer grande e como tratar esse problema.
Fontes e referências adicionais
- Abdominal Bloating: Pathophysiology and Treatment, J Neurogastroenterol Motil. 2013 Oct; 19(4): 433–453.
- Bloating and Abdominal Distension: Clinical Approach and Management, Adv Ther. 2019; 36(5): 1075–1084.
- Gas, Bloating, and Belching: Approach to Evaluation and Management, Am Fam Physician. 2019;99(5):301-309
Fontes e referências adicionais
- Abdominal Bloating: Pathophysiology and Treatment, J Neurogastroenterol Motil. 2013 Oct; 19(4): 433–453.
- Bloating and Abdominal Distension: Clinical Approach and Management, Adv Ther. 2019; 36(5): 1075–1084.
- Gas, Bloating, and Belching: Approach to Evaluation and Management, Am Fam Physician. 2019;99(5):301-309
Meu nome e Eliana e sempre tive estômago alto e sinto falta de ar. Eu comia muito quando mais jovem e hoje estou assim e mesmo com exercícios não some. Além da baixa alto estima, tem a fadiga. Não posso sentar, que a gordura dobra e dificulta a respiração. Pôr ser muito caro a abdominoplastia, eu não pude fazer. Hoje tenho convênio que cobre cirurgia. Será que consigo fazer pelo plano?