Gordura no fígado grau 2 é perigoso?

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Recebeu um diagnóstico moderado ou grave de fígado gorduroso? Entenda se ter gordura no fígado grau 2 é perigoso e confira algumas estratégias para lidar com essa doença hepática.

Quando acumulada no fígado, a gordura pode prejudicar muito a função desse órgão vital. Além do comprometimento do órgão, a gordura no fígado é capaz de causar uma série de problemas metabólicos e afetar também a função de outros órgãos.

A gordura no fígado pode se manifestar em dois graus. O grau 1 da doença se refere a um menor acúmulo de gordura do que no grau 2. Aliás, confira também se ter gordura no fígado grau 1 é perigoso.

Por outro lado, a gordura no fígado grau 2 é um quadro mais preocupante. Nesse caso, há um acúmulo moderado de gordura no órgão e um princípio de inflamação. Como resultado, sintomas como dor na parte direita do abdômen e inchaço abdominal podem surgir.

Quando a inflamação no fígado é confirmada, temos o que os especialistas chamam de esteatose hepática – uma inflamação hepática capaz de causar danos sérios às células do fígado.

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As causas da esteatose hepática podem ser problemas metabólicos – como a diabetes, a hipertensão, o sobrepeso ou o colesterol alto, por exemplo – ou hábitos como o abuso de álcool ou o uso de certos remédios que prejudicam a função do fígado.

De fato, estimativas publicadas em 2016 em um estudo da revista científica Hepatology indicam que até 25% da população adulta com gordura no fígado tem algum grau de esteatose hepática não associada ao consumo de bebidas alcoólicas.

Fígado gorduroso é perigoso?

Por ser uma doença de grau 2, já é possível imaginar que se trata de algo preocupante. Apesar de não ser a forma mais agressiva de fígado gorduroso, ter gordura no fígado grau 2 é perigoso, sim.

Aliás, o principal motivo do perigo é que ela é uma doença silenciosa que não costuma apresentar sintomas. Assim, a ausência de sinais de que seu fígado está sofrendo pode fazer com que você não cuide dele e que surjam complicações de saúde. 

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De fato, ter gordura no fígado grau 2 é perigoso, pois o órgão pode ficar inflamado com mais facilidade do que no grau 1. Além disso, a doença abre caminho para problemas mais graves como a cirrose hepática e o câncer de fígado, por exemplo.

Vale mencionar que o excesso de gordura também eleva o risco de doenças cardiovasculares, que são uma das principais causas de mortes no mundo todo.

Como identificar o fígado gorduroso?

gordura na barriga

Além de cuidar da sua alimentação e de cultivar hábitos saudáveis, é importante medir a gordura visceral e fazer exames de rotina periodicamente.

Alguns sinais de alerta que seu corpo pode dar por meio de testes são alterações em exames de sangue como altos níveis de triglicerídeos e alterações nos níveis de enzimas hepáticas.

A identificação dessas alterações e uma ultrassonografia de abdômen para confirmar a inflamação e os danos ao fígado normalmente são suficientes para o médico dar um diagnóstico.

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Caso você tenha dúvidas sobre a saúde do seu fígado e queira fazer um diagnóstico, veja qual exame de fígado fazer e o que ele mostra.

Como melhorar a saúde do fígado

As estratégias para tratar o fígado gorduroso incluem o uso de medicamentos, suplementos e mudanças no estilo de vida.

Remédios

Alguns dos remédios prescritos para tratar a gordura no fígado são, por exemplo:

  • Metformina ou outros remédios para diabetes para controlar a glicemia e evitar o acúmulo de ainda mais gordura no organismo;
  • Orlistat, que serve, dentre outras coisas, para controlar o peso corporal; 
  • Remédios para diminuir a pressão arterial; 
  • Medicamentos para regular o colesterol;
  • Vitamina E na dose de 400 a 800 UI (unidades internacionais) ao dia.

Aliás, os adeptos do tratamento natural podem gostar de saber quais são os melhores chás para gordura no fígado.

Suplementos

suplementos para fígado gorduroso

Além disso, suplementos como a vitamina E, o ômega 3, a berberina e o cardo de leite, por exemplo, são promissores para o tratamento do fígado gorduroso e estão sendo estudados para esse fim.

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Mas mesmo optando por suplementos para tratar a gordura no fígado, é importante contar com o aval de um médico, já que mesmo remédios naturais podem sobrecarregar o fígado ou causar outros problemas.

Hábitos mais saudáveis

Estudos indicam que perder o excesso de peso corporal em cerca de 7% a 10% do peso total pode contribuir com o tratamento do fígado gordo. Ainda assim, é importante que isso seja feito com base em uma dieta equilibrada.  

Quando há o acúmulo de gordura, mas o fígado não está lesionado, é possível tratar a condição apenas com mudanças no estilo de vida e com o monitoramento regular dos níveis de gordura no órgão.

Aliás, existem coisas no seu dia a dia que fazem mal ao seu fígado e que você nem se dá conta. Sendo assim, as mudanças como as seguintes são bem-vindas:

  1. Ingerir mais fibras presentes em frutas, legumes e grãos integrais;
  2. Evitar o consumo de alimentos processados;
  3. Limitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  4. Praticar algum exercício físico que some ao menos 150 minutos de atividade por semana ou 30 minutos por dia;
  5. Limitar os carboidratos refinados como doces, pães e massas;
  6. Evitar as gorduras saturadas e as gorduras trans encontradas na carne vermelha e em alguns alimentos industrializados.

Por fim, adotando essas medidas, é possível reduzir o acúmulo de gordura no fígado, pois tudo isso ajuda a garantir que seu fígado não seja gravemente danificado e até mesmo pode reverter os danos mais leves.

De fato, a maioria dos casos de gordura no fígado não progride para problemas muito sérios. Mas é claro que isso depende do seu comprometimento em ter um estilo de vida mais saudável.

Vídeo: 8 sintomas de gordura no fígado

Confira quais podem ser os sinais da gordura no fígado e conheça trocas que podem ajudar a saúde do órgão:

Vídeo: 5 trocas importante para seu fígado e saúde

Fontes e Referências Adicionais

Você já imaginava que ter gordura no fígado grau 2 é perigoso? Já recebeu esse diagnóstico? Comente então abaixo!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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