7 tipos de remédios para dor na coluna lombar (lombalgia)

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Os remédios usados para aliviar a dor na coluna lombar são, geralmente, os analgésicos, os relaxantes musculares e os anti-inflamatórios não esteroides. É provável que você tenha pelo menos um medicamento de cada tipo em sua caixa de remédios, porque eles são muito úteis no alívio de dores leves e moderadas. 

Situações corriqueiras podem levar a um quadro agudo de dor lombar, como um mau jeito na coluna, má postura no trabalho ou algum exercício físico feito de maneira incorreta. Nesses casos, os remédios de venda livre podem facilmente solucionar o problema. 

Já nos casos de lombalgia crônica, que são quadros recorrentes de dor aguda na coluna lombar, o tratamento deve ser orientado por um médico ou médica ortopedista, pois envolve o uso de remédios de outras classes, como benzodiazepínicos, antidepressivos tricíclicos e corticóides por via oral ou injetável. 

Mesmo nos casos de dor leve e moderada na coluna lombar, é importante contar com a orientação de um médico ou médica, para indicar o tempo de uso e a dose adequada. 

Veja quais são os principais tipos de remédios usados no tratamento da dor na coluna lombar.

Analgésicos

Analgésico
Os analgésicos atuam na redução das dores lombares

Os medicamentos analgésicos são compostos de substâncias que atuam no alívio da dor, sendo os representantes mais comuns a dipirona e o paracetamol. Esses são analgésicos de venda livre que resolvem a maioria dos casos de dor na coluna lombar. 

Dores moderadas a intensas, que estão mais associadas ao pós-cirúrgico, traumas e doenças, como o câncer ou processos degenerativos na coluna (artrose na coluna), são tratadas com analgésicos mais fortes, os opioides, cujo medicamento de referência é a morfina.  

Os analgésicos opioides são usados, então, em casos de dor crônica na coluna lombar, podendo ter suas doses aumentadas, quando a pessoa desenvolve tolerância a uma determinada dose. 

Deve-se ter bastante cuidado ao usar os analgésicos opioides, pois eles podem causar efeitos colaterais, como sonolência, constipação, náuseas e vômitos. Além disso, não se deve parar o tratamento por conta própria e de maneira repentina, pois você pode sofrer com sintomas de abstinência. 

Apesar de menos perigosos, os analgésicos comuns também precisam ser usados com cautela, pois podem ser prejudiciais para pessoas com problemas no fígado e na medula óssea. 

Anti-inflamatórios não esteroides

Os anti-inflamatórios não esteroides, também conhecidos como AINEs, diminuem a produção de substâncias no corpo que causam inflamação, dor e febre, que são as prostaglandinas e os tromboxanos. 

Os principais representantes dessa classe de medicamentos são o ibuprofeno, a aspirina (ácido acetilsalicílico) e o diclofenaco, como o Voltaren®.  Eles são, normalmente, a primeira linha de remédios usados no tratamento da dor na coluna lombar.

Diferentemente dos analgésicos opioides, os anti-inflamatórios não esteroides possuem um efeito teto, ou seja, se você continuar aumentando as doses do remédio, não terá maiores benefícios no alívio da dor. 

Por isso, os anti-inflamatórios não esteroides e os analgésicos comuns não são usados no tratamento de dores crônicas na coluna lombar, apenas quadros agudos. 

Embora muito usados para tratar dores corriqueiras na coluna lombar, os anti-inflamatórios não esteroides podem fazer mal para pessoas com gastrite e úlcera no estômago, problemas nos rins ou sob suspeita de dengue. 

Relaxantes musculares

Os relaxantes musculares pertencem a uma classe de remédios que aliviam quadros agudos de dor na coluna lombar com origem em problemas musculares, como os espasmos, que são contrações musculares involuntárias. 

Como o nome sugere, os relaxantes musculares aliviam a tensão e as contraturas musculares, diminuindo a sensação de dor e de desconforto. 

A dor na coluna lombar originada de contraturas musculares tem como característica a diminuição da mobilidade. Quando você tenta se movimentar livremente, sente uma dor intensa no local. 

Um relaxante muscular muito conhecido é o Dorflex®, que além da substância relaxante orfenadrina, possui em sua composição a dipirona, um analgésico comum. 

