Dicas para aumentar a imunidade após os 50 anos

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Se ter uma imunidade forte é fundamental em qualquer momento, quando o mundo enfrenta a pandemia do novo coronavírus isso se torna ainda mais necessário.

Se você já passou com 50 e deseja saber o que pode fazer para aumentar a imunidade, saiba que essas dicas são para você. Já se você não faz parte dessa faixa etária, pode compartilhar as informações com alguém da sua família que tenha essa idade.

Rodear-se de estratégias para aumentar a imunidade especificamente após os 50 anos é importante porque, quanto mais os anos passam, mais fraco o sistema imunológico fica. Consequentemente, mais suscetível a vírus, doenças e infecções o organismo se torna.

Mas o que pode ajudar a aumentar a imunidade quando já se passou dos 50 anos? É justamente isso o que vamos aprender na lista a seguir:

1. Manter a vacinação em dia

Quando se fala em vacinação, a maioria das pessoas pensa nos bebês e nas crianças, mas os idosos também precisam ter um acompanhamento médico em relação às vacinas.

Isso porque existe um calendário de vacinação próprio para que os idosos recebam imunização contra uma série de doenças.

Conforme a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), o calendário de vacinação do idoso é composto pelas seguintes vacinas:

  • Da influenza (gripe);
  • Das pneumocócicas;
  • Da herpes zóter (cobreiro);
  • Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche);
  • Dupla adulto (difteria e tétano);
  • Das hepatites A e B;
  • Da febre amarela;
  • Das meningocócicas conjugadas;
  • Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).

Embora ainda não exista uma vacina contra a COVID-19, em um contexto de pandemia, a proteção contra outras doenças que podem enfraquecer o organismo de alguma maneira já é algo importante.

2. Ter uma dieta saudável

Idosos de dieta

É seguir uma dieta balanceada, saudável, controlada e nutritiva, com muitas frutas, legumes, verduras, grãos e sementes integrais. Além disso, proteínas de alto valor biológico, carboidratos saudáveis, gorduras boas e outros alimentos bons para a imunidade.

Ao mesmo tempo, consumir o mínimo possível de produtos industrializados e ultraprocessados, como os congelados e os produtos comprados prontos.

Pessoas com mais de 50 anos podem ter problemas de saúde que exigem cuidados específicos com a dieta, como diabetes, pressão alta ou doenças cardiovasculares. Assim, é importante voltar a alimentação também para o controle da doença em questão.

O problema é que quem já passou dos 50 anos, especialmente aqueles que moram sozinhos, podem ficar com preguiça ou muito cansaço para preparar refeições completas todos os dias.

Como resultado, acabam optando por petiscar e comer lanches em vez de consumir comida de verdade.

Então, o que fazer? Algo que ajuda é tirar dia da semana para preparar refeições saudáveis e nutritivas para toda a semana, separá-las em potes individuais e colocar para congelar. Assim, quando chegar a hora de comer, bastará retirar o pote do congelador e esquentar.

3. Manter-se ativo na medida do possível

É lógico que uma pessoa que já passou dos 50 anos ou já se encontra na terceira idade pode não dar conta de treinar na mesma intensidade elevada que um jovem. Ou de fazer os mesmos exercícios difíceis que alguém mais novo dá conta.

Principalmente se tiver algum problema físico no joelho ou coluna, por exemplo. Mas é importante manter-se ativo na medida do possível.

Até porque um estudo apontou que a inatividade decorrida do envelhecimento pode ser responsável por doenças e lesões em idosos. A boa notícia é que existem treinamentos voltados para pessoas mais velhas, como os exercícios funcionais para idosos.

Se você já passou dos 50 anos, entre em contato com o seu médico para encontrar um tipo de exercício seguro para você fazer em casa, que não te exponha ao risco de lesões.

É importante manter-se ativo em tempos de coronavírus, mas frequentar uma academia não é aconselhável devido ao risco de exposição ao vírus. Principalmente para os idosos, que fazem parte do grupo de risco da COVID-19.

