Piroxicam: para que serve, como tomar e efeitos colaterais

O piroxicam é um medicamento anti-inflamatório que pode ser usado para tratar a dor de cólicas menstruais, artrite reumatoide, artrose e gota.

Este é um remédio que também pode ser encontrado sob os nomes comerciais de Feldene® e Floxicam®, em farmácias e drogarias.

Ele é vendido na forma de cápsulas, comprimidos, supositórios e em injeção, para administração intramuscular que deve ser feita por um/uma profissional da saúde.

Veja a seguir para que serve o piroxicam, como tomar o medicamento, quem não pode usá-lo e quais são os possíveis efeitos colaterais desse fármaco.

Piroxicam: O que é?

O piroxicam faz parte do grupo dos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), ou seja, ele é um medicamento que não é derivado de hormônios e que bloqueia a inflamação.

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O remédio também apresenta ação analgésica (que reduz ou elimina a dor) e antitérmica (que diminui a febre). Você pode notar o seu efeito uma hora após a administração.

Piroxicam: Para que serve

Artrite — A artrite remautoide é uma das principais indicações do medicamento

Como o piroxicam é um anti-inflamatório não esteroide, ele pode ser usado para tratar diversas condições que necessitem de uma ação anti-inflamatória e/ou analgésica.

Com isso, o medicamento pode ser indicado para aliviar a inflamação e a dor associada a condições clínicas como:

Artrite reumatoide (inflamação crônica das articulações ou “juntas”, causada por uma reação autoimune, situação em que o sistema de defesa agride por engano o próprio corpo), veja quais são os tipos de artrite e como tratar
Osteoartrite (artrose), entenda a diferença entre artrite e artrose
Espondilite anquilosante (artrite da coluna vertebral que leva a um processo de rigidez)
Distúrbios musculoesqueléticos agudos (que afetam músculos, tendões ou ligamentos)
Crise aguda de gota, confira os sintomas
Dor pós-operatória e pós-traumática
Cólica menstrual (dismenorreia primária) em pacientes maiores de 12 anos.

O piroxicam injetável pode ser usado no início do tratamento de doenças crônicas e durante períodos de crise aguda dessas doenças, quando há manifestação de sintomas.

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Quem não pode tomar o piroxicam

O piroxicam é contraindicado para pacientes com histórico de úlceras gastrointestinais, perfurações e sangramentos no sistema gastrointestinal e para pacientes com úlcera péptica ativa (ferida atual no estômago e/ou na parte inicial do intestino). Veja quais são os sintomas de úlcera no estômago e como tratar.

O piroxicam também não deve ser usado por quem tem alergia à substância ou a outro componente da fórmula.

Existe a possibilidade de que uma pessoa que já apresentou ou possui alergia ao ácido acetilsalicílico ou a outro anti-inflamatório não esteroidal também manifeste alergia ao piroxicam.

O remédio é contraindicado para quem estiver usando ácido acetilsalicílico ou outro anti-inflamatório não hormonal e desenvolveu sintomas de asma, pólipo nasal (massa de tecido mucoso dentro do nariz), angioedema (inchaço das partes mais profundas da pele ou da mucosa, geralmente de origem alérgica) ou urticária (alergia da pele).

O piroxicam não deve ser usado para tratar a dor de pacientes que estão no período perioperatório, que envolve o pré-operatório, operatório e pós-operatório, da cirurgia de revascularização do miocárdio, mais conhecida como ponte de safena.

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Pessoas com insuficiência renal, hepática e cardíaca graves também não devem usar o piroxicam para tratar uma inflamação ou dor.

O piroxicam em comprimido, cápsula e injetável não deve ser usado por crianças abaixo dos 12 anos de idade.

Além disso,o piroxicam em supositório não deve ser usado por pacientes que tiveram ou estão com algum sangramento anal ou retal.

Para a mulher que está amamentando ou pretende amamentar, não é recomendado usar piroxicam, já que ele é excretado pelo leite e a segurança do medicamento em crianças amamentadas não é conhecida.

O remédio não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. As mulheres grávidas que usam o piroxicam devem ser cuidadosamente monitoradas quanto ao volume de líquido amniótico.

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Alguns estudos sugerem que o uso do piroxicam pode aumentar o risco de aborto espontâneo no início da gravidez e recomenda-se evitar o medicamento durante o terceiro trimestre da gestação.

Como tomar o piroxicam

Cada cápsula dura de piroxicam contém o equivalente a 20 mg do princípio ativo e deve ser engolida inteira, com um pouco de água.

A dose máxima diária deve obedecer a recomendação médica, que levará em conta a sua condição de saúde e necessidade.