Também são exemplos de relaxantes musculares o carisoprodol associado ao paracetamol, a ciclobenzapina e a tizanidina. 

Veja mais detalhes sobre esses remédios com efeito relaxante muscular.

Benzodiazepínicos

Os benzodiazepínicos, como o Diazepam®, são medicamentos sedativos e ansiolíticos, com ação calmante e tranquilizante. 

Além desses efeitos principais, eles possuem propriedades anticonvulsivante, relaxante muscular e amnésica. Por isso, podem ser usados no tratamento da dor na coluna lombar causada por espasmos e contraturas musculares.

Eles são particularmente úteis no tratamento da dor na coluna lombar de origem neuropática, ou seja, de danos nos nervos causados por lesão ou doença. A dor neuropática pode ser bastante intensa e impedir que a pessoa durma, neste caso o médico ou a médica pode avaliar a possibilidade de usar um benzodiazepínico.   

Você só pode usar um medicamento da classe dos benzodiazepínicos com prescrição médica e retenção da receita, pois seu uso está associado a efeitos colaterais graves, como dependência química e tolerância com o uso prolongado. 

Antidepressivos

Antidepressivo
A eficácia dos antidepressivos para dores lombares ainda precisa ser melhor estudada

Alguns profissionais indicam a amitriptilina, um antidepressivo tricíclico, para tratar a dor crônica na coluna lombar. Mas a eficácia desse medicamento no tratamento da lombalgia crônica ainda precisa ser comprovada com mais pesquisas científicas. 

Até agora, alguns estudos têm apontado que os antidepressivos tricíclicos, principalmente amitriptilina e nortriptilina, são eficazes no alívio de dores de origem neuropática e não-neuropática. 

O alívio da dor na coluna lombar se dá, quando esses medicamentos são usados em doses mais baixas, do que aquelas usadas no tratamento da depressão. 

Remédios de uso tópico

Os remédios de uso tópico para dor na coluna lombar são pomadas e emplastros com ação analgésica e anti-inflamatória, como o Salonpas® e o Cataflam®. 

Eles apresentam substâncias de base, como a cânfora, a capsaicina, os salicilatos, o mentol, a lidocaína, a arnica e os anti-inflamatórios, que agem no alívio da dor. 

Os medicamentos de uso tópico não têm a mesma eficiência que os analgésicos e anti-inflamatórios administrados por via oral, pois sua ação é localizada. Logo, eles são mais indicados para tratar dores leves na coluna lombar ou como uma estratégia complementar ao tratamento por via oral. 

A simples aplicação de uma compressa quente, sem adição de nenhum medicamento, pode ser suficiente para aliviar dores na coluna lombar de origem muscular, pois o calor ajuda a relaxar a musculatura tensa e contraída. 

Remédios injetáveis

Remédio injetável
Em casos de dor na coluna lombar muito forte, medicamentos injetáveis podem ser usados

Quando você vai até o pronto atendimento com uma dor muito intensa na coluna lombar ou com sintomas sugestivos de compressão de nervos, por exemplo com dor ciática, o médico ou médica pode receitar anti-inflamatórios e relaxantes musculares injetáveis. 

Em casos graves de dor na coluna lombar, a pessoa pode até ficar “travada”, deixando evidente a necessidade de medicação intramuscular, cujo efeito é mais rápido e eficiente. 

Casos de inflamação intensa também podem ser tratados com corticoides injetáveis, como o dipropionato de betametasona e o fosfato dissódico de betametasona. 

Esses medicamentos têm ação anti-inflamatória e imunossupressora potentes, capazes de diminuir a inflamação e a atividade do sistema imune na amplificação da resposta inflamatória no organismo. 

Fontes e referências adicionais

Você sente dor na coluna lombar com frequência? Quais desses remédios você já usou para tratar a sua dor lombar? Qual foi mais eficiente para o seu caso? Comente abaixo!

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Sobre Dr. João Hollanda

Dr. João Hollanda é Médico Ortopedista - CRM-SP 113136. Formou-se pela Santa Casa de São Paulo, com especialização em cirurgia do joelho. É também médico da Seleção Brasileira de Futebol Feminino desde 2016 e médico voluntário do Grupo de Traumatologia do Esporte da Santa Casa de São Paulo desde 2010. Você pode entrar em contato com o Dr. João através de seu site.

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