4. Dormir bem

Quanto mais idade uma pessoa tem, menor é o sono e, para algumas pessoas, mais difícil se torna pegar no sono e manter-se dormindo. Assim, algumas pessoas mais velhas podem acordar automaticamente bem cedo.

Há ainda aqueles que acordam de madrugada para fazer xixi e quando retornam para a cama, não conseguem pegar no sono novamente.

No entanto, dormir bem é importante para a imunidade, motivo pelo qual existe uma relação entre a qualidade do sono e o surto de coronavírus.

Já passou dos 50 anos e não consegue dormir tão bem e por tanto tempo quanto antes? Então conheça dicas para dormir bem.

Se nada der certo, entre em contato com o seu médico para saber o mais pode fazer para dormir melhor. A consulta também servirá para verificar se a dificuldade para dormir não pode ser sintoma de algum problema de saúde que requer tratamento.

5. Manter um peso saudável

Idosos fit

Pessoas com sobrepeso e obesidade apresentam maiores riscos de desenvolver doenças crônicas degenerativas como diabetes e pressão alta. Essas podem prejudicar o bom funcionamento do sistema imunológico.

As doenças crônicas também colocam uma pessoa no grupo de risco da COVID-19 e cientistas apontaram que estar acima do peso aumenta o risco de complicações pelo novo coronavírus.

6. Parar de fumar e parar de consumir bebidas alcoólicas

O cigarro contém substâncias péssimas para o bom funcionamento do organismo, piora o funcionamento dos pulmões e pode favorecer o desenvolvimento de câncer. Além disso, um estudo demonstrou que o novo coronavírus é especialmente perigoso para os fumantes.

Quanto ao álcool, a ingestão de bebidas alcoólicas têm relação com a piora do sistema imunológico. O álcool é uma toxina (substância prejudicial ao organismo) que o fígado precisa metabolizar para que o corpo a excrete.

Um subproduto desse processo de excreção do álcool é extremamente prejudicial para o sistema imunológico. Mas os prejuízos ao sistema imunológico não estão associados somente ao consumo crônico, ou seja, mais regular, repetido e consistente de bebidas alcoólicas.

Ingerir álcool de vez em quando, mas em grandes quantidades por vez, no consumo agudo, também faz mal para o sistema imunológico.

Entenda melhor como as bebidas alcoólicas afetam a imunidade e aumentam o risco de contrair o novo coronavírus.

E se você tem bebido para passar o tempo ou relaxar enquanto fica em casa para se proteger da COVID-19, fique atento aos sinais que indicam que a sua relação com o álcool se tornou problemática durante a pandemia.

7. Cuidar da depressão

Sabe-se que a depressão e a tristeza exercem um impacto negativo em relação ao sistema imunológico.

Portanto, quem já passou dos 50 anos e já tinha um quadro de depressão diagnosticado antes da pandemia, não deve abandonar o tratamento por conta da necessidade de ficar em casa.

O paciente precisa conversar com psicólogo ou psiquiatra para saber como dar continuidade ao tratamento de maneira segura.

Já aqueles que não têm um problema de saúde mental podem ficar mais deprimidos e tristes devido à pandemia e ao isolamento que ela exige.

Algo que pode fazer se sentir melhor é realizar que anima. Por exemplo: ligar para os filhos e netos e fazer algum hobby em casa que ajude a distrair, como palavras cruzadas, bordar, assistir à novela ou jogar cartas.

Se ainda assim, a sensação de tristeza e o sentimento deprimido persistirem, valerá a pena ligar para um psicólogo e buscar orientação.

Aos mais jovens, cabe ficar de olho em seus pais e avós ou sempre ligar para eles ou fazer chamadas de vídeo caso não morem na mesma casa. Isso certamente os ajudará a se sentirem melhor.

Não deixe de conferir também o vídeo em que nossa nutricionista traz mais detalhes sobre as dicas e cuidados para aumentar a imunidade após os 50:

Fontes e Referências Adicionais

Conhece alguém que já passou dos 50? Vai dar essas dicas para a pessoa? Conte para nós nos comentários!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.