7 sinais de alerta para câncer de intestino que todos deveriam saber

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O câncer de intestino é um tipo muito comum de câncer, perdendo apenas para o câncer de pele, de mama e de próstata. No Brasil, são cerca de 40 mil novos casos de câncer de intestino por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). 

A maioria dos casos de câncer de intestino tem relação com maus hábitos alimentares e de estilo de vida, tais como o costume de comer carnes embutidas e alimentos ricos em sódio, sedentarismo, obesidade e tabagismo. 

Normalmente, o diagnóstico desse tipo de câncer é bastante tardio, o que diminui consideravelmente as chances de cura. Sendo assim, o ideal é que ele seja identificado ainda em fases iniciais, o que não é uma tarefa fácil, pois os sinais e sintomas são bastante inespecíficos no início. 

Por isso, a prevenção é o melhor caminho, o que se faz cultivando bons hábitos alimentares e de estilo de vida. Além disso, para pessoas acima de 45 anos, especialmente se tiver histórico familiar de câncer, são indicados exames de rastreamento, como colonoscopia e pesquisa de sangue oculto nas fezes. 

Apesar desse câncer ser mais comum entre pessoas acima de 50 anos, ele tem se tornado cada vez mais frequente em adultos jovens, devido à exposição aos fatores de risco. Por isso é válido reforçar as ações de prevenção em todas as faixas etárias.

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Veja quais são os principais sinais de alerta do câncer de intestino que todos deveriam saber e descubra como preveni-lo. 

Sinais de alerta para câncer de intestino

Dor abdominal
A dor abdominal é um dos sintomas mais gerais de diversas condições de saúde

Os sinais e sintomas que devem chamar sua atenção, para buscar uma consulta médica são: 

  1. Alteração do hábito intestinal: este sinal acontece com a maioria dos pacientes. Ele significa que, de repente, seus hábitos intestinais começam a mudar. Por exemplo, se você sofria com intestino preso, passa a ter diarreia. Ou ao contrário, seu intestino era regulado ou solto, e começa a sofrer com prisão de ventre. Essas condições também podem ficar alternando. 
  2. Sangue nas fezes: este é um sinal muito comum do câncer de intestino. Você pode observar a presença de sangue no vaso sanitário, no papel higiênico ou misturado às fezes. Em alguns casos, a pessoa percebe apenas que as fezes estão mais escuras, pretas. Veja o que mais pode causar fezes escuras ou pretas
  3. Alteração na forma das fezes: fezes muito finas e alongadas sugerem a presença de um tumor obstruindo a passagem do intestino. Saiba o que suas fezes revelam sobre sua saúde
  4. Tenesmo retal: sentir vontade frequente de evacuar, mas ficar com a sensação de esvaziamento incompleto do intestino ou nem conseguir evacuar. 
  5. Dor abdominal: por ser um sintoma bem inespecífico, ou seja, pode estar presente em várias outras condições de saúde, ele não costuma chamar muita atenção. Porém, se essa for muito frequente, é preciso investigá-lo. 
  6. Anemia: se a perda de sangue nas fezes for abundante e constante, é possível que a pessoa desenvolva um quadro de anemia, caracterizado por intensa fraqueza, desânimo e cansaço. Veja quais são os principais sintomas de anemia
  7. Perda de peso acelerada: este sinal é bastante preocupante, porque algumas pessoas podem não dar a devida atenção a ele, pelo fato de ser um efeito muitas vezes desejado. Entretanto, é fundamental procurar ajuda médica, quando a perda de peso acontece de forma não intencional, ou seja, a pessoa não faz dieta e nem exercícios físicos para alcançar tal objetivo. Além disso, a perda de 2 kg ou mais por semana não é normal e a causa precisa ser investigada. 

