Bolinhas no corpo: 7 principais causas e o que fazer

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Quando bolinhas aparecem no corpo, podemos até desconfiar de algumas causas mais comuns, mas dependendo da situação, pode surgir a preocupação se elas podem indicar algum problema mais grave.

Por exemplo, as bolinhas no corpo podem ser causadas por diversos fatores, como queratose pilar, espinhas, foliculite, alergia na pele ou intolerância ao glúten. 

Essas bolinhas podem variar em tamanho, cor e textura, e podem vir acompanhadas de sintomas como coceira, dor, inflamação ou sintomas gastrointestinais, no caso da intolerância ao glúten.

Caso você note bolinhas na sua pele, é essencial consultar um dermatologista para avaliar as características das bolinhas, o local onde se encontram e se aparecem ao lado de outros sintomas. A partir disso, será possível concluir um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento mais adequado.

Cada causa de bolinhas no corpo requer uma abordagem específica, que pode envolver o uso de cremes tópicos, medicamentos orais ou até mesmo mudanças na dieta.

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Se o aparecimento das bolinhas estiver relacionado à intolerância ao glúten, por exemplo, uma dieta sem glúten pode ser necessária para tratar o problema.

Além disso, é importante lembrar que as bolinhas no corpo podem surgir em qualquer pessoa, seja adulto ou criança. 

Você já teve bolinhas incomodando no seu corpo? Veja aqui quais são suas principais causas e o que fazer em cada uma delas. 

Principais causas

Existem diversas razões pelas quais as bolinhas podem surgir no corpo, sendo as principais:

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1. Espinhas e cravos

Espinhas e cravos são problemas de pele que afetam muitas pessoas, especialmente adolescentes e jovens, e podem surgir devido ao excesso de óleo, sujeira e células mortas que obstruem os poros.

Essas condições podem se apresentar como bolinhas avermelhadas, pequenas bolinhas pretas ou amarelas, e podem causar vermelhidão, inchaço, coceira e dor.

Acne no corpo
Apesar do rosto ser o alvo mais comum da acne, espinhas e cravos também podem surgir pelo corpo

Como tratar

Para o tratamento de espinhas e cravos, é importante que você adote uma rotina de cuidados com a pele, incluindo a limpeza diária com produtos apropriados para peles oleosas ou propensas a acne. 

Produtos tópicos contendo retinoides, ácido salicílico ou peróxido de benzoíla também são eficazes no tratamento dessas condições, ajudando a desobstruir os poros e reduzir a inflamação. 

Em casos mais graves, medicamentos orais, como antibióticos ou isotretinoína, podem ser prescritos por um dermatologista.

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Além disso, é importante evitar o uso de produtos oleosos ou comedogênicos (capazes de entupir os poros), que podem agravar o problema.

Resistir à vontade de espremer as espinhas e cravos também é fundamental, já que essa prática pode causar cicatrizes e danificar ainda mais a pele.

Em relação aos cravos, uma opção para removê-los é o uso de comedões, instrumentos próprios para a extração dessas pequenas bolinhas.

Porém, é importante que você procure um profissional qualificado para realizar esse procedimento e evitar complicações.

Lembre-se de que o tratamento para espinhas e cravos pode levar tempo e é importante ter paciência e disciplina para seguir as recomendações do dermatologista.

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Em alguns casos, pode ser necessário realizar tratamentos adicionais, como peelings químicos ou laser, para reduzir as cicatrizes e melhorar a aparência da pele.

Peelings químicos são procedimentos estéticos em que são aplicadas substâncias químicas na pele para remover camadas danificadas e promover a regeneração celular.

2. Queratose pilar

A queratose pilar é uma condição comum da pele, caracterizada pela presença de pequenas bolinhas ou manchas ásperas, que geralmente aparecem nos braços, coxas, nádegas e bochechas.

Essa condição é causada pelo acúmulo de queratina, uma proteína presente na pele, que obstrui os folículos pilosos e causa a formação das bolinhas.

A queratose pilar é uma condição genética, e não tem cura, mas pode ser tratada para reduzir os sintomas.

Os sintomas da queratose pilar incluem bolinhas ásperas, avermelhadas ou da cor da pele, que podem causar coceira ou irritação. 

Elas tendem a aparecer com mais frequência no verão, devido ao suor e ao uso de roupas apertadas. A condição pode piorar em épocas de clima seco ou frio, e pode ser agravada pela falta de hidratação adequada da pele.