Caso você tenha efeitos colaterais, converse com o seu médico ou médica para reduzir a dosagem para a menor dose eficaz e faça o uso do medicamento durante o menor tempo possível.

Como outros anti-inflamatórios, a utilização do piroxicam não deve exceder 14 dias para o tratamento em condições agudas.

As doses recomendadas para o tratamento dos problemas de saúde mencionados são as seguintes, de acordo com a bula do medicamento:

Para artrite reumatoide, osteoartrite e espondilite anquilosante: 20 mg apenas uma vez ao dia (dose única).
Para crise de gota aguda: A terapia é iniciada com uma única dose de 40 mg ao dia, seguida nos próximos quatro a seis dias por 40 mg/dia em dose única ou fracionada. É importante frisar que o piroxicam não é a primeira linha de tratamento escolhida para a gota aguda quando um AINE é indicado e não deve ser usado em pacientes com maior risco de ter problemas gastrointestinais. Além disso, o piroxicam não é indicado para o tratamento prolongado da gota.
Para tratar distúrbios musculoesqueléticos agudos: O piroxicam não deve ser usado como tratamento de primeira escolha dos distúrbios musculoesqueléticos agudos quando um AINE é indicado e não deve ser administrado a pacientes com maior risco de desenvolver problemas gastrointestinais. A terapia começa com 40 mg ao dia, nos primeiros dois dias, em dose única ou fracionada. Para os sete a 14 dias restantes, a dose deve ser reduzida para 20 mg ao dia.
Para tratar dor pós-traumática ou pós-operatória aguda: 20 mg/dia em dose única.
Para tratar cólicas menstruais: Não deve ser usado como tratamento de primeira escolha quando um AINE é indicado e é contraindicado para pacientes com maior risco de ter problemas gastrointestinais. Assim que surgirem os sintomas, recomenda-se iniciar com 40 mg em dose única diária nos dois primeiros dias e, se necessário, 20 mg/dia em dose única diária por mais de um ou até três dias..

Caso você esqueça de tomar uma dose do medicamento, ingira o remédio assim que se lembrar. Porém se já estiver próximo ao horário da outra dose, apenas pule a dose esquecida e tome a seguinte.

O piroxicam injetável é recomendado apenas para a fase inicial do tratamento de doenças crônicas, depois disso o tratamento deve seguir com administração por via oral. A dose diária máxima do piroxicam injetável é exatamente a mesma daquela por via oral.

A dose diária máxima do piroxicam em supositório também é idêntica da dose indicada por via oral.

Possíveis efeitos colaterais do piroxicam

Em geral, o piroxicam é bem tolerado e não interfere no tratamento padrão das doenças. Mas, algumas pessoas podem ter efeitos gastrointestinais adversos.

As reações adversas comuns do medicamento, que ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes, são as seguintes:

Anorexia (falta de apetite)
Dor de cabeça
Tontura
Sonolência
Vertigem (tontura)
Tinido (zumbido no ouvido)
Desconforto epigástrico (sensação de queimação ou de peso que pode aparecer após ingerir alimentos)
Náusea (enjoo)
Constipação (prisão de ventre)
Desconforto abdominal
Flatulência (excesso de gases no estômago ou intestinos)
Dor abdominal
Diarreia
Vômito
Indigestão
Erupção cutânea (lesão na pele)
Prurido (coceira)
Edema (inchaço, principalmente no tornozelo)
Elevações reversíveis de nitrogênio da ureia (substâncias encontradas na urina) sanguínea
Diminuição na hemoglobina e no hematócrito (exame que fornece uma estimativa do número de glóbulos vermelhos no sangue) sem associação evidente com sangramento gastrintestinal
Aumento dos níveis de transaminase (enzima presente nas células do fígado)
Aumento de peso

Para conferir a lista completa de possíveis efeitos colaterais de piroxicam, acesse a bula do medicamento.

Interações medicamentosas do piroxicam

O piroxicam não deve ser usado juntamente com o ácido acetilsalicílico e nem com outro anti-inflamatório não esteroide, devido ao risco aumentado de reações adversas.

Além disso, o piroxicam interfere no efeito antiplaquetário do ácido acetilsalicílico na prevenção de doenças cardiovasculares.

Caso uma pessoa que faça tratamento contínuo com anticoagulante precise usar piroxicam ou outro anti-inflamatório, ela deve ser acompanhada pelo médico ou médica, visto que os anti-inflamatórios reduzem a agregação plaquetária, logo aumentam o tempo de sangramento.

Quem estiver utilizando outro remédio além dos citados também deve consultar o médico para saber se não faz mal tomar o medicamento em questão ao mesmo tempo em que usa piroxicam.