Vídeo relacionado:

Confira neste vídeo os sinais de alerta para o câncer de cólon e reto para prestar atenção e mais dicas de prevenção. Aproveite também para se inscrever rapidamente no nosso canal clicando no botão a seguir:

O que é câncer de intestino

O câncer de intestino é um tumor maligno que normalmente se desenvolve na parte do intestino grosso, subdividido em ceco, cólon e reto. Apesar de ser mais raro, o câncer de intestino também pode afetar as porções do intestino delgado. 

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Na maior parte dos casos, o câncer de intestino se desenvolve a partir de lesões benignas que crescem na parede do intestino e são chamadas de pólipos intestinais. É por isso que eles são retirados quando identificados, para evitar que evoluam para um câncer. 

Fatores de risco

Além dos pólipos intestinais, existem alguns fatores que aumentam as chances de uma pessoa desenvolver câncer de intestino, são eles: 

  • Ter o hábito de comer alimentos muito gordurosos, como carnes gordas, e ingerir poucas fibras. 
  • Fumar.
  • Consumir bebida alcoólica com frequência.
  • Ter mais do que 50 anos.
  • Ter doenças inflamatórias do intestino, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.

Tratamentos

Em estágios iniciais, quando não há metástase (disseminação do câncer para outros órgãos), o câncer de intestino é tratado com cirurgia e com ciclos de radioterapia e quimioterapia. 

A cirurgia é feita para remover a porção afetada do intestino, e os ciclos de radioterapia e quimioterapia são realizados para combater possíveis células cancerígenas desse tumor, que possam estar circulando na corrente sanguínea. A presença de células circulantes é um fator de risco importante para o desenvolvimento de metástases. 

Como prevenir o câncer de intestino

Embutidos
Embutidos devem ser evitados na dieta para prevenir o câncer de intestino

Além de se atentar aos sinais de alerta para o câncer de intestino, é fundamental preveni-lo. Com alguns ajustes de hábitos e estilo de vida, você pode prevenir este e vários outros cânceres, além de outras doenças. 

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As principais formas de prevenção são essas: 

  • Pratique exercícios físicos diariamente, pelo menos 25 a 30 minutos por dia. 
  • Não fume.
  • Não consuma bebidas alcoólicas, ou faça-o com moderação. Estudos indicam que o consumo de mais de 30 gramas de etanol por dia, que é o equivalente a duas doses de bebidas alcoólicas, aumenta os riscos de desenvolvimento de câncer. 
  • Evite comer carnes embutidas, como salsicha e linguiça, e defumados, como salame, mortadela, presunto e calabresa. Evite também os enlatados, de modo geral. 
  • Não consuma mais do que 500 gramas de carne vermelha cozida por semana.
  • Mantenha uma dieta rica em fibras, ou seja, consuma verduras, legumes, frutas, cereais e grãos integrais.
  • Reduza o consumo de alimentos industrializados, que são repletos de açúcar, sódio, corante, conservante e outros aditivos químicos. 
  • Controle seu peso corporal, mais especificamente, seu índice de gordura corporal. 
  • Trate seus pólipos no intestino, se tiver. 
  • Faça exames de rastreamento do câncer, se tiver histórico familiar ou mais de 45 anos de idade. 

O exame padrão-ouro é a colonoscopia, que deve ser repetida a cada 5 anos após os 45 anos de idade, se não forem encontrados pólipos. Caso algum pólipo seja detectado, é preciso removê-lo e repetir o exame anualmente.

Geralmente, o exame de sangue oculto nas fezes é solicitado em check-ups de rotina, permitindo a detecção de sangue nas fezes, mesmo que esteja em pequenas quantidades. Se for constatada a presença de sangue nas fezes, daí a pessoa é submetida ao exame de colonoscopia. 

Fontes e referências adicionais

Você está apresentando algum dos sinais de alerta descritos neste artigo? Está planejando marcar uma consulta para ter seu caso avaliado? O que você pretende mudar no seu dia a dia, para se prevenir contra o câncer de intestino? Comente abaixo!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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