Quando não tratada, as bolinhas podem inflamar, caso a pessoa fique mexendo com as mãos sujas, e levar ao escurecimento de algumas regiões da pele.

Como tratar

O tratamento para a queratose pilar pode incluir o uso de cremes tópicos com ácido salicílico, ureia ou ácido láctico, que ajudam a amaciar a pele e a reduzir a inflamação.

No entanto, é importante evitar fazer esfoliações, pois elas podem agravar o quadro.

Caso a queratose pilar esteja incomodando, é recomendado consultar um dermatologista para receber a prescrição de tratamentos mais intensivos, como laser ou peeling de cristal.

O peeling de cristal é um tratamento estético que utiliza um aparelho com ponteira de cristal para remover as camadas superficiais da pele, promovendo renovação celular e melhorando sua aparência. 

É importante lembrar que a queratose pilar não é uma condição grave, mas pode afetar a autoestima das pessoas.

Portanto, é importante buscar tratamento para controlar os sintomas e se sentir mais confortável com a aparência da pele.

3. Herpes zóster

O herpes zóster é uma infecção viral que ocorre quando o vírus da catapora se reativa no corpo, causando sintomas como dor intensa, formigamento e coceira na área afetada, seguida por bolinhas vermelhas que evoluem para bolhas dolorosas. Além disso, podem ocorrer outros sintomas, como febre, dores de cabeça e mal-estar.

Como tratar

O tratamento do herpes zóster é feito com medicamentos antivirais para controlar a infecção, e analgésicos para aliviar a dor. 

Você deve procurar um médico assim que os primeiros sintomas aparecerem, para que o diagnóstico seja feito corretamente e o tratamento seja iniciado o mais rápido possível.

Além dos medicamentos, é importante cuidar bem da pele para prevenir infecções secundárias. 

É recomendado manter a área afetada limpa e seca, usar roupas soltas e confortáveis para evitar irritações na pele e aplicar compressas úmidas e frias nas bolhas para aliviar a coceira e a dor.

Em alguns casos, o herpes zóster pode levar a complicações, como dor crônica, infecção bacteriana na pele ou nos olhos e perda de audição ou visão.

Por isso, é importante buscar atendimento médico imediatamente se você notar qualquer sintoma incomum ou se as bolhas se espalharem para outras áreas do corpo.

4. Alergia na pele

A alergia na pele é uma reação do sistema imunológico a substâncias estranhas ao corpo, que pode causar diversos sintomas, como coceira, vermelhidão, inchaço, bolinhas e descamação na pele. 

Para tratar a alergia na pele, é importante que você consulte um médico para identificar a causa da alergia e prescrever o tratamento mais adequado.

Alergia na pele
As bolinhas no corpo são características de casos de alergia, acompanhadas da coceira

Como tratar

O tratamento da alergia na pele pode incluir o uso de medicamentos tópicos, como pomadas com corticoides para aliviar a coceira e a inflamação. Além disso, podem ser prescritos medicamentos orais, como antialérgicos e corticoides.

Outro cuidado importante é evitar o contato com as substâncias que desencadeiam a alergia e manter a pele hidratada e saudável.

Recomenda-se ainda manter a pele limpa e hidratada, usar roupas leves e confortáveis e evitar o uso de produtos químicos agressivos na pele. 

Para quem tem histórico de alergias, é importante buscar orientação médica para prevenir novas reações alérgicas.

Ao perceber qualquer sinal de alergia na pele, como coceira ou vermelhidão, é importante que você não ignore e busque ajuda médica o mais rápido possível para evitar o agravamento do quadro e garantir o tratamento adequado. Lembra-se que cada caso é único e requer atenção individualizada.

5. Intolerância ao glúten

A intolerância ao glúten é uma condição em que o corpo não consegue digerir adequadamente o glúten, que é um grupo de proteínas encontrado em cereais como trigo, cevada e centeio.

Os principais sintomas incluem dores abdominais, diarreia, inchaço, gases, fadiga e dermatite, que é uma alteração de pele com bolinhas no corpo que coçam bastante.

Como tratar

Se você suspeita que tem intolerância ao glúten, procure atendimento médico para receber um diagnóstico preciso. Em alguns casos, pode ser necessário realizar exames de sangue e biópsias do intestino para confirmar a condição. 

A intolerância ao glúten é uma condição crônica e não tem cura. O controle da dieta é a melhor forma de prevenir os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Para o tratamento da intolerância ao glúten, é essencial adotar uma dieta sem glúten, evitando alimentos que contenham a proteína. Por isso, é importante verificar sempre os rótulos dos alimentos e escolher opções seguras para consumo. 

