O suor excessivo pode afetar todo o corpo ou uma área específica, como a cabeça. O termo técnico para o problema é hiperidrose. Quando a hiperidrose não ocorre como sintoma de alguma doença, ela é dita hiperidrose primária. Neste caso, o suor é considerado excessivo, porque ultrapassa a necessidade fisiológica do corpo de se resfriar.
O suor é um mecanismo natural de resfriamento do corpo, por isso suamos mais em dias quentes ou quando fazemos alguma atividade mais intensa, que eleva a temperatura corporal. É através do suor que o nosso corpo consegue regular a temperatura, para que fique sempre em torno de 36ºC.
A cabeça está entre as partes do corpo com mais glândulas sudoríparas, aquelas que produzem e liberam o suor. Além da cabeça, as axilas, as palmas das mãos e as plantas dos pés também têm bastantes glândulas sudoríparas. O que determina se o suor excessivo ocorrerá na cabeça ou em outra parte do corpo tem uma significativa influência genética.
O problema do suor excessivo na cabeça é que ele pode causar constrangimento social, pois é bastante evidente e deixa manchas nas roupas. O problema pode afetar o couro cabeludo, a nuca, o pescoço, a testa e a face. Suar excessivamente na cabeça é muito desconfortável e pode atrapalhar no dia a dia, principalmente na manutenção do penteado e da maquiagem.
Veja mais detalhes sobre o suor excessivo na cabeça, as causas relacionadas e os tratamentos disponíveis.
Causas do suor excessivo na cabeça
Já vimos que a hiperidrose primária não possui uma causa, ou seja, não é sintoma de alguma doença, nem uma resposta à alta temperatura ou atividade física. Simplesmente, algumas pessoas transpiram mais pela cabeça, problema que começa, normalmente, na puberdade.
O suor excessivo na cabeça pode ocorrer mesmo em repouso e na ausência de estímulos estressantes, é o caso da hiperidrose durante o sono, que impacta negativamente na qualidade do sono. Geralmente, as pessoas descobrem o problema pelos vestígios de suor no travesseiro e na roupa de cama.
A hiperidrose também pode ser secundária, quando é sintoma de alguma doença, o que é menos comum. Por isso, no momento do diagnóstico, o médico ou médica dermatologista pode solicitar alguns exames específicos das doenças que têm o suor excessivo como sintoma, entre elas a diabetes e o hipertireoidismo.
A causa secundária do suor excessivo nem sempre é uma doença, existem alguns fatores desencadeadores da hiperidrose:
- Menopausa
- Consumo excessivo de álcool e cigarro
- Alguns medicamentos
- Consumo excessivo de alimentos muito calóricos e industrializados
- Sobrepeso e obesidade
- Problemas psicoemocionais: transtorno de ansiedade, síndrome do pânico, estresse e fobia.
Se você sofre com o suor excessivo na cabeça, procure um médico ou médica dermatologista, para o diagnóstico clínico. Por meio de uma conversa com você, o profissional levantará algumas hipóteses sobre o que pode ser a causa do suor excessivo na cabeça e, se suspeitar de alguma doença, te encaminhará para alguns exames.
Depois dessa avaliação, o melhor tratamento será indicado para o seu caso.
Tratamentos para o suor excessivo na cabeça
O tratamento da hiperidrose pode ser feito com medicamentos orais ou tópicos, que inibem a estimulação das glândulas sudoríparas, bloqueando a produção de suor.
Por exemplo, o Drysol®, um antitranspirante com cloreto de alumínio, o nitrato de prata, eficiente contra o odor corporal, e o glicopirrolato, um anticolinérgico oral.
Porém, esses medicamentos podem causar efeitos colaterais. No caso do cloreto de alumínio, algumas pessoas podem desenvolver reação alérgica, impedindo seu uso a longo prazo. O glicopirrolato tem como efeito colateral a boca seca e não é recomendado para gestantes e pessoas com problemas oculares (glaucoma), intestinais e urológicos.
Outra possibilidade de tratamento é a injeção de toxina botulínica no local onde o suor excessivo é mais intenso. A toxina botulínica paralisa os nervos associados às glândulas sudoríparas, inibindo a sua ação na liberação de suor.
O efeito de diminuição do suor começa a ser notado em cerca de 48 horas após a aplicação e pode durar de 6 meses a 1 ano. Após esse período, são necessárias novas aplicações, para manutenção do tratamento.
Como amenizar o suor excessivo na cabeça
Em casos de sobrepeso e obesidade, a perda de peso pode ajudar a diminuir o problema de suor excessivo na cabeça. Iniciar um plano de reeducação alimentar irá te ajudar a eliminar o sobrepeso e a reduzir a sobrecarga de seu sistema digestivo, ao limitar o consumo de alimentos gordurosos e picantes para poucas ocasiões.
Além das mudanças dos hábitos alimentares, não se esqueça de beber bastante água. Em dias quentes, use roupas frescas e mantenha os ambientes bem ventilados.
Evite usar muitas camadas de produtos cosméticos na pele, como base corretiva, pó, cremes, spray no cabelo, pois obstruem os poros. Prefira maquiagens mais leves e deixe os cabelos presos, de forma a deixar o pescoço, a testa e a nuca livres.
Se a causa do suor excessivo na cabeça for uma diabetes descompensada, é importante fazer o tratamento para controlá-la. Da mesma forma, outros problemas de saúde, como o hipertireoidismo, requerem diagnóstico e tratamento médicos. Ao tratar as causas patológicas, o suor excessivo na cabeça é controlado.
O controle do estresse e a psicoterapia podem ajudar a gerir as questões psicoemocionais associadas ao suor excessivo na cabeça, sendo bons aliados do tratamento.
Mulheres que estão na menopausa também podem procurar um especialista, para avaliar a necessidade de tratamento à base de hormônios.
Fontes e referências adicionais
- Hiperidrose, Hospital Israelita Albert Einstein
- Hyperhidrosis, Cleveland Clinic
Fontes e referências adicionais
- Hiperidrose, Hospital Israelita Albert Einstein
- Hyperhidrosis, Cleveland Clinic