Você pode encontrar uma variedade de alimentos sem glúten, como pães, massas, bolos e biscoitos em supermercados especializados e lojas de produtos naturais.

Porém, como não costuma ser fácil sair de uma dieta normal para uma dieta sem glúten, é fundamental contar com orientação médica e nutricional para receber a indicação de uma alimentação equilibrada e segura. Além disso, podem ser prescritos suplementos vitamínicos para prevenir a desnutrição.

Se você tem intolerância ao glúten e apresenta sintomas de dermatite, o médico pode indicar o uso de pomadas ou cremes no local das bolhas para aliviar os sintomas. 

6. Foliculite

A foliculite é uma condição de pele que pode ocorrer quando os folículos pilosos ficam inflamados ou infectados por bactérias, fungos ou vírus, resultando em pequenas espinhas, inchaço, vermelhidão e coceira na pele ao redor dos folículos pilosos em áreas como braços, virilhas, pescoço, barba, nádegas, pernas e axilas. 

Além disso, a foliculite pode causar sensibilidade na área afetada, além de descamação e crostas.

A depilação com lâmina e os pelos encravados estão associados à foliculite, assim como o uso de roupas muito apertadas que roçam na pele e dificultam o crescimento do pelo.

Como tratar

Para tratar a foliculite, é necessário identificar a origem da causa. Em casos leves, a foliculite pode desaparecer sozinha sem a necessidade de tratamento. 

No entanto, em casos mais graves, é importante buscar a ajuda de um dermatologista para receber a prescrição de medicamentos tópicos, como cremes ou pomadas antibióticas e antifúngicas, além de medicamentos orais em casos mais graves.

Além disso, recomenda-se esfoliar a pele com frequência, principalmente antes de fazer a depilação, e sempre usar roupas mais largas que não fiquem muito justas ao corpo. 

Para prevenir a foliculite, você deve adotar boas práticas de higiene pessoal, como tomar banho regularmente, usar roupas limpas e respiráveis ​​e evitar o compartilhamento de toalhas e outros itens de higiene pessoal. 

Além disso, evite coçar ou espremer as bolinhas, pois isso pode piorar a inflamação e causar infecções secundárias. Cuide da sua pele, usando produtos de limpeza suaves e evitando o uso excessivo de produtos químicos.

Se você notar a presença de bolinhas ou inchaço na pele, procure a orientação médica para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

7. Psoríase

A psoríase é uma condição crônica da pele, que causa inflamação e descamação, afetando cerca de 2% da população mundial. 

Os principais sintomas incluem manchas avermelhadas ou acinzentadas na pele, com escamas brancas ou prateadas. A psoríase pode ocorrer em qualquer parte do corpo, incluindo o couro cabeludo, cotovelos, joelhos e região lombar.

Psoríase
A psoríase é uma condição que pode ser um pouco mais grave, provocando descamação da pele

Como tratar

O tratamento da psoríase depende da gravidade da condição. Para casos leves a moderados, pode ser recomendado o uso de cremes ou pomadas contendo corticoides ou outros medicamentos tópicos para reduzir a inflamação e a descamação. 

Em casos mais graves, podem ser prescritos medicamentos orais ou injetáveis, como imunossupressores, retinoides e biológicos.

Além do tratamento medicamentoso, é importante cuidar da pele e adotar hábitos saudáveis ​​para prevenir que a condição se agrave.

Manter a pele hidratada, evitar produtos químicos agressivos, proteger a pele da exposição solar e evitar o estresse são algumas das medidas que o paciente pode adotar para ajudar no controle da psoríase.

Além disso, é importante lembrar que a psoríase é uma condição crônica e não tem cura. O controle dos sintomas é o objetivo do tratamento, e a adoção de um estilo de vida saudável é fundamental para prevenir as complicações associadas à psoríase, como a artrite psoriásica.

Se você apresentar sintomas de psoríase, é importante procurar um dermatologista para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.

Fontes e referências adicionais

Você já conhecia algumas dessas condições que causam bolinhas no corpo? Quais dessas condições mais chamaram sua atenção? Planeja iniciar algum tipo de tratamento? Comente abaixo! 

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Sobre Dra. Alessandra Drummond

Dra. Alessandra Drummond é médica dermatologista, graduada em medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pós graduada em dermatologia no Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay. Felowship no Hospital Arcispedale Santa Maria Nueva, Reggio Emília, Itália. Para mais informações, entre em contato com ela no seu site.

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